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Mimulus Cia de Dança apresenta Do Lado Esquerdo de Quem Sobe, na Temporada de Dança do Teatro Alfa

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Foto: Guto Muniz

O público que for ao Teatro Alfa nos dias 22 e 23 de outubro, sábado (20h) e domingo (18h), vai receber saquinhos de papel cheios de areia e grãos (para funcionar como chocalho) na entrada, antes do começo do espetáculo Do Lado Esquerdo de Quem Sobe, da Mimulus Cia de Dança – último grupo brasileiro a se apresentar na Temporada de Dança 2016. A ideia é estimular a participação da plateia no “acompanhamento percussivo”, em determinado momento da noite.

O espetáculo recorta o período pós-escravocrata no Brasil – início do século XX – quando os negros buscavam formas de se integrar à sociedade urbana e branca. Nesta abordagem a Cia propõe olhar contemporâneo para este tempo e para as danças brasileiras surgidas ali, dando espaço também para ressaltar a relação afetiva da Mimulus com a Rua Ituiutaba, de Belo Horizonte, onde se localiza seu galpão de ensaios.

Na trilha sonora, ritmos latinos e populares recontam momento de surgimento de danças e músicas populares do Brasil, “mas não para turista ver”, como frisa o coreógrafo e bailarino Jomar Mesquita, diretor da Mimulus Cia de Dança. As coreografias foram criadas pelo coreógrafo em parceria com os próprios integrantes da Mimulus. O espetáculo faz dez anos em 2016 e ainda há três bailarinos que participaram também da montagem de estreia. Do Lado Esquerdo de Quem Sobe foi vencedor do Prêmio Usiminas/Sinparc 2007 nas categorias Melhor Bailarino, Melhor Cenário, Melhor Figurino e Maior Público de Dança.

O título do trabalho está associado à relação dos bailarinos com o galpão de ensaios do grupo, que fica ao lado esquerdo de quem sobe a rua Ituiutaba, no bairro Prado. “A Mimulus identifica olhares, se orienta e se localiza do lado esquerdo de quem sobe a rua, de quem sobe o morro, de quem sobe a história, de quem sobe o corpo”, conta Jomar.

Entre outras imagens, o trabalho faz referência aos sons que vinham das ruas trilhadas pelos negros após a abolição da escravatura, quando eles andavam em liberdade pela primeira vez calçando sapatos que não serviam nos seus pés ou pendurando-os nos ombros como símbolo da realização do primeiro sonhos de consumo e libertação.

Por essa perspectiva, o trabalho também aborda o surgimento de danças brasileiras e ritmos populares, como o samba, o choro e a MPB. O público, em interação com o espetáculo, participa tocando samba com saquinhos de papel recebidos antes do início do espetáculo. “É uma referência à concepção desse gênero musical que começou nas ruas, entre o povo”. Na trilha sonora, músicas de Noel Rosa, Danilo Caymmi, Heitor Villa Lobos, Ernesto Nazareth e Yamandú Costa, que executa a maior parte da trilha do espetáculo, entre outras.

A Temporada de Dança Alfa 2016 já trouxe neste ano a estreia de VeRo, da Cia de Dança Deborah Colker; Zorba, o Grego, do Ballet de Santiago; Meguri, da cia japonesa Sankai Juku , e os balés Dança Sinfônica e Lecuona, do Grupo Corpo.

SINOPSE

Do Lado Esquerdo de Quem Sobe recria poeticamente o olhar dos integrantes da companhia sobre o galpão em que trabalham na cidade de Belo Horizonte. De lá eles acompanham o pulsar da cidade, no seu estica, encolhe e na ocupação desordenada dos espaços urbanos. A companhia traduz esses movimentos com sua dança, construindo e desconstruindo os próprios movimentos.

SOBRE O COREÓGRAFO JOMAR MESQUITA

Professor, coreógrafo e bailarino, é diretor da Mimulus Escola de Dança desde 1990 e da Associação Cultural Mimulus desde 2000, onde desenvolveu uma linguagem própria e inovadora com as danças a dois.

Seus espetáculos junto à Mimulus Cia. de Dança, de Belo Horizonte, já receberam inúmeras premiações e reconhecimento por parte da crítica especializada, sendo apresentados em teatros e festivais ao redor de todo o mundo.

