Crédito da foto: Fernanda Kirmayr | A Morte do Cisne
A São Paulo Companhia de Dança, corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, participa do Festival Vermelhos de Ilhabela com apresentação no dia 09 de agosto, às 21h. A quinta edição do evento, de 02 a 18 de agosto, acontece no Centro Cultural Baía dos Vermelhos, em Ilhabela, em um teatro de 1.100 lugares e outros espaços em meio à mata atlântica. Os ingressos variam de R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada).
O repertório da noite será formado pela coreografia Agora, da brasileira Cassi Abranches; A Morte do Cisne – solo emblemático de criado em 1907 por Michel Fokine e que imortalizou a bailarina Anna Pavlova – uma remontagem feita pelo belga Lars Van Cauwenbergh e; Odisseia da coreógrafa francesa Joelle Bouvier, uma produção da Associação Pró-Dança e coprodução com o Chaillot – Théâtre National de la Danse.
“A participação da São Paulo Companhia de Dança já é uma tradição em Vermelhos, um festival que preza pela excelência e que tem como matriz a mistura do repertório clássico com a dança e a música instrumental e popular”, explica Samuel Mac Dowem de Figueiredo, diretor geral do Festival e do Instituto Baía dos Vermelhos.
O Festival Vermelhos de Ilhabela tem o apoio da Prefeitura de Ilhabela e segue com a proposta de oferecer à população do litoral uma atividade fora do período de alta temporada e conta com extensa programação de concertos e recitais de música erudita e apresentações de dança, de música popular e instrumental. A mistura do repertório clássico à dança e à música instrumental e popular constitui o propósito do evento, estabelecido desde a sua primeira edição, em 2015, com o objetivo de levar ao público uma visão ampla, diversificada e atual da produção cultural no campo da música e das artes cênicas.
Para mais informações sobre a programação completa da quinta edição do evento, acesse: www.vermelhos.org.br.
Programação SPCD
Agora (2019)
Coreografia: Cassi Abranches
Música: Sebastian Piracés
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Figurino: Janaina de Castro
A terceira criação de Cassi Abranches para a São Paulo explora a palavra tempo em seus possíveis significados: sonoridades do tempo musical que são refletidos nos corpos dos bailarinos; forma linear na qual as coisas acontecem no passado, presente e o futuro e que dita uma ordem cronológica de acontecimentos que se transformam em lembranças e memórias; temperatura com diferentes graus e intensidades, que explode, ralenta e vibra. É a música de Sebastian Piracés quem dita o andamento da obra: utiliza elementos de percussão afro-brasileiros, misturados ao rock contemporâneo e ao som do piano em acordes dissonantes aos efeitos de guitarra distorcidos. A voz da cantora Juliana Strassacapa soma à trilha musical.
Coreógrafa | Cassi Abranches: Abranches dedica-se à dança há mais de 20 anos como bailarina e coreógrafa da cena e de obras audiovisuais em cinema e vídeo. Já atuou no Raça Cia de Dança, no Balé do Teatro Castro Alves, no Balé do Teatro Guaíra e permaneceu 12 anos como bailarina do Grupo Corpo. Como coreógrafa, criou o espetáculo Contracapa para o Ballet Jovem do Palácio das Artes; Ariana para a Cia Jovem Bolshoi Brasil; Plano para a Cia Sesc de Dança, Suíte Branca para o Grupo Corpo e; Rio eu Te Amo – filme que reúne dez curtas. Além disso, assinou a Direção Coreográfica e de Movimento da Abertura dos Jogos Paralímpicos RIO 2016. Para a São Paulo Companhia de Dança, Cassi já criou Gen e 2º Ato do Schumann ou Os Amores do Poeta.
A Morte do Cisne (2019)
Coreografia: Lars Van Cauwenbergh inspirado na obra de Michel Fokine (1880-1942)
Músicas: Camile Saint_Saens, O Cisne, extrato do Carnaval dos Animais (1866)
Iluminação: Wagner Freire
Figurino: Marilda Fontes
O balé criado em 1907 por Fokine para Anna Pavlova é um solo emociante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809-1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Esse solo é interpretado por grandes estrelas da dança e agora ganhará novos acentos e dinâmicas no corpo de uma bailarina da São Paulo Companhia de Dança.
