Os mestres da dança mineiros Marlene Silva e Henry Netto são homenageados pela Rede Sola de Dança com encontros online e convidados especiais
Crédito da foto: Divulgação
Artista Marlene Silva
Dois grandes nomes da dança de Belo Horizonte, Marlene Silva e Henry Netto, que nos deixaram no ano passado, ganham homenagem da Rede Sola de Dança nos próximos dias 17 e 18 de março, às 20 horas, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da RSD . Referências como formadores em suas modalidades – as danças afro-brasileiras e dança do ventre – , suas obras são tema da 2ª edição do Encontro Rede in Dança, que desta vez traz como temática a homenagem “Os Mestres Dançam – Edição Póstuma”, com a participação de convidados especiais. É uma oportunidade para homenagear, relembrar e divulgar o trabalho destes dois notáveis bailarinos. O projeto Rede in Dança 2 – “Os Mestres Dançam – Edição Póstuma” foi contemplado no Edital da Lei Aldir Blanc MG, 2020.
As lives
Marlene Silva é a homenageada do dia 17 de março e o encontro reúne o bboy, coreógrafo e bailarino profissional com reconhecimento Internacional Jonathan Artur Canito (neto de Marlene); o bailarino e coreógrafo Evandro Passos; e a diretora, professora e coreógrafa na empresa Cia Baoba Minas Junia Bertolino.
No dia seguinte, 18 de março, Henry Netto é o tema do encontro que vai reunir o bailarino e professor de dança Jonathan Lanna e a bailarina e integrante da extinta Cia Gothan de Dança, Jordana Fantini.
O objetivo destes dois encontros é prestar uma homenagem a esses artistas, que deixaram um legado importante para a dança mineira. “Vamos discutir metodologias de trabalho, como pensavam a coreografia e entender o que tinha de particular no trabalho de cada homenageado”, diz Priscila Patta, bailarina e gestora do projeto.
“Queremos honrar aqueles que vieram antes da gente, porque entendemos que a dança que nós fazemos hoje é uma herança. Essa ideia de uma dança original, autoral, para nós da Rede Sola de Dança, é relativa, porque a gente considera que cada gesto que o nosso corpo faz também traz consigo memórias e o DNA dos nossos mestres e professores”, acredita Patta. “É muito importante destacar a relevância deles. Marlene Silva e Henry Netto eram dois artistas que estavam atuantes ainda, pesquisando, criando”, diz.
Faça sua homenagem nas redes sociais
O Rede In Dança faz também um convite em suas redes sociais: todas as pessoas interessadas em prestar suas homenagens aos mestres Marlene Silva e Henry Netto podem enviar vídeos de até 01 (um) minuto para veiculação nas redes da Rede In Dança (@redeindanca).
Os interessados podem utilizar as linguagens da dança, da performance, do texto, imagens e sons que traduzam a sua mensagem.
A Rede Sola de Dança
A Rede Sola de Dança é uma plataforma produtora de ações para danças de formato solo. Em 2020, estreou seu festival anual, o Rede In Dança. São encontros entre fazedores da área para juntos mergulhar em temas pertinentes à dança.
Em 6 anos de (r)existência, foram realizados 13 projetos, incluindo parcerias com países da América Latina, contrataram mais de 300 profissionais de toda a cadeia produtiva das danças, contabilizando um público superior à 2 mil pessoas.
Atentos às precauções e recomendações dos órgãos responsáveis e acreditando na importância da adoção dessas medidas de prevenção e segurança contra o coronavírus, os realizadores da Rede Sola de Dança buscaram adaptar eventos presenciais para as plataformas online. Para isso, as ações têm compatibilidade com os formatos online no Instagram, mesas de conversa no YouTube, exibição de vídeo-danças, dentre outros.
Os homenageados
Marlene Silva foi bailarina, coreógrafa, pesquisadora das danças afro primitivas, indígenas e folclóricas brasileiras e precursora dessa arte em Minas Gerais. Ela nasceu em Belo Horizonte, mais precisamente no bairro Concórdia e, ainda na infância, se mudou com a mãe para o Rio de Janeiro, onde iniciou as aulas de balé clássico. Era a única pessoa negra da sala. Trabalhou a preparação corporal do elenco do filme Xica da Silva, de Cacá Diegues, protagonizado por Zezé Motta, em 1976.
O legado da Marlene na dança é o olhar para suas origens ancestrais, que convida o “corpo brasileiro” a se expressar a partir dessas origens, do elo entre passado, presente e futuro, e assim fazer o reconhecimento de um povo e sua identidade cultural.
Henry Neto foi bailarino, coreógrafo e pesquisador de Dança do Ventre e folclores árabes. Netto foi um dos principais nomes nacionais dessa arte e uma referência na abertura de mercado para a presença masculina na Dança do Ventre nacional de forma consistente e duradoura. A partir da aparição dele nas mídias no final da década de 90 e início dos anos 2000, todo o mercado de dança do ventre passou aos poucos a reconsiderar a atuação de homens em uma dança considerada feminina, e essa presença proporcionou modificações significativas na dança, como mudanças de estilo, apuração da técnica, inclusão de passos e etc.
Veja no YouTube
Os encontros ficarão disponíveis no YouTube da REDE SOLA DE DANÇA. Além disso, o material gráfico com postagens e textos poderão ser acompanhados no Instagram da Rede Sola (@redesoladedanca). A coordenação do projeto é de Priscila Patta, a curadoria é de Italo Augusto e a produção é de Herivelto Campos.
Serviço
Live projeto Os Mestres Dançam 2 – edição póstuma
Dias 17 e 18 de março de 2021
Quarta e quinta, às 20h
Local: Virtualmente – Canal do YouTube da Rede Sola de Dança
Informações: Facebook