No Brasil, já se apresentou em mais de 80 cidades, passando por todos os estados. No exterior, foram inúmeras turnês em países como: EUA, Canadá, França, Holanda, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Finlândia, Portugal, Itália, Argentina, Venezuela, Chile.

Ao mesmo tempo, contribui para uma melhor formação dos profissionais da área como professor de curso de pós-graduação, como diretor da Semana da Dança Mimulus e do Curso de Qualificação em Criação, Ensino e Produção, iniciativas pioneiras em oferecer uma formação e uma visão mais ampla e abrangente da dança na área artística e da educação.

Fora da Mimulus, já coreografou para companhias como: São Paulo Companhia de Dança, Balé Teatro Castro Alves, Bolshoi do Brasil, G2 do Teatro Guaíra, Sociedade Masculina, Companhia de Dança de Minas Gerais, Grupo Galpão, entre outras.

FICHA TÉCNICA

Direção: Jomar Mesquita.
Coreografia: Integrantes da companhia no ano de 2006.
Bailarinos: Andréa Pinheiro, Jomar Mesquita, Juliana Macedo, Lorena Tofani, Murilo Borges, Rodrigo de Castro, Rodrigo Schifini e Sofia Gonzalez.
Cenário: Ed Andrade.
Assessoria Cênica: Júlio Maciel.
Cenotécnico: Joaquim Pereira.
Iluminação: Leonardo Pavanello.
Técnico: Júnior da Mata.
Fotografia: Guto Muniz.
Assessoria Artística: Tíndaro Silvano.
Figurino: Ronaldo Fraga e Baby Mesquita.
Assistente de Figurino: Juliana Macedo.
Costureiras: Vânia Lúcia Correia da Silva, Nilza Vilela.
Sapatos: Paulo Moraes.
Apoio geral e irrestrito: João Baptista Mesquita.
Produção: Amora Produções Artísticas – Fábio Ramos.
Coordenação Geral: Baby Mesquita.

SOBRE O TEATRO ALFA

Projetado e construído de acordo com as mais modernas referências internacionais em casa de espetáculos, o Teatro Alfa foi idealizado para múltiplo uso e equipado com o que há de mais moderno em mecânica cênica, iluminação e sonorização, respeitando os mais rigorosos padrões técnicos internacionais. Inaugurado em abril de 1998, é hoje uma realidade que revoluciona o universo das artes, não só em São Paulo, mas em todo Brasil. Com duas salas, os espaços são versáteis e acomodam todo tipo de espetáculo. O Teatro Alfa acolhe com total adequação espetáculos de dança, óperas, orquestras, música popular, teatro e musicais, além de dispor de ótima infraestrutura para realização de congressos e seminários. Segundo a avaliação de artistas produtores, companhias e do público, o Teatro Alfa supera as expectativas por ser conduzido por uma equipe de alto gabarito, sendo considerado um dos melhores teatros do mundo. Este projeto conta com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura.

Na Sala A, com capacidade para 1118 lugares, a plateia foi projetada para envolver o palco, permitindo sua melhor exploração. De qualquer uma de suas poltronas, dispostas em ângulos calculados por computador, o público tem total conforto e uma visão privilegiada dos espetáculos. O fosso da orquestra tem desenho de forro que facilita a propagação de som para palco e plateia e tem, ainda, painéis reversíveis (absorventes/refletores), que podem ser ajustados de acordo com o espetáculo, a quantidade de músicos e o clima acústico desejados pelo maestro e orquestra. Com área de 70 m2, comporta cerca de 70 músicos, conforme a formação instrumental do espetáculo.

A Sala B, com capacidade para 204 lugares, abriga teatro adulto, infantil e música. Inaugurada por Raul Cortez, por lá já passaram nomes como Marco Nanini, Yamandú Costa, Helena Meirelles (último espetáculo de sua carreira), Nuno Mindelis, Ricardo Herz, Carolina Ferraz, Walderez de Barros, Selton Melo e Angela Dip, entre outros.

SERVIÇO

Do Lado Esquerdo de Quem Sobe
Mimulus Cia de Dança
Dias 22 e 23 de outubro de 2016
Sábado, às 20h e Domingo, às 18h
Local: Teatro Alfa
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro – São Paulo/SP
Ingresso: de R$ 50,00 a R$ 80,00
Vendas on-line: Ingresso Rápido
Informações: (11) 5693-4000 | 0300 789-3377

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