Ícone do site Agenda de Dança

Saiba como fazer a sua assinatura para a Temporada 2018 da SPCD

Completando 10 anos em 2018, a São Paulo Companhia de Dança apresenta sua nova temporada de espetáculos, que vai do contemporâneo ao mais aclamado e prestigiado ballet de todos os tempos. E para conferir tudo de perto, sem perder nada da programação, nada melhor do que fazer a assinatura da Temporada 2018 que, além de garantir seu assento nas apresentação trás muitos outros benefício para os assinantes. A aquisição de novas assinaturas para 2018 está disponível no site oficial da SPCD (www.spcd.com.br) e podem ser adquiridas até 04 de abril de 2018. A São Paulo Companhia de Dança é mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, e tem a frente da companhia a direção artística de Inês Bogéa.

Para comemorar os seus dez anos, a SPCD prepara uma nova temporada que reunirá obras de grandes nomes da dança internacional: Jirí Kylián, Nacho Duato, Marco Goecke e Mario Galizzi, além de obras de artistas brasileiros: Henrique Rodovalho, Thiago Bordin, Lucas Lima, Clébio Oliveira e Guivalde de Almeida.

Mantendo a sua tradição, a Companhia irá do clássico ao contemporâneo – de O Lago dos Cisnes a Melhor Único Dia. Serão quatro diferentes programas, três em junho e um em novembro: na primeira semana, um mergulho na linguagem de Marco Goecke com três obras: Peekaboo (2013), O Pássaro de Fogo (2010) e Supernova (2009). Goecke é considerado um dos maiores nomes da dança contemporânea atual por sua linguagem particular do movimento, que traz para a cena imagens instigantes.

Em seguida serão apresentadas duas criações de coreógrafos brasileiros da nova geração, que fizeram grande parte da sua carreira no exterior: Thiago Bordin (solista do Hamburg Ballet e do Nederlands Dans Theater) e Lucas Lima (solista e coreógrafo do Balé Nacional da Noruega em Oslo), além de duas obras canônicas do repertório internacional: 14’20” (2002), de Jirí Kylián, e Gnawa, (2005), de Nacho Duato. Na terceira semana teremos a estreia de Melhor Único Dia de Henrique Rodovalho, o consagrado diretor da Quasar Companhia de Dança, de Goiânia, e veremos dois sucessos da temporada de 2017: Suíte de Raymonda, de Guivalde de Almeida e Primavera Fria, de Clébio Oliveira.

Em novembro a Companhia leva ao palco do Teatro Sérgio Cardoso, o balé clássico mais aclamado de todos os tempos e que atravessa gerações com enorme sucesso: O Lago dos Cisnes, na versão de Mario Galizzi. A SPCD apresentou em novembro, na Sala São Paulo, o II Ato da obra, que teve os ingressos esgotados em um único final de semana. “A coreografia completa criada por Galizzi para a SPCD será clássica-contemporânea, ou seja, manterá a essência da obra, atualizando a produção e os tempos”, explica Inês Bogéa.

Benefícios do Assinante

Além de garantir lugar na plateia em todos os espetáculos, o assinante escolhe antecipadamente seu lugar preferido e pode mantê-lo durante toda a temporada, além de poder acompanhar com exclusividade um ensaio na sede da Companhia e retirar no dia do espetáculo um programa de sala com fotos, textos e materiais de mediação da Companhia. As novas assinaturas poderão ser adquiridas pelo site www.spcd.com.br de 4 de dezembro de 2017 a 4 de abril de 2018, e são escolhidas de acordo com o dia da semana de preferência do assinante: quintas-feiras, sextas-feiras, sábados e domingos.

Preços:
– Plateia central: R$ 170,00
– Plateia lateral: R$ 135,00
– Balcão: R$ 100,00

Pagamento:
Somente pelo cartão de crédito, em até seis parcelas.

