Crédito da foto: Raoni Reis
Cena de IKU – Núcleo Ajeum
De 30 de novembro a 4 de dezembro, a Cooperativa Paulista de Dança (CPD) se une a parceiros para promover a Ocupação Artística CRD 2021, desta vez, com o tema Corpos Dissidentes. A Ocupação acontece de modo presencial, trazendo apresentações artísticas (de acordo com os protocolos sanitários vigentes), além de wokshops, mesas de discussão e debates sobre políticas públicas de acessibilidade para o setor da dança. Uso obrigatório de máscaras.
Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a Ocupação Artística CRD 2021 – Corpos Dissidentes é produzida, colaborativamente, pela Cooperativa Paulista de Dança (CPD) em parceria com os movimentos Fórum de Danças da Zona Sul e Sudoeste, Colegiado da Dança do Estado de São Paulo, Espaço Cultural Adebankê, Movimento Circular Danças Leste e artistas independentes. Com o intuito de retomar as artes da presença para todas as danças, após quase dois anos de isolamento, a Ocupação Artística leva ao Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo (CRDSP) o trabalho criativo de corpos e corpas que pensam a cidade em suas singularidades, procurando ampliar o acesso à Cultura de modo amplo e sustentável.
CORPOS DISSIDENTES – Quais corpas e corpos têm ocupado o tempo-espaço de representação das danças na cidade de São Paulo?
A Ocupação Artística CRD 2021 – Corpos dissidentes propõe como projeto de vida outros modos de pensar e produzir dança a partir de suas especificidades, diferenças e pluralidades. Corpas que se movimentam e dizem sobre suas existências, territórios e pertencimentos. Por uma corporalidade dissidente que provoca novos estados de atenção pelos caminhos pulsantes da tríade raça, classe e gênero. Que valoriza a ancestralidade, a acessibilidade e suas singularidades, as potências periféricas e os saberes afrodiaspóricos. Que produzam danças para todes, todas e todos contra o fascismo e que busque o bem viver dos artistas. A Ocupação Artística CRD 2021 convida a nos reinventarmos nas frestas das perspectivas dançadas. Prosseguir em novos passos como subversão das estéticas hegemônicas e opressoras impostas. Oferecemos as nossas subjetividades desobedientes: CORPAS DISSIDENTES.
Programação completa
Abertura Oficial: 30/11 (terça-feira), 18h
Convidado: Salloma Salomão
Salloma Salomão é compositor, educador, ator, dramaturgo autoformado e socialmente construído. Dialogando de forma tensa com as produções artística e cultura hegemônica, criou uma obra que se estende dos dias atuais ao início dos anos 1980. Sete CDs Gravados, três DVDs, textos publicados em revistas e livros impressos e meios digitais. Doutorado em História pela PUC-SP, com estágio na Universidade de Lisboa. Se projeta como intelectual/artista público e educador no ensino superior. Desenvolve projetos continuados de formação de educadores/as e artistas. Cria e difunde pesquisa e música para teatro, dança e cinema por Cidade Murada (2018) e atuação Projeto Teatral Fuzarka dos Descalços (Prêmio Cultura Inglesa 2019) do Coletivo dos Anjos. Participou dos documentários Dentro da minha pele, de Venturi Gomes, Negro em Mim, de Macca Ramos e Deixe que digam, sobre o cantor e compositor Jair Rodrigues, do cineasta Rubens Rewald, ECA -USP. A realização da trilha sonora autoral do Filme Todos Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, selecionado para o Festival de Cinema de Berlim e Premiado no Festival de Cinema de Gramado em 2020.
