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São Paulo Companhia de Dança realiza apresentações nas Fábricas de Cultura

Crédito da foto: Rodolfo Dias Paes
Cena de Instante, de Lucas Lima

São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – apresenta as obras de seu repertório em quatro unidades das Fábricas de Cultura na cidade São Paulo. As sessões gratuitas acontecem sempre às 14h dos dias 27 de outubro, sexta-feira, na unidade Parque Belém, 9 de novembro, quinta-feira, na Vila Curuçá, 24 de novembro, sexta-feira, na unidade Sapopemba e 30 de novembro, quinta-feira, no Itaim Paulista. No palco, obras clássicas e contemporâneas que revelam a diversidade do repertório da Companhia e celebram os 15 anos de história, recém-completados.

Obras clássicas e modernas

As coreografias SalGrand Pas de Deux de Dom QuixoteInstante e Veias Abertas integram o repertório da São Paulo Companhia de Dança para as apresentações na Fábrica de Cultura Parque Belém (27 de outubro, sexta-feira, às 14h).

Sal, de Lucas Valente, que foi bailarino da SPCD, é baseado em duas facetas essenciais do sal, a física e a energética, e explora movimentos que capturam sua textura, sua natureza áspera, seca e afiada, buscando uma sensação de intensidade e vigor. A obra explora a riqueza de significados e ideias associadas ao sal na cultura brasileira, que se expressam desde os rituais de banhos de sal grosso, presentes em diversas tradições espirituais, até as manifestações culturais, como o maracatu de baque solto, que utilizam o sal como parte de sua dança em gesto de oferenda e conexão com a terra também estão presentes na coreografia. Esse elemento ritualístico rege a peça, que busca compartilhar uma experiência sensorial, combinando uma narrativa física e uma narrativa conceitual à poderosa energia do sal e à rica diversidade cultural do Brasil.

Com remontagem de Duda Braz, a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910), o Grand Pas de Deux de Dom Quixote retrata o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais dessa obra. Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num capítulo da famosa obra de Miguel de Cervantes, que narra as aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro.

Já Instante é uma criação de Lucas Lima e tem como ponto de partida a música de Max Richter, que ganhou novas dinâmicas no movimento dos bailarinos. Segundo o coreógrafo, a obra trata de “um instante para se encontrar e outro para se perder. Um instante para decidir, para seguir, para voltar, para se arrepender”. É uma coreografia que introduz novos impulsos e dinâmicas nos movimentos do balé, dialogando com a contemporaneidade.

Inspirado livremente na obra literária “As veias Abertas da América Latina”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), e embalado pelas canções da cantora argentina Mercedes Sosa (1935-2009), Veias Abertas, de Poliane Fogaça, propõe o encontro desses dois grandes artistas que em comum, contaram as histórias dos povos latino-americanos. A obra revela aspectos sociais – como a fome, a falta de oportunidade, a luta contra a repressão – e a resiliência, o amor pelo próximo e a noção de unidade entre os povos. “Quiçá seja uma utopia acreditar que é possível estancar o sangue das veias abertas da nossa sociedade. Mas que seja um sonho em ação, um ato de esperançar um novo futuro de justiça e união. Por meio da poética da arte de dançar, que a dor cesse, que a ferida cicatrize e que nos inspire a cada passo, a sermos e estarmos uns pelos outros”, diz a coreógrafa.

O repertório para a Fábrica de Cultura Vila Curuçá (9 de novembro, quinta-feira, às 14h) conta com as obras Cartas de Amor (SPED), Grand Pas de Deux de Dom QuixoteInstante e Veias Abertas.

Composta por cinco coreografias, de cinco diferentes artistas — Claudia Palma, Vinícius Anselmo, Kátia Barros, Sérgio Rocha e Leilane Teles — Cartas de Amor, da São Paulo Escola de Dança, é uma obra que aborda o reconhecimento de si diante da partida de uma pessoa amada. Em cena, vinte intérpretes — estudantes dos Cursos Regulares da Escola — revelam a potência da dança em uma obra multifacetada e dinâmica. Com direção artística e educacional de Inês Bogéa, o programa é composto por: Mergulho, de Sérgio Rocha, ao som de 1º movimento das Três Peças Nordestinas: No Reino da Pedra Verde, de Clóvis Pereira; Lamento de Orfeu, de Kátia Barros, com Amor em Lágrimas, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; O Último Beijo, de Vinícius Anselmo com Ouve o Silêncio, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; Aqua, de Cláudia Palma, com Se Todos Fossem iguais a Você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e O Samba de Orfeu, de Leilane Teles, com Samba de Orfeu, de Antônio Maria e Luíz Bonfá.

