Crédito da foto: Divulgação
Filmado por Bruna Lessa e Cacá Bernardes, da Bruta Flôr Filmes, o solo traz Marta Soares entre a leitura de um texto sobre as possíveis origens da “Dança Macabra”, intercalado por projeções de representações pictóricas, e a execução de fragmentos de danças expressionistas dos coreógrafos alemães Mary Wigman, Kurt Joss e Sigurd Leeder, que exploram o tema.
Tendo ganhado força no impacto causado pela Peste Negra (1348), que marcou a fragilidade e efemeridade da vida, assim como a insignificância das glórias e materialidade da existência terrena, a Dança Macabra foi fruto da tradição do Memento Mori (tradição latina do “lembrar-se da mortalidade frente à fugacidade da vida”, recuperada mais tarde pelo cristianismo medieval), e propunha a reflexão da morte como certeza invariável e uniformizada de todos os entes.
O tema consiste na representação personificada da morte, que conduz, em fila, indivíduos de todos os estratos sociais, dançando em direção aos próprios túmulos. “Reproduzidas na literatura, na música, na pintura, escultura e gravura, as danças macabras expressam a ideia de universalidade da morte trazendo, tradicionalmente, a figura de um imperador, um rei, um monge, um papa, um jovem e uma bela mulher em formas esqueletais, simbolizando a igualdade que a morte impõe a todos”, acrescenta Marta Soares.
Para a sua “Dança Macabra“, Marta Soares conta com Aline Santini no desenho de luz, montagem e operação de luz a cargo de Vinicius Andrade e Deborah Spearl, figurino assinado por Ozenir Ancelmo e máscara de Ana Teixeira. Respondem pela produção Zé Renato Almeida e Beto de Faria, da Cais Produção Cultural.
O trabalho foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, através do Edital Proac Lab, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
Sobre Marta Soares
Dançarina e coreógrafa, Marta Soares completou o One Year Course, no Laban Centre for Movement and Dance, em Londres, o bacharelado em Artes na State University of New York (SUNY) e recebeu o Certificado em Análise de Movimento Laban (CMA) no Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies (LIMS). Estudou e trabalhou com a diretora e dramaturga Lee Nagrin (fundadora do grupo “The House”, dirigido por Meredith Monk) e nas escolas Movement Research, Susan Klein e Alwin Nickolais. Com Bolsa da Fundação Japão, estudou dança butô com Kazuo Ohno, em Tóquio.
No Brasil, criou o solo “Les Poupées”, com o apoio da Bolsa Rede Stagium (Prêmio APCA 1997 – Pesquisa em Dança), recriado agora em 2021; o trabalho em grupo “Formless”, com o apoio do Prêmio Estímulo Flávio Rangel de Artes Cênicas da Funarte (Prêmio APCA 1998 – trilha sonora de Lívio Tragtenberg); o solo “O Homem de Jasmim”, com apoio da Bolsa Vitae de Artes e do Prêmio Estímulo de Dança – Novas Linguagens Coreográficas da Secretaria de Estado da Cultura (Prêmios APCA 2000 – concepção/direção e vídeo/cenografia). Recebeu a Bolsa da John Simon Guggenheim Foundation, para criação do solo “O Banho” (Prêmio APCA 2004 – instalação coreográfica). Com apoio do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, desenvolveu o espetáculo em grupo “Um corpo que não agüenta mais” (2007/2008), a instalação coreográfica “Vestígios” indicada ao Prêmio BRAVO! e ganhadora do APCA 2010 (Pesquisa em Dança), e “Deslocamentos”, que estreou na Casa Modernista em formato site specific (2014).
Marta Soares é mestra em Comunicação e Semiótica e doutora em Psicologia Clínica/Artes (Núcleo de Subjetividade), pela PUC SP, onde também lecionou na Faculdade das Artes do Corpo, no período de 1999 e 2012.
Ficha Técnica
Concepção e performance: Marta Soares | Desenho de Luz: Aline Santini | Montagem e Operação de luz: Vinícius Andrade e Débora Sperl | Figurino: Ozenir Ancelmo | Vídeo: Bruna Lessa e Cacá Bernardes – Bruta Flôr Filmes | Máscara: Ana Teixeira | Designer Gráfico: Érico Peretta | Assessoria de imprensa: Elaine Calux | Produção Executiva: Cais Produção Cultural | Produtores: Beto de Faria e José Renato
Serviço
Dança Macabra (estreia online)
Marta Soares
Dias 20, 21, 22, 23 de dezembro de 2021
Segunda a quinta, às 15h
Local: Virtualmente – Link para acesso direto: https://www.youtube.com/c/CaisProducaoCulturalLtda
Ingresso: Grátis
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos