Crédito da foto: Silvia Machado
Cena de O Lago dos Cisnes
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança, dá início à primeira parte de sua Temporada 2022, intitulada Cor do Arco-Íris. Entre os meses de maio e junho, a Companhia sobe ao palco do Theatro São Pedro – que receberá espetáculos inspirados pela celebração do centenário da Semana de Arte Moderna de 2022 – e no Teatro Sérgio Cardoso – tradicional casa das temporadas da SPCD – para apresentar três programas distintos com duas obras inéditas.
As primeiras apresentações acontecem de 26 a 29 de maio no Theatro São Pedro, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerido pela Santa Marcelina Cultura. Os espetáculos contam com a participação da Orquestra do Theatro São Pedro e da Orquestra Jovem do Theatro São Pedro sob a regência do maestro Claudio Cruz. Na ocasião, a SPCD estreia Di, primeira criação para a Companhia de Miriam Druwe, coreógrafa tarimbada em transpor a linguagem das artes visuais para a dança. Sua movimentação dialoga com os traços do pintor Di Cavalcanti (1897-1976) – refletidos no cenário, nos figurinos e na própria dança –, além do modernismo na música do compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959). A obra evoca telas de Di cedidas gentilmente por Elisabeth Di Cavalcanti para esta criação. O lirismo também faz parte de Madrugada (2021), assinada por Antonio Gomes a partir das Valsas de Esquina de Francisco Mignone arranjada especialmente para orquestra por Rubens Ricciardi. Após uma estreia virtual no ano passado, a obra será apresentada pela primeira vez, presencialmente, ao público de São Paulo.
Na semana seguinte, de 2 a 5 de junho, o Theatro São Pedro sedia a estreia de Desassossegos, nova criação de Henrique Rodovalho, coreógrafo residente da SPCD desde 2020. A obra celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 ao reinterpretar, no século XXI, as inquietações deixadas pelos modernistas a partir de um elenco só de mulheres, vestidas com figurinos de Fabio Namatame inspirados nos desenhos de Flávio de Carvalho (1899-1973) para A Cangaceira, espetáculo do antológico Balé do IV Centenário. O espetáculo, que conta também com participação da Orquestra do Theatro São Pedro, solos de Renan Gonçalves no violino e direção musical e Ricardo Ballestero, segue com Infinitos Traçados (2021), desenvolvida a partir de olhares múltiplos, com coreografias de Esdras Hernández Villar, Jonathan dos Santos e Monica Proença, concepção e direção cênica de William Pereira e direção de dança de Inês Bogéa.
Ballestero destaca que o espetáculo foi concebido a partir de uma ideia de comunhão com um pouco da música dos nossos vizinhos sul-americanos. “Pensei no programa em torno de duas obras: a Fantasia Concertante, de Heitor Villa-Lobos e o Quarteto nº 1 para quarteto de cordas, de Alberto Ginastera. As outras decorrem da instrumentação dessas peças mais densas, trazendo diálogos, reflexos, contrastes e movimentos”, afirma.
Entre os dias 9 e 12 de junho, a Companhia desembarca no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerido pela Amigos da Arte. É por lá que acontece o encantamento do público com o balé O Lago dos Cisnes (2018), uma criação de Mario Galizzi para a SPCD a partir do original de Marius Petipa e Lev Ivanov. Pensada sob medida para os artistas da Companhia, a coreografia de Galizzi dialoga com a tradição e se renova nas relações dos personagens, no detalhe das pantomimas e nos desenhos das cenas, em sintonia fina com a música emblemática de Tchaikovsky. Em 2018, esta versão foi eleita como o segundo melhor espetáculo de dança do ano pelo Guia da Folha de S.Paulo (voto do público e do júri) e também recebeu o Prêmio APCA – Prêmio Técnico para o trabalho de Vivien Buckup como professora de dramaturgia da obra.
Uma hora antes dos espetáculos, o público interessado em se aprofundar nas histórias e nos bastidores das criações poderá conversar com a diretora da Companhia, Inês Bogéa, que fará palestras gratuitas sobre o programa de cada noite. A Temporada apresentará ainda Espetáculos para Estudantes e Idosos, que acontecem nos dias 25/5 e 1º/6, no Theatro São Pedro, e no dia 10/6, no Teatro Sérgio Cardoso, sempre às 15h. A entrada é gratuita mediante inscrição prévia no site spcd.com.br/educativo/
Os ingressos para as apresentações já estão à venda diretamente em theatrosaopedro.byinti.com e site.bileto.sympla.com.br/
“Queremos que a dança da São Paulo possa fazer cada um colorir seu ano com mais intensidade, movimento e diversidade. As obras que serão apresentadas despertam sensações que refletem sobre nossa humanidade e o desejo de nos conectarmos uns com os outros, especialmente após os últimos anos”, afirma Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.
“A São Paulo Companhia de Dança se tornou uma parceria fundamental do Teatro Sérgio Cardoso nos últimos anos e é um prazer imenso contar mais uma vez com uma temporada deste grupo, um dos mais representativos da dança nacional, no nosso palco”, diz Danielle Nigromonte, diretora da Amigos da Arte, gestora do Teatro Sérgio Cardoso.
