DestaqueEspetáculos

Meninos Também Amam chega a sua sexta edição com ingressos gratuitos

A Inacabada Cia coletivo de produções artísticas surgido em 2013 do encontro de aprendizes egressos da SP Escola de Teatro e da Escola de Comunicação e Artes (ECA USP). Produziu dois espetáculos: Histórias Curtas Sobre Amores Inacabados (2013) e Meninos Também Amam (2013) que em 2015, na sua segunda edição é votada pelo público no site Guia Gay São Paulo como melhor espetáculo LGBT do ano. Em 2016 A Inacabada Cia a partir do espetáculo Meninos Também Amam produz o projeto literário-fotográfico HomOrgias Poéticas, que tornou-se espetáculo em 2017. A investigação da Cia consiste na experimentação da integração entre diferentes linguagens artísticas, suas produções são frutos do cruzamento entre teatro, dança, performance, literatura, poesia, fotografia e audiovisual.

O espetáculo nasce em 2013, a partir do poema de mesmo nome, como tentativa de responder ao seu contexto histórico, diante dos muitos ataques homofóbicos ocorridos no centro e nas periferias da cidade de São Paulo somados aos altos índices de intolerância e violência sofrida pelos homossexuais por todo o Brasil. Também tenta responder às provocações geradas sobre a “cura gay”, que mobilizou uma diversidade de opiniões nas redes sociais. Alia-se a este contexto as manifestações de junho deste mesmo ano, que organizadas através das redes sociais tomaram as ruas principais do país e trouxeram à tona relevantes questões e discussões sociais e políticas.

Em formato de poema manifesto cênico, Meninos Também Amam coloca em cena jovens artistas homossexuais que sofrem homofobia. Poetiza cenicamente seus discursos e dores, tecendo uma dramaturgia sensível na relação entre os atores/performers e o público. O espetáculo prima pela não representação da homossexualidade, traz à cena o próprio homossexual despido de ficções e discursos impessoais, é sobre sua biografia que este sujeito artístico e histórico atua e performa, é um espetáculo sobre a homoafetividade e suas representatividades no desejo de explicitar a diversidade acerca deste tema.

De 2013 a 2017 foram produzidas quatro edições do espetáculo. Em cada uma delas o espetáculo renovou sua temática e escolhas estéticas, mobilizando em suas apresentações a presença de mais de dois mil espectadores em importantes salas de espetáculo da cidade de São Paulo e do interior do Estado. Meninos Também Amam vem se fortalecendo e dando continuidade à sua expressão artística e social, mobilizando sobretudo o público adolescente e jovem que sente-se representado pelo discurso poético da performance.

Sinopse

Meninos também Amam – um poema manifesto cênico e uma performance visual e cênica, que pela dança, teatro, poesia e fotografia, traz para a cena a homoafetividade na sua relação com a homofobia. É um espetáculo sobre o amor homoafetivo, busca celebrar e legitimar este amor através de um manifesto de resistência ao ódio e intolerância que o violentam e cercam.

O espetáculo também é uma resposta pela arte ao contexto de violência lgbtfóbica que coloca o Brasil como o país que mais assassina LGBT+s no mundo, pela poesia os nomes e memórias de muitas das vítimas assassinadas são trazidos para a cena na tentativa de não deixar esta triste realidade cair na invisibilidade e descaso da sociedade. Nos convida a celebrar o amor, a liberdade, o respeito e a não censura aos nossos corpos e manifestos.

Ficha Técnica

Criação e Produção: A Inacabada Cia.
Encenação e Direção Artística: Rafael Guerche
Performers: Rafael Guerche, Victor Massaki, Roger Silper, Ricardo Yuri, Wesley Matos, João Vítor Mulato, Lucas Mota e Leo Sool
Iluminação: Guilherme Soares
Artista Colaborador e Assistente de Direção: Jonas Mendes

Crédito da foto: Divulgação

Serviço

Meninos Também Amam
A Inacabada Cia
De 08 a 10 de fevereiro de 2019
Sexta e sábado, 20h, domingo, 19h
Local: Centro Cultural Olido
Av. São João, 472 – Centro, São Paulo – SP
Ingresso: Gratuito
(Distribuição dos ingressos à partir das 14h do dia do espetáculo)
Classificação: 18 anos

Deixe um comentário