Acessibilidade

Desde 2013 a São Paulo Companhia de Dança utiliza o recurso de audiodescrição – modo que transmite ao público cego e surdo, por meio de fones de ouvido, informações sobre cenário, figurino e, principalmente, os movimentos dos bailarinos – em suas apresentações por espaços públicos do interior e da capital de São Paulo. E desde 2014, com o objetivo de viabilizar a implantação de mais recursos de acessibilidade comunicacional, a SPCD ampliou o programa por meio da tecnologia avançada do aplicativo gratuito Whatscine, que transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e subtitulação, permitindo às pessoas com deficiência entrar em contato com a experiência da dança. A SPCD possui fones de ouvido e tablets para as pessoas que não tem o aplicativo em seus celulares.

Programa 2018

De 21 a 24 de junho de 2018

Noite Marco Goecke

Pas de Deux do Pássaro de Fogo (2010)
Coreografia, palco e figurino: Marco Goecke
Música: The Firebird (Berceuse e Final), de Igor Stravinsky (1882-1971)
Desenho de luz: Udo Haberland | Adaptação para a SPCD: Wagner Freire
Dramaturgia: Nadja Kadel
Remontagem: Giovanni Di Palma
Execução de figurino: Judite de Lima
Estreia mundial: 2010
Estreia pela SPCD: 2017, Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo

Marco Goecke criou este pas de deux para a música de Stravinsky – composta para o balé de Michel Fokine, The Firebird, estreado em 1910 – na ocasião dos 100 anos da obra, durante o Holland Dance Festival de 2010. Goecke utiliza dois trechos da música de Stravinsky: o acalanto, no qual o mítico Pássaro com sua mágica leva todos a caírem no sono, e o trecho final da obra, que marca o despertar das pessoas. O dueto pode ser interpretado como um encontro entre o pássaro de fogo e o príncipe em busca de liberdade e novas possibilidades de vida.

Peekaboo (2013)
Coreografia e figurino: Marco Goecke
Música: Simple Symphony, de Benjamin Britten (1913-1976), H.Y.V.Ä e Sininen javalkoinen, com o coral Mieskuoro Huutajat
Desenho de Luz: Udo Haberland
Dramaturgia e organização: Nadja Kadel
Execução de figurino: Thomas Lampertz
Coprodução: Movimentos Festival Wolfsburg
Estreia mundial pela SPCD: 2013

Em Peekaboo, o coreógrafo alemão Marco Goecke lida com o ato de esconder e revelar de forma instigante. O título se refere a um jogo infantil conhecido pelas crianças: a pessoa espia (peek, em inglês), esconde o rosto e, de repente, reaparece e diz ‘achou’ ou ‘boo’. Na obra, a sinfonia de Britten combinada com o som do coro finlandês Huutajat, revela contrastes: ao mesmo tempo em que fala de fantasia, traz à tona os medos e a solidão de cada bailarino. O elenco se alterna em solos, duos, trios e conjuntos, a movimentação é rápida e precisa, e os intérpretes aparecem e desaparecem misteriosamente da cena. “Tudo é uma questão para se perder e se encontrar”, diz o coreógrafo.

Supernova (2009)
Coreografia e figurino: Marco Goecke
Músicas: Pierre Louis Garcia-Leccia (Ohimé – faixa Aka), Antony & The Johnsons (Another Word – faixa Shake That Devil)
Remontagem: Giovanni Di Palma
Desenho de luz: Udo Haberland
Dramaturgia: Nadja Kadel
Execução de figurino: Madalena Machado (Arte & Cia)
Execução de objetos cênicos: Fábio Brando (FCR Produções Artísticas)
Estreia mundial: 2009
Estreia pela SPCD: 2011, São Paulo

Inspirado pelo fenômeno astronômico das supernovas, estrelas que explodem e brilham no espaço, Marco Goecke criou Supernova, uma coreografia de contrastes na qual morte e vida, claro e escuro, estão ligadas pela energia de cada corpo. Os bailarinos aparecem e desaparecem do palco misteriosamente e a movimentação é marcada por sequências muito rápidas, precisas e controladas que fazem os corpos vibrarem. Para Goecke, cada movimento só pode acontecer uma única vez. “Você pode fazê-lo cada vez mais rápido, então dificilmente ele vai existir no final”, diz o coreógrafo.