Dia 30/11
Terça-feira, 19h na Sala Cênica
Espetáculo Avoapé – Pretas Bàs
Sinopse
O espetáculo Avoapé conta os desafios da pandemia e a aridez da vida do trabalhador brasileiro. Através da dança híbrida e da poesia, Rodrigo Alcântara traz a história de tantas e tantas pessoas, que lutam nesse momento contra ainda mais adversidades e desamparo social. O espetáculo é a continuidade da pesquisa cênica do Projeto Diário de Um Certo Artista, iniciada em 2019. Para a criação da obra de 2021, o Coletivo Diário se aprofundou na cena Currículo, refletindo sobre os caminhos que se abrem e se fecham o tempo todo para quem não tem o exigido pelo sistema. Avoapé nasce e se potencializa a partir das colaborações artísticas periféricas, contando com trilha sonora de Clarianas e atuação dos bailarinos Terená Kanouté, Nayara Romana, Sofia Serafim e Rafael Oliveira.
Ficha Técnica
Direção Geral: Rodrigo Alcântara. Produção Executiva: Camila Silva. Produção Operacional: Ellen Vitalino. Direção de Arte: Rodrigo Alcântara e Camila Silva. Iluminação: Fernanda Guedella. Cenografia e Técnicas de Palco: Angeli Avlis. Trilha Sonora: Clarianas. Bailarinos: Rodrigo Alcântara, Terena Kanouté, Sofia Serafim, Nayara Romana e Rafael Oliveira. Poema “Sempre Nordestina”: Jô Freitas. Criação de Figurino: Rodrigo Alcântara. Confecção de Figurino: Nina Silva. Design Gráfico: Julia Sousa
Dia 1º/12
Quarta-feira, 10h30 às 12h – Obrigatório o uso de máscaras
Workshop: Encontro pelos corpos diversos – Clayton Brasil
Público alvo: professores (as), bailarinos (as), coreógrafos (as) a partir de 18 anos
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até o dia 29/11 – https://forms.gle/YBFj2xGsk1KDrjBE6
Sinopse: exploraremos nossos corpos pensando em movimentos limitados ao objeto proposto. Falar de dança é falar de educação, seja de educação do corpo, com um refinamento da sensibilidade expressiva, seja de educação somática, e também de uma consciência sensório-motora. No plano pedagógico, a prática de ensino da dança de María Fux, a Danzaterapia, utiliza a metáfora e o ritmo, com ênfase na criatividade da dança contemporânea inclusiva para conduzir o aluno ao movimento. Não deixando de passar pela técnica de Rudolf Laban, olhares geométricos nas formas da construção dos movimentos. A metodologia usada busca entender como a dança pode propiciar a inclusão de forma que todos aprendam e reaprendam e que haja um ato de mudança. Atividades: Orientação espacial e corporal quanto ao impacto do corpo no espaço, contato improvisação. Observação do vídeo Espetáculo Liberdade (2017) – pela Cia. De Rodas para o Ar. Olhar refinado para os detalhes dos movimentos. Criação de movimentos com objetos propostos.
Clayton Brasil: é professor formado pela UNIMESP em Educação Física (2007), Especialista em Dança pela FMU(2008), bailarino, coreógrafo, produtor cultural em acessibilidade, professor e pesquisador intérprete das danças contemporâneas, que possibilitam a participação de todos na promoção das artes. Arte educador na linguagem da construção do corpo. Fez curso com diferentes pesquisadores em dança: Prof. Ana Terra, Isabel, Isabel Marques, Fernando Bongiovanni, Katia Dias, Inês Bórgia, pesquisas bibliográficas em Laban e Klauss Vianna: corpo – arte – sociedade. Fundou a Cia. De Dança De Rodas para o Ar, que visa orientação e atuação de pessoas com deficiência na área artística, assegurando seus direitos na lei brasileira de Inclusão. Atua como pesquisador, produtor e professor de Dança na AACD Lar Escola, segue dirigindo a Cia. de Dança de Rodas para o ar, o Coletivo Mobilização Artística com mais de 50 artísticas com deficiência, faz parte do Fórum Forró do Estado de São Paulo, promove encontros e reflexões acerca da perspectiva artística e espetáculos de diferentes segmentos.