Em 2022, a São Paulo Companhia de Dança se apresenta ainda no Teatro Alfa, nos dias 27 e 28 de agosto, com novas criações de Stephen Shropshire, Gal Martins e reencenação de Odisseia, de Joëlle Bouvier; entre 15 e 18 de setembro, na Sala São Paulo, com participação ao vivo da Osesp e reapresentação de Di, de Miriam Druwe, além da estreia de uma nova criação de Juliano Nunes para a Bachiana Brasileira nº 8, de Villa-Lobos; e de 1º a 11 de dezembro, no Teatro Sérgio Cardoso, com a estreia de O Quebra-Nozes, em uma nova releitura pelas mãos de Márcia Haydée.
A Temporada 2022 da SPCD é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, com Patrocínio Prata de Itaú e Eurofarma, Copatrocínio de Deloitte e Sodexo, apoio de CPF e realização da Associação Pró-Dança, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
Ficha Técnica das obras
Di (ESTREIA – 2022)
Coreografia: Miriam Druwe
Música: Choro nº 6, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), interpretada ao vivo pela Orquestra do Theatro São Pedro sob regência musical do maestro Claudio Cruz
Cenografia e Figurino: Fábio Namatame, inspirado em obras de Di Cavalcanti (1897-1976) cedidas gentilmente por Elisabeth Di Cavalcanti para esta criação
Iluminação: Wagner Freire
Madrugada (2021)
Coreografia: Antonio Gomes
Música: Valsas de Esquina, de Francisco Mignone (1897-1986), com orquestração de Rubens Ricciardi interpretada ao vivo pela Orquestra do Theatro São Pedro sob regência musical do maestro Claudio Cruz
Figurino: Fábio Namatame
Iluminação: Wagner Freire
Desassossegos (ESTREIA – 2022)
Coreografia e Iluminação: Henrique Rodovalho
Música: Mystery Sonatas, de David Lang (Joy; After Sorrow; After Joy), interpretada pelo violinista Renan Gonçalves
Figurino: Fábio Namatame, inspirado nos desenhos e esboços de A Cangaceira, de Flávio de Carvalho (1899-1973), cedidos gentilmente pelo Museu de Arte Contemporânea MAC-USP, dirigido por Ana Magalhães
Infinitos Traçados (2021)
Direção artístico-pedagógica da Santa Marcelina Cultura: Paulo Zuben
Gestor artístico da Santa Marcelina Cultura: Ricardo Appezzato
Direção artística e educacional da São Paulo Companhia de Dança: Inês Bogéa
Concepção e Direção Cênica: William Pereira
Direção Musical: Ricardo Ballestero
Direção de Dança: Inês Bogéa
Música: Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Camargo Guarnieri (1907-1993), Alberto Ginastera (1916-1983), Miguel del Águila
Coreografia: Monica Proença, Jonathan dos Santos e Esdras Hernández Villar
Iluminação: Caetano Vilela
Figurino: Balletto (mulheres) e Acervo SPCD (homens)
O Lago dos Cisnes (2018)
Coreografia: Mario Galizzi, a partir de Marius Petipa (1818-1910) e Lev Ivanov (1834-1901)
Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) com partitura revisada por Riccardo Drigo (1846-1930)
Iluminação: Wagner Freire
Cenografia: Marco Lima
Figurino: Fábio Namatame| 1ª e 3ª cenas, todos | 2ª cenas, homens Tânia Agra | 2ª e 4ª cenas, tutus e bruxo | 3ª cena, Odille
Adereços: Robson Rui (Bestas) | Américo Corrêa (Machados, Trompetas e Cetro)
Assistente de coreografia: Sabrina Streiff
Assistente de cenografia: César Bento
Visagismo: Augusto Sargo
Professora de Dramaturgia: Vivien Buckup
Serviço
São Paulo Companhia de Dança e Orquestra do Theatro São Pedro
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda – São Paulo/SP
Horários: Quinta-feira, sexta-feira e sábado, às 20h | domingo, às 17h
Capacidade física: 636 lugares
Acessibilidade: Sim
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia), à venda no site theatrosaopedro.byinti.com
Programa 1
Datas: 26 a 29 de maio de 2022
Repertório: Estreia de Di, de Miriam Druwe | Madrugada, de Antonio Gomes
São Paulo Companhia de Dança
Inês Bogéa, direção artística
Orquestra do Theatro São Pedro
Orquestra Jovem do Theatro São Pedro
Claudio Cruz, direção musical
Classificação: Livre | Duração: 1h
Programa 2
Datas: 2 a 5 de junho de 2022
Repertório: Estreia de Desassossegos, de Henrique Rodovalho | Infinitos Traçados, com coreografia de Esdras Hernández Villar, Jonathan dos Santos e Monica Proença
São Paulo Companhia de Dança
Inês Bogéa, direção artística
Orquestra do Theatro São Pedro
Renan Gonçalves, violino (Desassossegos)
Classificação: Livre | Duração: 1h
São Paulo Companhia de Dança no Teatro Sérgio Cardoso
Programa: O Lago dos Cisnes, de Mario Galizzi
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP
Datas: 9 a 12 de junho de 2022
Horários: Quinta e sexta, às 20h | Sábado, às 16h e 20h | Domingo, às 17h
Capacidade física: 827 lugares
Acessibilidade: Sim
Classificação: Livre | Duração: 2h30
Ingresso: R$ 70,00 (plateia central) | R$ 60,00 (plateia lateral) | R$ 45,00 (balcão), à venda no site https://site.bileto.sympla.