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São Paulo Companhia de Dança e Theatro São Pedro recebem 2022 com filmes inéditos

Crédito da foto: Marcos Alonso
Cena de O Voo, de Vinícius Anselmo
Bailarinas: Luciana Davi e Beatriz Paulino

São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa – e o Theatro São Pedro – gerido pela Santa Marcelina Cultura, sob direção artístico-pedagógica de Paulo Zuben – se unem para o lançamento de videodanças que vão levar muita arte às festas de Ano Novo. Nos dias 30/12 e 1º/1, às 18h, os equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo fizeram a estreia dos curtas Reflexos de um Tempo Presente em suas redes sociais.

Os filmes, que integram a série Dança Hoje, iniciada em 2020, apresentam o trabalho de jovens coreógrafos a partir de 8 obras contemporâneas inéditas criadas especialmente para o audiovisual e que têm, em comum, um fino entrosamento entre música e movimento.

Dividida em dois volumes, cada qual com quatro obras distintas, a produção foi gravada em diferentes ambientes do Theatro São Pedro – fachada, saguão, corredores, balcões, plateia e palco –, revelando esse patrimônio arquitetônico da capital paulista sob novas perspectivas a partir da interação entre a dança e a música orquestral na forma de videodanças nos quais os bailarinos da São Paulo Companhia de Dança dialogam com instrumentistas da Orquestra do Theatro São Pedro.

Sob a direção de Inês Bogéa, também diretora da SPCD, e direção musical do maestro Cláudio Cruz, as criações são assinadas pelos coreógrafos André Grippi, Irupé Sarmiento e Vinícius Anselmo, além de integrantes da Companhia que participam do Programa de Desenvolvimento de Habilidades Futuras do Artista da Dança (PDHFAD), lançado com o intuito de provocar o corpo artístico a olhar para diferentes perspectivas de carreira dentro da SPCD, investigando novas áreas de atuação.

“Dirigir um videodança é um pouco diferente de dirigir uma Companhia na cena aberta. Aqui o trabalho é descobrir novas possibilidades de criação neste outro palco que é a tela. É uma alegria contar com a parceria da Orquestra do Theatro São Pedro nesta segunda edição do projeto Dança Hoje, que visa dar vazão a processos criativos coletivos”, ressalta a diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa.

“O prédio do Theatro São Pedro tem mais de 100 anos, é um patrimônio histórico da cidade. Reflexos de um Tempo Presente vem para promover um olhar diferente sobre este espaço onde você pode fazer arte e cultura e mostrar nossa disposição de continuar trabalhando criativamente”, diz Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, gestora do Theatro e da Orquestra.

O público também poderá descobrir um pouco mais sobre o processo criativo que deu origem a esses videodanças no documentário Sobre Reflexos de um Tempo Presente – Dança Hoje, já disponível no canal da SPCD no YouTube.

Reflexos de um Tempo Presente conta com parceria cultural de UMA│Raquel Davidowicz e Highstil, fotografia de Nicolas Marchi e Charles Lima (também responsável pela montagem e finalização), dramaturgia musical e platô de Rodolfo Dias Paes (DiPa), operação de câmera de Charles Lima e Alan Fabio Gomes, assistência de regência de Gesiel Vilarubia, making of de Alan Fabio Gomes e still de Marcos Alonso.

As exibições acontecem nos canais da Companhia no YouTube (youtube.com/AudiovisualSPCD), no Facebook (@spciadedanca) e no Instagram (@saopaulociadedanca) e também no YouTube do Theatro São Pedro (youtube.com/TheatroSãoPedroTSP) – além de poder conferir diretamente através desta matéria, logo abaixo:

Reflexos de um Tempo Presente – Parte 1

Reflexos de um Tempo Presente – Parte 2

 

Ficha Técnica

Reflexos de um Tempo Presente – Parte 1

Coabito

Coreografia e figurino: André Grippi
Música: Prelúdio nº 3, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Iluminação: Nicolas Marchi
Execução de figurino: Edmeia Evaristo
Bailarina: Ana Roberta Teixeira
Violonista: Gesiel Vilarubia

A partir da percepção de detalhes do movimento frente a uma imensidão – representada pela cidade de São Paulo e o Theatro São Pedro -, o solo traça um diálogo entre o espaço, a arquitetura e a dança, refletindo a respeito dos momentos da vida em que temos que conciliar universos distintos que não necessariamente dependem um do outro para existirem, mas que coexistem em situações diversas.

Oblivion

Coreografia e figurino: Irupé Sarmiento
Música: Oblivion, de Astor Piazzolla (1921-1992)
Iluminação: Nicolas Marchi
Execução de figurino: Edmeia Evaristo (camisas)
Poema: Los Espejos, de Jorge Luis Borges (1899-1986) na voz de Luiz Arrieta
Bailarinos: Daniel Reca e Geivison Moreira
Bailarino convidado: Luis Arrieta
Instrumentistas: Renan Gonçalves (violino), Anderson Santoro (violino), Mariela Micheletti (violino), Diogo Guimarães (viola), Franklin Martins (violoncelo)

A partir do encontro entre diferentes gerações da dança – um mestre da arte e dois jovens bailarinos –, a obra explora o embate interno sobre quem somos, o que vemos em nosso próprio reflexo no espelho e o entendimento de que apenas quando abraçamos a nossa totalidade é que nos tornamos plenos.