Quarta-feira, 16h – Dança na Fonte com música ao vivo
Espetáculo Só se for agora
Núcleo Improvisação em Contato e Macaco Fantasma
Sinopse – A relação entre o conhecido e o imprevisível. Corpos que se encontram e buscam a improvisação e o contato físico como meio de comunicação na impermanência do instante. Com ou sem acordos prévios, sabemos que nunca dançamos sozinhas. Revelar o invisível através da dança, expressa-se na relação entre corpo, espaço e a música. Como criar conexões entre passado, presente e futuro? Como utilizar o frescor da memória para criar em tempo real? É possível preencher as lacunas da consciência enquanto nos movemos.
Ficha técnica: Direção e concepção: Ricardo Neves. Integrantes do Núcleo: Dresler Aguilera, Mariana Taques, Ricardo Aparecido Silva e Ricardo Neves. Música ao vivo: Macaco Fantasma – Chris Cruz e Flávio Fernandes. Foto de divulgação: Ian Maenfeld.
Quarta-feira, 18h
Mesa de debate: Sesi, Sesc e Itaú
Dia 2/12
Quinta-feira, 10h30 às 12h30 – Obrigatório o uso de máscara
Workshop: Dança para todos os corpos – Marcos Abranches
Público alvo: pessoas interessadas, com ou sem conhecimento de dança, acima de 16 anos
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até dia 29/11 – https://forms.gle/U3dJTEP3Bm6sbTvD6
Sinopse: traz como proposta trabalhar práticas de consciência corporal, exploração do movimento, respiração e concentração, entre outras possibilidades da dança contemporânea, sempre considerando as experiências dos participantes. Objetiva trabalhar com a ideia de acessibilidade, buscando não excluir ninguém das experimentações. Possibilita assim o desenvolvimento da percepção do espaço e do corpo no espaço, a compreensão e experimentação criativa do movimento cotidiano.
Marcos Abranches foi construindo sua vida artística, desconstruindo a visão deturpada que a sociedade, inclusive os artistas, tem de uma pessoa portadora de coreoatetose, deficiência física rara decorrente de uma lesão cerebral – na realidade um estado patológico que se manifesta a partir de movimentos involuntários, intermitentes e irregulares da face e dos membros. Como intérprete-criador, Abranches utiliza da própria singularidade de corpo e movimento como referência de estudo para a construção de sua linguagem artística corporal.
Quinta-feira, 15h às 16h30 – Obrigatório o uso de máscara
Workshop: Danceability – Estela Lapponi
Público alvo: pessoas com e sem deficiência, LGBTQI+ com ou sem experiência em artes cênicas.
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até dia 29/11 – https://forms.gle/rjqZdWPSgLUNGcZM6
Sinopse: DanceAbility é um método de improvisação de dança criado por Alito Alessi, coreógrafo e bailarino norte-americano, fundador do Joint Forces Dance Company, no qual Estela Lapponi é certificada. O método tem como princípio considerar as particularidades físicas de cada corpo com o intuito de promover a descoberta de uma dança própria com autonomia. Os participantes experimentarão o observar em ação, onde o corpo do outro é estímulo para a criação e para descobertas de diferentes qualidades corporais, movimentos e sensações. Confirmando a ideia de que o conhecimento se faz no coletivo, é a troca e a empatia que nos permite criar. Trabalhando a comunicação verbal e física se pode mudar estigmas sobre as potencialidades físicas e criativas explorando diferentes capacidades. Os participantes terão a oportunidade de aprender ou aprofundar os seguintes princípios da “Escuta”: Sensação: atenção à sensação do movimento de cada um e do outro; Relação: consigo mesmo, com quem está dançando dupla, trio, quarteto e grupo; Tempo: a sensação do tempo interno e externo do corpo de cada um; todos temos diferentes sensações do tempo; e Composição: o desenho, composição no espaço e coreografia.
Estela Lapponi é performer e videoartista paulistana. Tem como objetivo de investigação artística o discurso do corpo com deficiência, a prática performativa e relacional (público) e o trânsito entre as linguagens visuais e cênicas. Desde 2009 realiza práticas investigativas em diversas linguagens sobre o conceito que criou – Corpo Intruso e seu contêiner Zuleika Brit. Em 2018 dirigiu e produziu seu primeiro curta-metragem – profanAÇÃO – contemplado pelo edital de produção de curtas da SPCine, em que dá início à pesquisa de inserção do recurso de acessibilidade como parte da poética da obra.
Quinta-feira, 17h às 18h
2 – Programação de vídeos
(curadoria Marcos Moraes e Estela Lapponi)
I – Coração Transforma Bomba (4:30)
Poesia e Vídeo de Edinho Santos
Tradução: Erika Mota
Edinho Santos é surdo e atua como pedagogo, ativista, bartender, produtor, ator e poeta. Como produtor, organizou os eventos: Vibração, O Bloco Vibramão, Sencity – Museu Arte Moderna (MAM-SP) e Setembro Azul, no Itaú Cultural. Como educador, compôs a equipe do MAM/SP, do Museu do Futebol e do Museu Afro Brasil. Faz parte da organização Slam de Surdes.
II – O Grito (11:24)
Direção: Gal Oppido – Com Marcos Abranches e Alessandra Grimaldi. Baseado no espetáculo O Grito, de Marcos Abranches.
III – SELFISHcâmera (5:15)
Videodança realizada por Estela Lapponi (videomaker e performance), trilha e guitarra: Lirinha Morini. Realização: Casa de Zuleika
Sinopse: uma dançarina que é ao mesmo tempo a videomaker em noites de sábado de 40tena. Pélvis, pés, cabeça, perspectivas desconcertantes e movimentos mareantes acompanhados de uma guitarra intermitente. Quais são as nossas perspectivas agora?
IV – Seliberation #2 (5:51)
Videoperformance, Concepção e Performance: Estela Lapponi
Direção do projeto e direção de arte: Liara Pinheiro
Produção: Estúdio Dracena – Projeto Manas da Ai¥è Parceiro Casa de Zuleika
Sinopse: (se libertar + celeberation = versão indiana do inglês, celebration). Encaro o cânone das proporções. Me canso do cânone das proporções. Insisto no cânone das proporções. Me canso do cânone das proporções. Risco o cânone das proporções. Antropofagio o cânone das proporções. I seliberate you. You seliberate me. We seliberate us!!
V – Só se fechar os olhos (31:00)
Vídeo espetáculo, criação conjunta: Edgar Jacques, Enrique Menezes, Maria Fernanda Carmo e Mariana Farsetta. Criação e direção: Edgar Jacques. Composição e Viola Caipira: Enrique Menezes. Violoncelo: Rafael Ramalhoso. Produção: Coletivo Desvio Padrão.
Sinopse: num tabuleiro, duas rainhas – opostas mas complementares – descobrem movimentos possíveis para além da norma. Se o espectador fechar os olhos e abrir os ouvidos, ele as vê. E elas dançam. Com concepção e performance de Maria Fernanda Carmo e Mariana Farcetta, Só se fechar os olhos é uma experiência sinestésica que resulta da colaboração entre a mente do espectador e o fluxo incontrolável de uma coreografia. O texto que descreve essa dança inusitada, escrito por Edgar Jacques – ator e dramaturgo cego desde a infância – é narrado sobre trilha sonora original executada por Enrique Menezes (composição e viola caipira) e Rafael Ramalhoso (violoncelo).
Edgar Jacques é ator formado pelo Teatro Escola Macunaíma, também realizou cursos na Escola de Atores Wolf Maya (interpretação para televisão), canto popular com a Professora Tuca Fernandes, dança e dramaturgia em cursos livres. Escreveu as peças Colibri o Ator Cego (Prêmio da Secretaria dos Direitos da Pessoa Com Deficiência do Estado de São Paulo). Um Homem Comum, transformada em livro em 2019 e o espetáculo de dança sonora Só Se Fechar os Olhos. Integra o elenco do projeto Teatro Cego, e participou da montagem de O Rouxinol e a Rosa, espetáculo infantil que trata a acessibilidade como conceito estético. Em 2020, realizou o espetáculo virtual De Que Cor É a Chuva, que também preconiza o acesso de pessoas cegas e surdas na raiz criativa da montagem. Desde 2016, é consultor em audiodescrição e já realizou trabalhos em cerca de 650 projetos. Entre eles: exposições, óperas, musicais, peças de teatro, fotografias, programas de televisão, animações, séries e filmes.