Coreógrafo | Lars Van Cauwenbergh: após formação na Higher Ballet School da Antuérpia (Bélgica), Lars ingressou no Royal Ballet de Flanders, logo sendo promovido a primeiro bailarino com apenas 18 anos. Além disso, dançou no English National Ballet, no Staatstheater Wiesbaden e como convidado em grandes companhias ao redor do mundo, como: L’Opéra de Paris, Théâtre du Capitole, La Scala de Milano, West Astralian Ballet, dentre outras. Após uma carreira de sucesso como bailarino, trabalhou como professor de Técnica Clássica e/ou assistente de direção: Cia de Dança Palácio das Artes, Grupo Corpo, Studio 3 e Ballet Jovem de Minas Gerais. Já atuou como assistente de direção e ensaiador da São Paulo Companhia de Dança, onde hoje, é professor. Além disso, atua como assistente de direção e professor/ensaiador no IOA Dança – Instituto de Orientação Artística de Jundiaí.
Odisseia (2018)
Produção Associação Pró-Dança e coprodução Chaillot – Théâtre National de la Danse
Coreografia: Joelle Bouvier
Música: trechos de Bachianas Brasileiras de Heitor Villa Lobos, trechos de Paixão Segundo São Mateus de Johann Sebastian Bach, Melodia Sentimental de Villa Lobos (letra de Dora Vaconcellos) e poema Pátria Minha de Vinícius de Moraes
Iluminação: Renauld Lagier
Figurino: Fábio Namatame
Assistente de coreografia: Emilio Urbina e Rafael Pardillo
Odisseia é uma viagem, um reencontro consigo mesmo. Movida pela questão dos migrantes da atualidade, a coreógrafa constrói uma estrutura dramática e poética que aborda temas como mudança, transição, partida e a esperança de uma vida melhor. “Neste momento, somos todos sensíveis a esta questão, que é forte no mundo”, comenta Joelle.
Bouvier explica que procurou misturar fragmentos das Bachianas Brasileiras com a composição de Bach, Paixão Segundo São Mateus. Ao final temos na voz de Maria Bethânia, a música Melodia Sentimental e o poema Pátria Minha. A obra tem coprodução com Chaillot – Théâtre National de la Danse, na França.
Coreógrafa | Joelle Bouvier: Fundadora do grupo L’Esquisse em 1980, juntamente com o coreógrafo Régis Obadia. Uma das pioneiras da Nouvelle Danse francesa, iniciou sua carreira solo em 1998. Coreografa e diretora de cinema, Joelle foi também vice-diretora do Centre Choréographiques National de Havre e vice-diretora do Centre National de Danse Contemporaine em Angers. Recebeu vários prêmios ao longo da sua carreira.
Sobre o Instituto Baía dos Vermelhos
O Instituto Baía dos Vermelhos é o mantenedor do Centro Cultural Baía dos Vermelhos. Concebido como um programa de integração social, é um complexo e uma instituição de produção e distribuição cultural que está situado próximo à Baía dos Vermelhos (nome que faz referência ao Vermelho, peixe típico da região), em Ilhabela, São Paulo. Os espaços que integram o Centro Cultural são o Teatro de Vermelhos, o Anfiteatro da Floresta e a Residência de Vermelhos, onde são desenvolvidas atividades pedagógicas que promovem a criação e a ampliação de oportunidades no campo das manifestações artísticas e culturais.
Serviço
Agora | A Morte do Cisne | Odisseia
São Paulo Companhia de Dança
Dia 09 de agosto de 2019
Sexta, 21h
Local: Centro Cultural Baía dos Vermelhos
Av. Governador Mário Covas Júnior, 11474-11986 – Urubu, Ilhabela – SP
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada).