Visões Urbanas 2020 – Dança em paisagens possíveis
Crédito da foto: Fábio Pazzini
Em 2020 as ruas de São Paulo não irão acolher a programação do Visões Urbanas – festival internacional de dança em paisagens urbanas. Nessa edição não será possível dançar a rua, na rua, para a rua, com a rua e apesar da rua, mas foi preparado uma programação virtual repleta de possibilidades e encontros para se refletir sobre a dança e as cidades nesse momento de isolamento. Em formato online será realizado encontros, mostra de videodança com audiodescrição, apresentações de espetáculos e performances, bate-papo com artistas do Brasil, Moçambique, Portugal, Ucrânia e EUA.
O Visões Urbanas 2020 acontecerá através das redes do Programa Oficinas Culturais do Estado, em parceria com a Oficina Cultural Oswald Andrade e buscará dialogar dançando com os artistas, públicos e cidade e ocupar com a dança as paisagens possíveis.
O festival Visões Urbanas é um festival multidisciplinar de arte tendo a dança como foco principal de sua programação que é composta por espetáculos, performances, intervenções, oficinas, seminários, exposições fotográficas, mostra de vídeodança, entre outras atividades tendo a cidade como tema e palco.
Criado em 2006 pelos artistas e pesquisadores Ederson Lopes e Mirtes Calheiros, o festival caminha para a sua décima terceira edição, com expressivo retorno de público e mídia, envolvendo artistas de vários estados do Brasil e de outros países, promovendo a circulação de espetáculos, performances e intervenções criadas para o espaço público.
Já participaram do Visões Urbanas artistas de diversas cidades do Brasil (São Paulo, Diadema, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Macaé, Maceió, Uberlândia, Belo Horizonte, Salvador, Tiradentes e Trairi) e de diversos países (Argentina, Uruguai, Cuba, Portugal, Espanha, França, Bélgica, EUA, Turquia, Itália, Alemanha, Moçambique, Ucrania e Japão).
Em 2018 o Festival foi indicado ao prêmio APCA.
Encontros
Visões Periféricas
Dia 19 de outubro de 2020
Segunda-feira, das 15h às 17h
Inscrições: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/visoes-urbanas-2020-encontro-visoes-perifericas/
Conversa com quatro jovens artistas que conduzem e desenvolvem suas produções fora dos centros e trazem questões e reflexões poéticas relacionadas aos seus territórios e realidades para suas danças, pensamentos e ações. Zona leste de São Paulo, interior do Nordeste e África ocupando o mesmo espaço virtual para compartilhar, trocar e expandir os conceitos de periferia.
Visões Periféricas é uma ação de circulação do Festival Visões Urbanas que acontece desde 2017. Bairros como Perus, Campo Limpo e Santo Amaro já acolheram os espetáculos, performances e intervenções nas três últimas edições.
Artistas convidados:
Rosa Mario (Maputo – Moçambique)
Douglas Iesus (São Paulo-SP)
Thiago Soares e Manoel Saldanha – Cia. Flex (Trairi – CE)
Mediação: Mirtes Calheiros
Conectando Cidades e Realidades através da dança
Dia 23 de outubro de 2020
Sexta-feira, das 15h às 17h
Inscrições: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/visoes-urbanas-encontro-conectando-cidades-e-realidades-atraves-da-danca-kiev-sao-paulo-washington-dc/
Três artistas/grupos/companhias com realidades distintas buscam brechas poéticas para continuar dançando e movendo redes de trocas e propostas que levantem questões locais e globais, através de suas danças, seus corpos, suas posições políticas e suas visões de mundo. Um encontro para expandir horizontes num momento em que o tempo continua suspenso.
Artistas convidados:
Anton Ovchinnikov (Ucrânia)
Maida Withers (E.U.A)
Mirtes Calheiros e Ederson Lopes (Brasil)
Mediação e tradução poética: Dawn Fleming
Tecnologia e Acessibilidade
Dia 24 de outubro de 2020
Sábado, das 15h às 17h
Inscrições: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/visoes-urbanas-2020-encontro-tecnologia-e-acessibilidade/
Abrir janelas, estabelecer e conectar redes, acolher novas formas de criação e difusão, traduzir linguagens, criar um espaço interdisciplinar para que a dança alcance novos públicos. Nessa mesa vamos refletir sobre tecnologias e acessibilidade, buscando falar sobre a diluição dos limites e a ampliação das potências no diálogo entre dança e vídeo e refletir sobre a dança e conteúdo artísticos feitos por e para pessoas com deficiência visual. Como vemos e sentimos a dança?
Desde 2016 o Inshadow – Festival de videodança realizado em Portugal colabora com o Visões Urbanas e realizamos desde então uma mostra dentro da programação oficial do Visões Urbanas em dois formatos: com e sem audiodescrição.