Quinta-feira, 18h às 20h
3 – Roda de Políticas Públicas e Acessibilidade Ampla na Dança
Para pensarmos em políticas transversais, focando acessibilidade em diversos sentidos: a questão dos artistas PcD, a questão das zonas periféricas da cidade, a acessibilidade aos processos de inscrição e seleção nos editais públicos, as verbas destinadas aos programas, a busca por novas linhas, políticas e programas de acesso ao recurso público, entre outros temas.
Participantes:
Artistas DEF: Marcos Abranches, Edinho Santos, Edgar Jacques e Estela Lapponi; Presidenta da CPD – Cléia Plácido (ou representante); Secretária de Cultura Aline Torres (ou representante); Secretária da Pessoa com Deficiência Silvia Grecco (ou representante). Em formato de roda, com participação de todes interessades. Mediação: Estela Lapponi.
Dia 3/12
Sexta-feira, 10h30 às 12h – Obrigatório o uso de máscara
Workshop: A eutonia como arte e presença – a dança e o autocuidado pela prática corporal da eutonia – Claudia Palma
Público alvo: acima de 16 anos e todes que se interessam pelo movimento.
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até dia 29/11 – https://forms.gle/YG3j2CGwcr2qkxbSA
Sinopse: o desejo é oferecer uma oficina de dança através da prática da Eutonia a bailarinos, artistas e todos que se interessem pelo movimento do corpo. Convido os participantes a entrarem em contato com o corpo de uma forma sutil e profunda, que revigora, organiza, equilibra, cuida e instiga ao movimento através de um estado de presença corporal. Colabora não só no dia a dia do artista, como em cuidados com seu corpo e em sua pesquisa de linguagem corporal. A Eutonia como arte e presença.
Claudia Palma: é graduada em Educação Física (FEFISA) e tem formação em EUTONIA pelo instituto Brasileiro de Eutonia (IBE). Professora do curso de Pós Graduação em Dança e Consciência Corporal da Universidade Estácio de Sá (São Paulo e outros Estados), na FMU e na USCS em Dança Contemporânea. Diretora artística, professora, intérprete e coreógrafa da iN SAiO Cia. de Arte, companhia de dança independente da cidade de São Paulo. No cenário da dança Paulistana, atuou com grandes companhias como: Balé da Cidade de São Paulo – Cia.1 e Cia. 2 até (2009), República da Dança, Cisne Negro, Cia. de Dança e Grupo Casa Forte. Ministra Workshop e oficinas de Dança Contemporânea e Improvisação em vários centros importantes na grande São Paulo e em outros estados. Como Coreógrafa, vem realizando vários trabalhos, dentre os quais, alguns fazem parte do repertório do Balé da Cidade de São Paulo. É reconhecida pela crítica especializada no Brasil e no Exterior. Prêmios: APCA de Melhor Bailarina 1989, Estímulo Mambembe de Melhor Intérprete 1994. Foi Vice Presidente da Cooperativa Paulista de Dança de 2018 a 2021.
Sexta-feira, 15h – Telão na Fonte, com roda de conversa no final –
Exibição de vídeo do espetáculo Folayan – andar com dignidade: negro sim, negro sou! – Coletivo de Sonhos
Sinopse: O espetáculo Folayan – Andar com Dignidade: Negro Sim, Negro Sou! foi construído a partir de olhares subjetivos de dança contemporânea e afrobrasileira, depoimentos pessoais, poemas e uma percussão contagiante. Folayan nos remete a um diálogo ancestral que se transforma num grito de liberdade, que sutilmente nos embala ao propor reflexões do tipo: “…se não der pra ser amor, que seja pelo menos respeito!!!