As quatro obras voltam a se apresentar na Fábrica de Cultura Sapopemba (24 de novembro, sexta-feira, às 14h). A São Paulo Companhia de Dança encerra a circulação de seu repertório na unidade Itaim Paulista dia (30 de novembro, quinta-feira, às 14h) com as apresentações de SalGrand Pas de Deux de Dom QuixoteInstante e Veias Abertas.

“Levar a nossa dança para os espaços das Fábricas de Cultura é sempre uma alegria e faz parte do nosso propósito, de ir além dos espaços convencionais. E pela primeira vez vamos levar os estudantes da São Paulo Escola de Dança, que iniciaram este ano o projeto especial em dança e começaram a se apresentar em eventos como este, levando o nome e o trabalho que estamos desenvolvendo por lá”, explica Inês Bogéa.

Ficha Técnica

Sal (2023)

Coreografia: Lucas Valente
Músicas: Em Transe, de Cadu Tenório & Márcio Bulk na voz de Lívia Nestrovski; Fragmentos, de Cadu Tenório e Afterglow, de Rival Consoles
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: UMA – Raquel Davidowicz

Grand Pas de Deux de Dom Quixote (2012)

Remontagem: Duda Braz, a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Leon Minkus (1826-1917)
Iluminação: Wagner Freire
Figurinos: Tânia Agra

Instante (2017)

Coreografia: Lucas Lima
Figurino: Fábio Namatame
Música: On the Nature of Daylight, de Max Richter
Iluminação: Nicolas Marchi

Veias Abertas (2023)

Coreografia: Poliane Fogaça.
Músicas: “Canción para um Niño em la calle,” de Algel Ritro, Armando Tejada, René Pérez; “Afonsina Y El mar”, de Ariel Ramírez, Feliz Cezar Luna, “Razón de Vivir”, de Victor Heredia e “Canción Con Todos”, de Armando Teijada Gomez, Cézar Isella.
Figurino: Cláudia Schapira
Iluminação: Caetano Vilela

Cartas de Amor (2023) – Projeto Especial em Dança da São Paulo Escola de Dança

Direção artística e educacional: Inês Bogéa
Coreografias: Sérgio Rocha; Kátia Barros; Vinícius Anselmo; Cláudia Palma e Leilane Teles
Músicas: “Três Peças Nordestinas: 01. No Reino da Pedra Verde”, de Clóvis Pereira; “Amor em Lágrimas” de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “Ouve o Silêncio”, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “Se Todos Fossem iguais a Você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e “Samba de Orfeu”, de Antônio Maria e Luíz Bonfá
Figurinista: Cássio Brasil
Assistentes de figurino: Agy Per, Juliana Sampaio
Responsável pelos ensaios: Andreia Yonashiro

Sobre a São Paulo Companhia de Dança

Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 900 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 150 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança. Site: spcd.com.br.

Serviço

Dia 27 de outubro, sexta-feira às 14h

FÁBRICA DE CULTURA PARQUE BELÉM
Endereço: Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho, São Paulo.
Repertório: Sal, Grand Pas de Deux de D. Quixote, Instante e Veias Abertas
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre | Duração: 90 minutos
Capacidade física: 277 lugares
Acessibilidade: Sim

Dia 9 de novembro, quinta-feira às 14h

FÁBRICA DE CULTURA VILA CURUÇÁ
Endereço: Rua Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru, São Paulo.
Repertório: Cartas de Amor (SPED), Grand Pas de Deux de D. Quixote, Instante e Veias Abertas.
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre | Duração: 90 minutos
Capacidade física: 300 lugares
Acessibilidade: Sim

Dia 24 de novembro, sexta-feira às 14h

FÁBRICA DE CULTURA SAPOPEMBA
Endereço: Rua Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta, São Paulo.
Repertório: Cartas de Amor (SPED), Grand Pas de Deux de D. Quixote, Instante e Veias Abertas.
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre | Duração: 90 minutos
Capacidade física: 300 lugares
Acessibilidade: Sim

Dia 30 de novembro, quinta-feira às 14h

FÁBRICA DE CULTURA ITAIM PAULISTA
Endereço: Av. Celso Garcia, 2231 – Belenzinho, São Paulo.
Repertório: Sal, Grand Pas de Deux de D. Quixote, Instante e Veias Abertas
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre | Duração: 90 minutos
Capacidade física: 300 lugares
Acessibilidade: Sim

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