Artistas convidados:
Pedro Sena Nunes (Lisboa – Portugal)
Lara Dau Vieira (São Paulo -SP)
Livia Motta – Ver com palavras (São Paulo-SP)
Mediação: Ederson Lopes
Dança – Cidade – Crianças
Dia 26 de outubro de 2020
Segunda-feira, das 15h às 17h
Inscrições: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/festival-visoes-urbanas-2020-encontro-danca-cidade-criancas/
A partir dessa tríade vamos trocar ideias com três coreógrafas e pesquisadoras, sobre o lugar da dança na infância e na cidade. Cada convidada trará reflexões sobre suas pesquisas e criações e discutindo o significado do espaço público e a necessidade de um resgate desses espaços como lugar de convívio, do brincar, das trocas simbólicas, da construção da cidadania e também da DANÇA.
Desde 2017 realizamos um recorte no festival chamado URBANINHAS, com uma programação voltada para crianças e essa mesa reafirma nossa intenção de criar espaços para difusão, criação e reflexão sobre a criação artística para o publico infanto-juvenil
Artistas convidados:
Georgia Lengos (São Paulo-SP)
Isabel Marques (São Paulo -SP)
Uxa Xavier (São Paulo-SP)
Mediação: Ederson Lopes
Memórias e Trajetórias
Dia 31 de outubro de 2020
Sábado, das 15h às 17h
Inscrições: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/visoes-urbanas-2020-encontro-memorias-e-trajetorias/
“a cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras.”
Italo Calvino
Convidamos três artistas/coreógrafos para compartilhar sua trajetória e as memórias contidas em seus corpos. Falaremos do tempo, da cidade e da dança que transborda em por seus movimentos e gestos de um corpo sem idade e que tocam a plateia não só com a técnica, mas com a essência de uma dança que transcende temporalidades e inspiram gerações de artistas e espectadores.
Artistas convidados:
Cilo Laclava (São Paulo-SP)
Maria Momenshon (São Paulo -SP)
Luis Arrieta (São Paulo-SP)
Mediação: Mirtes Calheiros
Mostra de Videodança
Videodança com AudioDescrição
Disponível no Canal de Youtube das Oficinas Culturais de 19 de outubro a 01 de novembro.
http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/visoes-urbanas-2020-inshadow-videodancas-com-audiodescricao/
Desde 2013 o Visões Urbanas – festival internacional de dança em paisagens urbanas (São Paulo) e o Inshadow – Festival de videodança performance e tecnologia (Lisboa) realizam colaborações, ações em conjunto e parcerias buscando criar espaços de trocas de conhecimento, programações e conteúdos. Nas últimas edições do VISÕES URBANAS realizamos uma mostra de videodança com videos premiados no INSHADOW e compartilhamos com o publico da cidade de São Paulo um panorama das criações em videodança através de uma seleção de videos e documentários que tenham a dança e o corpo como eixo criativo. Em 2020 buscaremos resgatar uma ação do Visões 2019 e 2018 trazendo uma seleção com três vídeodança com audiodescrição, ampliando o alcance das propostas do festival e criando uma nova camada poética e acessível à dança contemporânea. Três dessas criações podem ser assistidas pelo Youtube das Oficinas Culturais:
Through the supermarket in five easy pieces (2017)
Anna Maria Jóakimsdóttir Hutri
Coreografia: Maria Sofia Saivosalmi-Katinas & Andrius Katinas
Finlandia
Scalamare (2017)
Jiří Kylián
República Tcheca
Home Alone (2013)
Adi Halfin
Bat Sheva Ensemble Dancers
Israel
Espetáculos – Dança – Apresentações
Três criações gravadas em momentos diferentes e em espaços, paisagens e lugares distintos trazendo cenários que potencializam e atualizam os temas e questões exploradas por esses criadores e artistas. Paisagens e arquiteturas naturais, cidades e espaços públicos, casas, quintais acolhem a dança de Maida Withers (EUA), Anton Ovchinnikov (UCRÂNIA) e Cia. Artesãos do Corpo (BRASIL). Após as apresentações os artistas irão conversar com o público para falar sobre suas pesquisas e sobre o processo de criação dos trabalhos.
25 de outubro de 2020
Domingo, a partir das 15h
Espetáculo: Tukuhnikivatz
Maida Withers Dance Construction Company (E.U.A) [paisagem natural]
Duração: 40 minutos
“Regressei à terra do meu nascimento em Utah com um grupo de artistas para uma experiência de cinco semanas de vida e dança em sítios terrestres monumentais para criar um filme de dança. Durante os próximos 7 anos regressei a Utah e à região dos Quatro-Corners com a cineasta e amiga, Verabel Cluff, para explorar mais as minhas noções de seres humanos e a nossa relação com estas terras sagradas e, mais longe, com o planeta terra. Cada dia compreendemos melhor como nos unirmos às forças da natureza. Experimentei os extraordinários poderes físicos e espirituais deste lugar exótico e dos seus habitantes, presentes e passados, ao vislumbrarmos os nossos eus mais íntimos. Lentamente comecei a fazer ligações entre a minha preocupação com a nova arte, a minha própria cultura, e estes locais e pessoas antigas. As ligações envolvem a relação da natureza e da cultura e, mais importante ainda, levantam questões relacionadas com o próprio significado e função da arte”. Maida Withers
30 de outubro
Sexta-feira, a partir das 15h
Espetáculo: “Dolphins smell like the sea” – “Os golfinhos cheiram como o mar” [paisagem urbana]
Anton Ovchinnikov
Duração: 40 minutos
A performance “Golfinhos cheiram como o mar” é o primeiro trabalho site-specific de Anton Ovchinnikov, e tem como tema “O homem pós-soviético com todos os seus medos, esperanças, amores e desilusões”. Nessa altura (e ainda agora), a questão da capacidade de estar livre do nosso passado era muito importante para mim, diz Anton. Será necessário livrarmo-nos dela? Como podemos encontrar novos sentidos para vivermos no mesmo ambiente?