Ficha Técnica:
Direção Artística: João Pirahy. Ensaiador e Assistência de Direção: Fernando Ventturini. Produção Executiva: Will Lima. Figurinista: Cellia Rodrigues. Gestão Mídias Sociais: Mylena Cardoso. Elenco: Cellia Rodrigues, Fernando Ventturini, Mylena Cardoso, Paulo Galdino, Tatiana Silva e Will Lima. Videomaker e Fotografia: Felipe Lwe. Designer: Gustavo Bianchi. Apoio: Atelier Cellia Rodrigues, Pura Produções Plurais, Casa de Cultura Chico Science, Casa de Cultura da Vila Guilherme (Casarão).
Sexta-feira, 16h – Dança na Fonte
Espetáculo O Que Eu Costumo Engolir? – Zona Agbara
O corpo sempre foi um espaço de disputa e, ao longo da história, ele foi modelado e remodelado a partir de uma série de discursos normatizantes e disciplinadores. Tomando o homem branco ocidental como símbolo máximo e universal da humanidade e civilização, cientistas europeus dissecaram, mediram, patologizaram e classificaram os corpos considerados desviantes do padrão masculino e eurocêntrico. Esse discurso científico justificou uma série de práticas políticas racistas e sexistas, institucionais ou não que permanecem até os dias de hoje. O QUE EU COSTUMO ENGOLIR? é uma provocação cênica que retrata cotidiano da mulher preta e gorda e na sua tentativa constante de afirmação. É uma performance onde o público é convidado a participar diretamente e responder este questionamento que leva o título através de um contato direto com as intérpretes. Com as interações, serão ativados fragmentos coreográficos que criam um estado de presença e de regurgitar as condições para qual esses corpos são designados.
Ficha Técnica:
Direção Artística e Concepção: Gal Martins. Direção Coreográfica: Rosângela Alves. Elenco: Letícia Munhoz, Iolanda Costa, Rosângela Alves, Thaís Dias, Suzana Araujo e Gal Martins. Musicista: Fefê Camilo. Figurino: Gal Martins. Direção de Produção: Dani Lova.
Sexta-feira, 18h – Dança na Sala Cênica
Espetáculo Iku – Núcleo Ajeum
Sinopse: ma comunidade é construída por centenas de acordos entre si. Acordos que operam na manutenção da vida, da pulsão existencial, dos prazeres e das partilhas que possam gerar sentido. O toque de Iku é um portal ambíguo que despeja desconfortos. Os ciclos nascimento, vida e passagem são a integração do vir a ser. Como um organismo vivo que revitaliza e se transforma a cada movimento e é nesse movimento que descobre suas subjetividades. Iku é a energia surpresa que cria rupturas na circulação do axé puxando outras camadas de renovação. É um gozo que descarrega os excessos. É a possibilidade de ancestralizar. A fuga da morte é o que temos em comum, mas Iku nos alcançará de uma forma ou de outra. O beijo de Iku é temido e a força desse temor é o que faz nossos corpos buscarem a revitalização das experiências comunitárias.
Ficha técnica
Direção, concepção e coreografia: Djalma Moura. Intérpretes-criadores: Aysha Nascimento, Djalma Moura, Erico Santos, Marina Souza, Sabrina Dias e Victor Almeida. Artistas residentes/estagiários: Eri Sá e Juliana Nascimento Orientação de pesquisa: Bruno Garcia Onifadé. Direção musical: Dani Nega. Colaboração sonora: Pedro Bienemann. Figurino: Eder Lopes e Núcleo Ajeum. Máscaras: Daniel Normal, Erico Santos e Murilo de Paula. Projeto e operação de luz: Juliana Jesus. Práticas de corpo: Bruno de Jesus, Djalma Moura, Lenny de Sousa, Letícia Tadros e Verônica Santos. Arte gráfica: Bruno Marciteli. Produção geral: Dafne Nascimento. Celebração e saudade: Carol Zanola, Dona Carmelita Maria Dias, Dona Jandira, Dona Margarida, José do Nascimento, Maria Paulina Ferro, Núbia Sá Lima e Rosa Maria de Jesus.