Colapso

Coreografia e figurino: Beatriz Hack
Música: Fantasia nº3 em Ré Menor K.397, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Iluminação: Nicolas Marchi
Objeto cênico: Luiz Antônio Dias
Bailarinos: Nielson Souza, Otávio Portela e Vinícius Vieira
Pianista: Andrey Ivanov

A obra levanta reflexões sobre o sistema em que vivemos e provoca questionamentos sobre a forma como estamos inseridos na sociedade, incitando novas maneiras de pensar sobre o individualismo para que se possa potencializar uma vivência mais integrada e harmônica entre as pessoas e o ambiente ao redor.

Perspectiva

Coreografia e figurino: Matheus Queiroz
Música: Adágio para Cordas, de Samuel Barber (1910-1981)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Highstil (camisas)
Bailarinos: Artemis Bastos, Beatriz Paulino, Beatriz Hack, Cecília Valadares, Letícia Forattini, Leonardo Pedro, Luiza Yuk, Milton Coatti e Otávio Portela
Instrumentistas: Renan Gonçalves (violino), Hugo Leonardo (violino), Fabio Schio (viola), Fabrício Rodrigues (violoncelo)

A obra explora como os sentimentos influenciam a forma como percebemos aquilo que está ao nosso redor ao mesmo tempo em que o mundo externo se reflete no interior de cada um.

Reflexos de um Tempo Presente – Parte 2

Momentum

Coreografia: Letícia Forattini
Música: Sonata para Violino nº 1 em Sol Menor, BWB 1001 /II. Fuga, de J.S. Bach (1685-1750)
Iluminação: Nicolas Marchi
Figurino: Raquel Davidowicz – UMA
Cenografia: Luiz Antônio Dias
Bailarinos: Ana Roberta Teixeira, Cecília Valadares, Hiago Castro, Luan Barcelos, Luiza Yuk, Mateus Rocha, Matheus Queiroz, Otávio Portela, Thamiris Prata e Yoshi Suzuki
Violinista: Claudio Cruz

A partir de uma discussão sobre o conflito entre o individual e o coletivo, a obra propõe a dança como um elo de confiança entre indivíduos, como uma ferramenta de identidade coletiva que denota consonância entre os que dançam um mesmo ritmo, em um movimento pulsante que contrasta com o individual.

“Il Cast”

Coreografia e figurino: Artemis Bastos
Música: Abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini (1792-1868)
Iluminação: Nicolas Marchi
Execução de figurino: Edmeia Evaristo
Bailarinos: Alan Marques, Beatriz Paulino, Cecília Valadares, Luan Barcelos, Poliana Souza e Vinícius Vieira
Instrumentistas: Andrey Ivanov (piano), Franklin Martins (violoncelo), Mariela Micheletti (violino)
Participação especial: André Souza e Luiz Antônio Dias

Com humor e leveza, a obra brinca com a questão do ego e do desejo do ser humano de se destacar frente aos demais. Cada bailarino trava uma disputa com o outro de maneira divertida em uma dança contemporânea cômica que se utiliza da música clássica.

O Voo

Coreografia e figurino: Vinícius Anselmo
Música: En Nacelle, de Henrique Oswald (1852-1931)
Iluminação: Nicolas Marchi
Execução de figurino: Edmeia Evaristo
Poema: O Voo, de Rubem Alves, na voz de Inês Bogéa
Bailarinos: Beatriz Paulino e Luciana Davi
Pianista: Andrey Ivanov

Neste duo, que se apropria da linguagem clássica, as bailarinas representam a dicotomia em nossa mente, que ora imprime coragem para nos lançarmos ao vazio, experimentando coisas novas, ora nos prende ao que é seguro e conhecido.

Totentanz

Coreografia, figurino e interpretação: Ammanda Rosa e Nielson Souza
Música: Trio nº 2 para piano, violino e violoncelo Op 67 / IV Allegretto, de Dmitri Shostakovich (1906-1975)
Iluminação: Nicolas Marchi
Execução de figurino: Edmeia Evaristo
Efeitos cênicos: André Souza, Luiz Antônio Dias e Nicolas Marchi
Poema: Johannes Klöcking na voz de Bastian Thurner
Instrumentistas: Anderson Santoro (violino), Franklin Martins (violoncelo), Andrey Ivanov (piano)

A obra parte do tema Memento Mori (frase que significa “Lembre-se que você é mortal”) para refletir sobre a potência e efemeridade de nossos corpos, em um convite para dançarmos e aproveitarmos a vida, refletindo sobre cada momento presente e as possibilidades dessa vivência.

Serviço

Reflexos de um Tempo Presente
Por São Paulo Companhia de Dança e Santa Marcelina Cultura
(Estreia)
Estreia 30 de dezembro de 2021 (Parte 1) e 1º de janeiro de 2022 (Parte 2)
Horário: 18h
Local: Canais da Companhia no YouTube (youtube.com/AudiovisualSPCD), no Facebook (@spciadedanca) e no Instagram (@saopaulociadedanca) e também no YouTube do Theatro São Pedro (youtube.com/TheatroSãoPedroTSP).

 

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