Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha
Desde sua estréia, em 2007,o musical “Sassaricando – E o Rio inventou a marchinha”, de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, vem trilhando uma impressionante carreira de sucesso. Percorreu algumas das principais cidades brasileiras, colecionando ótimas críticas e casas lotadas e foi visto até agora por aproximadamente 200 mil espectadores em mais de 200 apresentações. O espetáculo, que recebeu 7 prêmios, vem se tornando presença obrigatória no calendário cultural da cidade durante a temporada pré-carnavalesca.
O grande sucesso foi também o responsável pelo surgimento do Bloco Sassaricando, que sai todos os anos no sábado de Carnaval, na Praça do Russel, na Glória.
Composto por quase uma centena de canções assinadas por nomes como Noel Rosa, Lamartine Babo, Haroldo Lobo e João de Barro, o Braguinha, o musical faz uma crônica da vida e dos costumes do Rio. Todo este material ganha vida no palco através de um elenco afinado de veteranos e novatos em musicais: Eduardo Dussek, Inez Viana, Alfredo Del Penho, Juliana Diniz , Beatriz Faria e Pedro Paulo Malta. Pedro Miranda também participa em algumas récitas.
Responsáveis também pela direção geral, pesquisa e roteiro de “Sassaricando”, Cabral e Rosa Maria escolheram uma ficha técnica de primeira. Convidaram Cláudio Botelho para assinar a direção cênica e Renato Vieira, a coreografia. Charles Möeller para os cenários, enquanto Marcelo Marques e Paulo César Medeiros se ocuparam, respectivamente, dos figurinos e da iluminação.
Como diretor musical do espetáculo, coube ao maestro Luis Filipe de Lima criar os arranjos e comandar a banda que acompanha, ao vivo, o elenco. Banda que reúne a nata dos instrumentistas cariocas: dos irmãos Henrique e Beto Cazes a Oscar Bolão e Dirceu Leite, todos presentes no CD duplo que a Biscoito Fino gravou com a trilha sonora da peça, também produzido por Luis Filipe, que é um sucesso de vendas por todo o Brasil. A gravadora lançou também o DVD com a íntegra do espetáculo, gravado em 2007 no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
“Sassaricando” consumiu um ano de pesquisa. Os autores ouviram mais de mil marchinhas, depois fizeram uma pré-seleção com 400, para finalmente chegarem às cerca de cem para o espetáculo. O roteiro é dividido em dez temas distintos. O carnaval carioca tem uma história de extraordinária criatividade e as músicas abordam o comportamento da época, as profissões, o transporte, as relações amorosas e até o preconceito. São pequenas crônicas que, juntas, formam um painel de como era a vida na cidade.
O espetáculo tem quase duas horas, providencialmente dividido em dois atos. Os seis atores se revezam em inúmeros personagens, de acordo com as situações descritas nas canções. “Sassaricando” é uma espécie de revista, mas não nos moldes da brasileira. É a revue americana, que apresenta um conjunto de obras, ou mesmo de idéias, mas sem um enredo definido. Não há falas, no nosso caso o texto são as próprias marchinhas de carnaval. O espetáculo faz um panorama desse tipo de composição.
O cenário criado por Charles Möeller remete a um suntuoso baile de carnaval art-déco. Os músicos estão vestidos como se estivessem tocando em um grande baile dos anos 40 e 50. Diretor musical de “Sassaricando”, Luis Filipe de Lima criou novos arranjos para o espetáculo, mas optou por manter o espírito das gravações originais, preservando a alegria e o bom humor que são peças chaves nessas composições”.
O espetáculo tem ainda extraordinárias projeções de filmes e imagens da época ilustrando a ação. Os vídeos ajudam a contextualizar historicamente o que está sendo mostrado no palco. Eles são o registro visual de um Rio antigo e do maravilhoso universo das marchinhas.
“Sassaricando” tem no currículo os prêmios Contigo! de Melhor Musical de 2007; APTR de melhor produção, direção e iluminação; Prêmio Shell especial de roteiro – além de outras três indicações para figurino, música e iluminação, o maior número da edição. Os idealizadores do espetáculo, o jornalista Sérgio Cabral e a historiadora Rosa Maria Araújo, venceram o Prêmio “Faz Diferença”, do jornal O Globo, no campo da música. Rosa foi ainda eleita a Personalidade Cultural do ano, pela Veja Rio, também na área musical. De quebra, o espetáculo figurou em sua estréia em todas as listas de melhores do ano.
SERVIÇO
Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha
Imperator – Centro Cultural João Nogueira
R. Dias da Cruz, 170 – Méier – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20720-012
De 10 de janeiro a 03 de março (não haverá espetáculo nos dias 9 e 10/02)
Quintas e sextas, às 21h, sábados e domingos, às 16h
Ingressos: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 120min (com intervalo de 10min)
Classificação: Livre
Informações: (21) 2596.1090