Sexta-feira, 19h – na Fonte
Programa Cena – Entrevistas com Coletivos da Zona Sul
Sinopse: o Cena nasce no ano de 2020, com o objetivo de compartilhar experiências, vivências e aproximação da classe da dança brasileira, fortalecendo um dos pilares de estudos promovido pelo grupo Corpo Molde, que é o pilar da História & Memória. O projeto apresentado pelo diretor e coreógrafo, Renan Marangoni, busca promover a aproximação de artistas que compõem a cena da dança brasileira em um jogo de entrevistas interativas em formato de “talk show”. Com o papel de difundir a linguagem da dança e promovendo o reconhecimento das transversalidades presentes na concepção da dança cênica brasileira, o projeto visa valorização do contexto histórico e a memória da dança brasileira, temos enquanto objetivo colocar pontos essenciais do setor em pauta, como: concepção artística, metodologia de pesquisa cênica, trajetória, problematizações vivenciadas dentro do setor cultura e da linguagem da dança, aproximação com a cultura tradicional/clássica brasileira, percepção e análise crítica da produção artística, acessibilidade, investimento no setor cultural, pluralidade de linguagens de produção, formação acadêmica e técnica, carreira nacional e internacional, dentre tantos eixos temáticos já abordados em 35 programas e que já impactou cerca de 3.859 espectadores via as redes sociais do grupo Corpo Molde.
Ficha técnica
Apresentação: Renan Marangoni. Organização do Programa: Grupo Corpo Molde. Companhias Convidadas: Cia. 7 de Dança, Cia. Diversidança, Cia. Sansacroma, Novo Corpo, Cia. de Dança e Pepalantus.
Dia 4/12
Sábado, 10h às 11h30 – Obrigatório o uso de máscara
Workshop: Jazzdance – Jhean Allex
Público alvo: pessoas com experiência em dança.
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até o dia 29/11 https://forms.gle/KkxMrzFrsjPz5tvM6
Sábado, 12h às 13h30 – Obrigatório o uso de máscara
Workshop: Danças Urbanas – Estilos Locking e Popping– Frank Ejara
Público alvo: Pessoas interessadas, com ou sem conhecimento de dança
Seleção: os 15 primeiros inscritos, com lista de espera.
Inscrição: até o dia 29/11 https://forms.gle/a1d6Lz7P41BYNh947
Sábado, 13h30
Mostra em vídeo: Adverso Coletivo (São José do Rio Preto) Laboratório da Dança (Santa Bárbara d’Oeste) Núcleo Tentáculo (SP)
Sábado, 14h
Mesa de Debate: Coletivos de Dança
Sábado, 16h
Dança na Fonte – Colegiado de Dança do Estado de São Paulo
Sopro Cia. de Dança (SP), Grupo Divinadança (SP), Raça Cia. de Dança (SP), Cia. Experimental de Dança Conceito Urbano (SP)
Sábado, 17h15 – Intervenção Corredor
Anderson Couto Cia. de Dança (SP) – Colegiado de Dança do Estado de São Paulo
Sábado, 17h30 – Dança na Sala Cênica
Anderson Couto Cia. de Dança (SP), Anacã Cia. de Dança (SP), Cia. Kahal (Jundiaí), Grupo Divinadança (SP), Raça Cia. de Dança (SP)
Sábado, 19h – Encerramento
JAM – Frank Ejara/Ricardo Neves (Collab)
Serviço
Ocupação Artística CRD 2021 – CORPOS DISSIDENTES
De 30 de novembro a 4 de dezembro de 2021
Local: Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo (CRDSP) – Baixos do Viaduto do Chá, s/n. Praça Ramos de Azevedo, Anhangabaú – SP.
(Metrôs Anhangabaú, República e São Bento)
Ingresso / Investimento: Grátis
Escrita Colaborativa: Will Lima, Dresler Aguilera, Evinha Sampaio, Zé Maria Carvalho, Ellen Vitalino, Rodrigo Alcântara e Marcos Moraes