A atitude com que comecei a trabalhar foi “continuamos todos a ser o mesmo povo soviético que se esforça por parecer diferente”. Esta luta torna mais importante a demonstração de ser diferente do que ser diferente. E este jogo de auto-representação sob novas formas parece uma nova obsessão na “nova sociedade ucraniana”. Houve muitas provocações da minha parte no processo de ensaio, e esta foi uma das minhas primeiras obras, em que os artistas trabalharam com a sua própria experiência pessoal, pensamentos e sentimentos.
Será possível renovar e tornar-se uma nova pessoa tão fácil como saltar de um dique para um rio? Ou será que todos nós ainda carregamos o espírito do coletivismo, a crença de que somos o melhor e o orgulho de um país que já não existe?
01 de novembro de 2020
Domingo, a partir das 15h
Espetáculo: Estranhos Seres Nebulosos e Ilusórios [em casa]
Cia. Artesãos do Corpo
Duração: 40 minutos
Em suas casas os 6 intérpretes – Dawn Fleming, Ederson Lopes, Fany Froberville, Leandro Antonio, Hiro Okita e Mirtes Calheiros – buscam um corpo cênico que dialogue com as idéias de demolição, implosão, desconstrução, ocupação, despejo e deslocamento, em uma paisagem impermanente feita de memórias, sombras, vestígios e ausências.
Atravessados pela crise mundial provocada pela pandemia, pela solidão, pelo cimento, pelo desmonte, pela destruição de horizontes, pela incerteza a Cia Artesãos do Corpo captura paisagens suspensas no tempo, repletas de sombras, de memórias, de sobras, de texturas atemporais e de inacabamentos.
Como dançar juntos e manter a conexão do grupo em tempos de isolamento social? Cada intérprete buscou trazer seu registro pessoal e reveler detalhes e recortes de suas casas e depoimentos corporais que traduzem como cada um está sentindo em seu corpo o momento que estamos vivendo.
Sobre o Visões Urbanas
O festival Visões Urbanas é um festival multidisciplinar de arte tendo a dança como foco principal de sua programação que é composta por espetáculos, performances, intervenções, oficinas, seminários, exposições fotográficas, mostra de vídeodança, entre outras atividades tendo a cidade como tema e palco.
Criado em 2006 pelos artistas e pesquisadores Ederson Lopes e Mirtes Calheiros , o festival caminha para a sua décima terceira edição, com expressivo retorno de público e mídia, envolvendo artistas de vários estados do Brasil e de outros países, promovendo a circulação de espetáculos, performances e intervenções criadas para o espaço público.
Já participaram do Visões Urbanas artistas de diversas cidades do Brasil (São Paulo, Diadema, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Macaé, Maceió, Uberlândia, Belo Horizonte, Salvador, Tiradentes e Trairi) e de diversos países (Argentina, Uruguai, Cuba, Portugal, Espanha, França, Bélgica, EUA, Turquia, Itália, Alemanha, Moçambique, Ucrania e Japão)
Em 2018 o Festival foi indicado ao prêmio APCA .É possível conferir um pouco do que aconteceu nas últimas edições do Festival pelos links abaixo:
12ª Edição – 2019
11ª Edição – 2018
10ª Edição – 2017
Serviço
Festival Visões Urbanas 2020 – Dança em paisagens possíveis
De 19 de outubro a 01 de novembro de 2020
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Programação em ambiente virtual)
Para participar dos encontros é necessária inscrição prévia (links acima, nos respectivos encontros). Os inscritos receberão um link de Google Meet de acesso no dia da atividade.
Os vídeos e espetáculos em vídeo serão transmitidos abertamente no Youtube das Oficinas Culturais do Estado.
Programação completa em: http://poiesis.org.br/maiscultura/oficinas_culturais/festival-visoes-urbanas-2020-danca-em-paisagens-possiveis/
Concepção e Produção: Cia Artesãos do Corpo
Apoio Cultural: Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Poiesis e Oficinas Culturais.
Acesse para saber mais sobre o projeto:
www.poiesis.org.br/maiscultura
www.visoesurbanas.com.br
www.instagram.com/festivalvisoesurbanas/
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