Desde 2012 a Com[som]antes Cia de Arte vem desenvolvendo um trabalho onde ocorrem trocas sensíveis de experiências pessoais, tendo como intuito discutir, experimentar, elaborar e compartilhar pesquisas em dança e arte contemporânea. Surge a vontade de fazer um compartilhamento dessas pesquisas que resultaram em um novo processo que traz uma abordagem sobre a visão e como as imagens que os olhos criam influenciam as relações sociais.
Visto como uma continuidade e desdobramento do trabalho anterior “CiSZa – O Último Silêncio é a Morte”, em que audição é o sentido humano escolhido para conceber as múltiplas camadas do silêncio (e som) – colocando em jogo o diálogo, a ausência, os barulhos e propõe um cruzamento de dois veículos de comunicação por meio de falas mudas, as LIBRAS e a dança –, dessa vez, o sentido humano escolhido como foco é a visão.
O olho tem se desenvolvido no decorrer de milhares de anos. É uma estrutura que foi projetada na água, ainda em pequenos seres bacterianos e, em certo momento da evolução, ganhou a superfície por meio dos répteis, voltando a se adaptar. Hoje os olhos continuam em constate modificação, não há perfeição visual, ainda estão embaçados, desfocados ou até mesmo cegos.
Livremente inspirados nas obras literárias de José Saramago e José J. Veiga, com o livro “Ensaio sobre a cegueira” e o conto “Teoria da Relativa Grandeza”, em que foram referências importantes nas quais os integrantes da companhia mergulharam e emergiram nas possibilidades poéticas e politicas que configuraram o mote de pesquisa: o olho e as imagens que ele cria, transforma, provoca, engana, ilude e cega. As metáforas encontradas no estudo de um intenso processo teórico-sensório são transformadas em matéria corpórea, por meio de laboratórios coreográficos.
“O cego afirmara categoricamente que via, ressalve-se também o verbo, uma cor branca uniforme, densa, como se se encontrasse mergulhado de olhos abertos num mar de leite.” – José Saramago
SINOPSE
Um compartilhamento das pesquisas que resultaram em um novo processo que traz abordagens sensíveis sobre a visão e como as imagens que os olhos criam influencia nas relações sociais.
O olho tem se desenvolvido no decorrer de milhares de anos. É uma estrutura que foi projetada na água, ainda em pequenos seres bacterianos e, em certo momento da evolução, ganhou a superfície por meio dos répteis, voltando a se adaptar. Hoje os olhos continuam em constate modificação, não há perfeição visual, ainda estão embaçados, desfocados ou até mesmo cegos.
“O cego afirmara categoricamente que via, ressalve-se também o verbo, uma cor branca uniforme, densa, como se se encontrasse mergulhado de olhos abertos num mar de leite.” – José Saramago.
Livremente inspirados nas obras literárias de José Saramago e José J. Veiga, com o livro “Ensaio sobre a cegueira” e o conto “Teoria da Relativa Grandeza”, em que foram referências importantes nas quais os integrantes da companhia mergulharam e emergiram nas possibilidades poéticas e politicas que configuraram o mote de pesquisa: o olho e as imagens que ele cria, transforma, provoca, engana, ilude e cega.
FICHA TÉCNICA
Direção: Harrison Rodrigues
Intérpretes-criadores: Camila Pan, Cleber Vieira, Frank Vinicius, Giovana Santos, Harrison Rodrigues, Jeniffer Mendes, Lucas Lopes, Thais dos Reis e Wellington Al.
Iluminação: Fernando Ramos.
Sonoplastia: Thainá Souza.
Orientação/Provocação Teatral: Michael Souza.
SERVIÇO
MAR DE LEITE ou PONTO CEGO
Com[som]antes Cia de Arte
Dia 12 de novembro de 2015
Quinta, às 20h
Local: Fábrica de Criatividade do Capão Redondo
Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 248 – Capão Redondo – São Paulo/SP – CEP: 05855-300
Ingressos: Grátis
Informações: (11) 96543-3427
Duração: aproximada 40 minutos
Classificação: Livre