De 28 de junho a 1 de julho de 2018

14´20’’ (2002)
Coreografia e produção: Jirí Kylián (trecho da obra 27´52)
Música: Dirk Haubrich (nova composição baseada em dois temas de Gustav Mahler [1860-1911])
Iluminação: Kees Tjebbes
Figurinos: Joke Visser
Execução de figurino: Judite de Lima
Assistente de coreografia: Nina Botkay
Supervisão de iluminação e cenário: Loes Schakenbos
Estreia mundial: 2002
Estreia pela SPCD: 2017, São Paulo
*Recomendado para maiores de 12 anos

14’20’’ é um extrato da obra 27’52’’ – cujo título refere-se à duração deste espetáculo. Ao som da música eletrônica de Dirk Haubrich, entremeada por uma voz feminina em alemão e outra masculina em francês, vemos um duo que traz para a cena questões sobre o tempo, o amor, a vida e a morte.

Estreia | Criação Thiago Bordin (2018)

Nesta obra, Bordin investiga a composição coreográfica e musical, explorando associações entre estas artes. Entre tradição e vanguarda, entre o clássico e o contemporâneo, ele criará uma dança que fala da sua experiência na Alemanha como bailarino e coreógrafo e da sua identidade brasileira no movimento e na vida.

Thiago Bordin é coreógrafo e professor freelancer na Europa e no Brasil. De 2001 a 2013 participou do Balé de Hamburgo sob a direção de John Neumeier, onde se tornou primeiro bailarino em 2005. De 2014 a 2017 fez parte do Nederlands Dans Theater na Holanda. Ganhador de vários prêmios, entre eles Deutsch Tanzpreis “Zukunft” e Benois de la Danse, Bolshoi Theater.

Estreia | Instante (2017)
Coreografia e figurino: Lucas Lima
Música: On the Nature of Daylight, de Max Richter
Estreia mundial: 2017, Jundiaí

O ponto de partida desta obra foi a música de Max Richter, que ganhou novas dinâmicas no movimento dos bailarinos Morgana Cappellari e Nielson Souza. Segundo o coreógrafo, a obra trata de “um instante para se encontrar, e outro para se perder. Um instante para decidir, para seguir, para voltar, para se arrepender”. É uma coreografia neo-clássica que se vale dos movimentos do balé clássico com novos impulsos e dinâmicas que dialogam com a contemporaneidade.

Lucas Lima é solista do Ballet Nacional da Noruega (Norwegian National Ballet) e nesses últimos anos iniciou sua carreira de coreógrafo, criando obras para grandes companhias do mundo como a Royal Ballet School, o Balé Nacional da Noruega e o Balé da Cidade.

Gnawa (2005)
Coreografia: Nacho Duato
Remontagem: Hilde Koch e Tony Fabre (1964-2013)
Música: Hassan Hakmoun, Adam Rudolph, Juan Alberto Arteche, Javier Paxariño, Rabih Abou-Khalil, Velez, Kusur e Sarkissian
Organização e produção original: Carlos Iturrioz Mediart Producciones SL (Spain)
Figurino: Luis Devota e Modesto Lomba
Iluminação: Nicolás Fischtel
Estreia mundial: 2005
Estreia pela SPCD: 2009, São Paulo

Gnawa é uma peça que utiliza os quatro elementos fundamentais – água, terra, fogo e ar – para tratar da relação do ser humano com o universo. A obra apresenta o reiterado interesse de Nacho Duato pela gravidade e pelo uso do solo na constituição de sua dança. Os gnawas são uma confraria mística adepta do islamismo, descendentes de ex-escravos e comerciantes do Sul e do centro da África, que se instalaram ao longo dos séculos no Norte daquele continente.

De 5 a 8 julho de 2018

Estreia | Suíte Raymonda (2017)
Coreografia: Guivalde de Almeida, a partir do original de 1898 de Marius Petipa (1818-1910)
Música: Raymonda, de Alexander Glazunov (1865-1936), executada pela Orquestra Filarmônica de Nice, sob regência de Klaus Weise, e Orquestra Sinfônica de Moscou, sob regência de Alexander Anisimov
Figurino: Tânia Agra
Maquiagem: Guto Sargo
Iluminação: Wagner Freire
Design gráfico da projeção: Cyro Menna Barreto
Estreia pela SPCD: 2017, São Paulo

A obra, para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros 2017, parte do terceiro ato da versão original. Em cena, assistimos ao casamento de Raymonda com João de Brienne. “É uma dança virtuosa, pontuada por muitas variações, que une a dança clássica acadêmica com a dança a caráter”, fala o coreógrafo.

