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“Sempre mais que um”, de Marcus Moreno, estreia na Olido

Crédito da foto: @juvinagre 

Com direção de Marcus Moreno, estreia em curta temporada, de 15 a 17 de julho (sexta-feira em duas sessões, às 15h e às 19h; sábado, às 19h; e domingo, às 18h), na Sala Olido (térreo da Galeria Olido), “Sempre mais que um”, trabalho coreográfico que investiga o estado que antecede o momento presente, tendo como ponto de ignição a obra da artista plástica Amélia Toledo, no que ela gera reflexão sobre a concretude e a efemeridade à qual pertencemos.

Sempre mais que um” se refere aos vários corpos existentes em um corpo presente, permeado pelo espaço e por temporalidades. “O eu do agora é o eu de muitos, atravessado por matérias, memórias, ancestralidades; o eu é o outro e é capaz de acionar distintas constelações a cada novo encontro”, pondera Marcus Moreno, que, em 10 anos de trajetória artística, tem buscado na dança maneiras de investigar o estado presente das coisas. “As possibilidades são infinitas, já que o presente que aqui está já não é mais, quando se faz possível nomeá-lo.”

Desdobramento de uma residência artística, conduzida por Moreno, “Sempre mais que um” traz cinco performers – Diego Freire, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello –, que se permitiram contaminar pelo frescor desse estado de antecedência, que parece só poder ser construído a partir do fluxo contínuo, que pertence ao dinamismo do campo relacional, ou seja, quando afetamos e nos deixamos afetar.

Acompanhados pela luz de Hernandes de Oliveira e a trilha original composta por Antonio Prado, corpos materializam imagens e são diluídos com o espaço. Entre cruzamentos de ideias, referências e questões de como produzir espaços de afeto coletivo por meio da fisicalidade, uma citação do filósofo italiano Emanuele Coccia também balizou a busca permanente dos criadores intérpretes por atualizar o momento presente: “Viver nada mais é do que se misturar à vida dos outros*.

Sempre mais que um” é parte do projeto “Lembrei que Esqueci”, contemplado pelo 29º edital do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.

Sobre Marcus Moreno

Mestrando em Artes da Cena pela Unicamp, tem formação em Comunicação das Artes do Corpo, especialização em Técnica Klauss Vianna (PUC-SP), e licenciatura pela Universidade Anhembi Morumbi. Desde 2012, realiza criações solo, em colaboração com artistas convidados, como “A Imagem como Ausência” (2013), “A Flor da Lua” (Residência Casa das Caldeiras/2016), “Estudo para o Encontro” (2017), ‘Instante-já’, indicado ao Prêmio APCA de Dança/2019 (Espetáculo/Estreia e Criação de Luz e Espaço Cênico de Hernandes de Oliveira), e “Entre Espaço Onde Tudo Existe” (2021). Desde 2016, desenvolve os “Encontros Efêmeros”, criando trabalhos de improvisação com artistas da cena contemporânea. É programador da Oficina Cultural Oswald de Andrade.

Site: https://marcusmoreno.wixsite.com/marcusmoreno 
Instagram: @marcusmoreno_danca

Ficha Técnica

Concepção e Direção: Marcus Moreno
Criação e Dança: Diego Freire, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello
Criação de Luz e Espaço Cênico: Hernandes de Oliveira
Trilha original: Antonio Porto
Conceito de Figurino: Marcus Moreno
Artista em processo de Formação: Rafaela Maciel
Palestrantes Convidados: Christine Greiner e Marcus de Lontra Costa
Aulas Abertas: Michele Mattos e Rafaela Sahyoun
Fotos: Juliana Vinagre e Silvia Machado
Design Gráfico e Mídias Sociais: Juliana Vinagre
Registro em Vídeo: Nome Filmes
Assessoria de Imprensa: Elaine Calux
Mediação de Público: Portal MUD
Audiodescrição: Ver com Palavras
Assistente de produção: Junior Cecon
Produção Executiva: Cristiane Klein
Direção de Produção: Dionísio Produção

Serviço

“Sempre mais que um” – direção: Marcus Moreno
Com: Diego Freire, Maria Fernanda Machado, Mariana Molinos, Raony Iaconis e Rebeca Tadiello.
Dias 15*, 16 e 17 de julho de 2022
Sexta-feira, 15h e 19h; sábado, 19h; domingo, 18h
*Sessões com recurso de audiodescrição
Local: Sala Olido – Galeria Olido
Av. São João, 473 – Centro, São Paulo – SP
(entre as estações República, São Bento e Anhangabaú do Metrô)
Ingresso: Gratuito
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 40 minutos

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