Em maio, no Travessias, projeto em que a diversidade cultural é pensada a partir das experiências de travessias – geográficas, simbólicas, identitárias e políticas – o Sesc Santo Amaro apresenta um bate-papo, uma intervenção e um workshop, todos voltados ao tema.
Travessias Africanas é uma roda de conversa que vai acontecer dia 11 de maio, às 19h, e vai contar a história, a cultura e a experiência de refúgio de povos do continente africano. Nessa interlocução, estarão presentes os refugiados africanos Papa Ba (senegalês) Frank Mputu (congolês). Esse bate-papo terá mediação de Paulo Farah, professor doutor no programa de graduação e de pós-graduação na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Dia 11 de maio, às 21h, a dançarina, percussionista, cantora, coreógrafa e professora guineana Mariama Camara, apresenta a intervenção de dança africana Mandigue. Nessa apresentação, a coreógrafa realiza uma intervenção com movimentos corporais, cantos e toques de ritmos que permitem a releitura de significados ancestrais que são transmitidos de geração em geração nas aldeias e nos balés da Guiné.
Mariama Camara é guineana e vive no Brasil há sete anos. Sua carreira artística é consolidada internacionalmente desde 1999. Integrou o Les Ballets Africains (1999-2007), dançou com artistas renomados como Youssor N’dour, Salif Keita e Youssouf Koumbassa. De 2007 para cá, ela tem sido participado de seminários, acampamentos internacionais, cursos e oficinas de dança, percussão, canto por diversos países da Europa, Oriente Médio, Ásia e Américas. O trabalho de Camara representa a difusão da diversidade cultural africana e a imersão no conhecimento da história da Diáspora da África do Oeste.
Também faz parte do projeto Travessias o workshop de Percussão Mandigue com aula de dança com os professores da Trupe Benkady, Flavia Mazal e Rafael Fazzion no dia 19 de maio, às 19h.
A Trupe Benkady é um coletivo paulistano de artistas, que pesquisa e desenvolve as danças e ritmos dos balés tradicionais do oeste africano, principalmente da Guiné, tendo como base a música Malinké, utilizando cantos e os sons de djembês e dununs em diálogo com o corpo em movimento.
Flavia Mazal é professora e pesquisadora da cultura e dança mandingue há mais de 10 anos. Com apoio do Ministério da Cultura do Brasil, por meio do projeto Diálogos Ancestrais, Mazal pesquisou o tema de seu trabalho na Guiné Concari, junto ao Mestre Youssouff Kombassa.
Rafael Fazzion começou a tocar aos oito anos no teatro popular Solano Trindade, com os professores de percussão popular Victor da Trindade e Carlos Caçapava. Durante cinco anos, Fazzion fez parte do Ballet Afro Koteban, que pesquisa a música do Oeste africano e lá, em 2006, deu início aos estudos de música e cultura mandingue. Junto com Flavia Mazal e Bangaly Konate fundou a Trupe Benkady, onde atua até hoje.
SERVIÇO
Projeto Travessias
Dias 11 e 19 de maio de 2016
Local: SESC Santo Amaro – Praça
Rua Amador Bueno, 505 – Santo Amaro – São Paulo/SP
Ingressos: Grátis
Informações: (11) 5541-4000
Dia 11 de maio, às 19h
Bate-papo – TRAVESSIAS AFRICANAS
Dia 11 de maio, às 21h
Intervenção – Dança Mandigue
Duração: 40 minutos
Dia 19 de maio, às 19h
Workshop – Aula de dança e Percussão Mandigue
Classificação: 12 anos.
Duração: 80 minutos