Primavera Fria (2017)
Coreografia, palco e figurino: Clébio Oliveira
Música original: Matresanch
Iluminação: Mirella Brandi
Estreia mundial pela SPCD: 2017, São Paulo

Segundo Clébio Oliveira, Primavera Fria examina a anatomia de uma ruptura inesperada. “A perda do objeto amoroso é um tema que há séculos inquieta e inspira pensadores, poetas e artistas. Mas longe de constituir uma experiência metafísica, essa perda é vivenciada no corpo por meio de um intrincado encadeamento bioquímico sofrido e produzido pelo cérebro humano. Buscamos antever e planejar, bem como compreender o mundo à nossa volta, as pessoas e, principalmente, a nós mesmos, a partir de racionalizações. No campo afetivo, buscamos a felicidade e ansiamos por relações amorosas sólidas ainda que inexoravelmente forjadas pela fantasia. Nossa busca por controle cai por terra quando somos atravessados pela paixão ou pela dor de sua ruptura”, fala o coreógrafo.

Estreia | Melhor Único Dia (2017)
Coreografia e iluminação: Henrique Rodovalho
Música: criação original de Pupilo com voz de Céu
Figurino: Cássio Brasil

Rodovalho comenta que neste trabalho experimenta movimentos expandidos e continuados a partir da relação dos bailarinos que permanecem todo o tempo em cena. “As referências sobre esta característica vieram de grandes grupos de animais em movimento e como se desenvolvem e se relacionam”, diz o coreógrafo. A obra trata sobre ‘o que tem de acontecer’, neste breve espaço de tempo de existência deste grande grupo, relacionado principalmente a algum tipo de prazer. Por isso, o nome Melhor Único Dia. “Para tentar traduzir, de alguma forma, a curta existência que se expressa através do movimento em grupo”, completa Rodovalho.

De 22 a 25 novembro de 2018

Estreia | O Lago dos Cisnes (2018)
Coreografia: Mario Galizzi, a partir do original de Lev Ivanov (1834-1901) e Marius Petipa (1818-1910).
Música: Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)
Figurino: Tânia Agra
Cenário: Marco Lima
Iluminação: Wagner Freire
Estreia mundial: 1895
Estreia pela SPCD: 2018, São Paulo

Desde sua estreia, em 1895, o balé O Lago dos Cisnes vem atravessando gerações com enorme sucesso. Esta montagem será clássica-contemporânea, ou seja, manterá a essência da obra atualizando a produção e os tempos. O Lago é um balé romântico que narra a história da princesa Odette. Enfeitiçada pelo bruxo Rothbart, é aprisionada no corpo de um cisne durante o dia e volta a ser humana durante a noite. Para se libertar do feitiço, ela precisa que um príncipe lhe jure amor eterno. Da meia noite ao amanhecer, ela é uma criatura mágica e delicada, que o príncipe deseja amar e proteger. Durante o dia, a rainha dos cisnes: frágil, amedrontada e, ao mesmo tempo, corajosa e protetora do seu grupo.

Sobre a SPCD

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) foi criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo. Seu repertório contempla remontagens de obras clássicas e modernas, além de peças inéditas, criadas especificamente para o seu corpo de bailarinos. A Companhia, dirigida por Inês Bogéa, já percorreu 62 cidades do Estado de São Paulo, 17 cidades do Brasil, e 37 cidades do exterior em 16 países, em mais de 700 espetáculos vistos por um público de mais de 600.000 pessoas, com grande sucesso de crítica e público. A SPCD atua em três vertentes: difusão da dança, atividades educativas e de formação de plateia em dança, e registro e memória da dança. “Seu carisma e originalidade são incríveis”, diz Dietholf Zerweck (Alemanha).

Crédito da foto: Fernanda Kirmayr | Cena de ‘Melhor Único Dia’, de Henrique Rodovalho

Sair da versão mobile