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II Mostra Só Solos, da Cia Corpos Nômades, traz 10 espetáculos que comemoram 10 anos do Espaço O Lugar

A Cia. Corpos Nômades e o Espaço Cênico O Lugar recebem entre 15 e 17 de setembro (sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h), a II Mostra Só Solos, com apresentações de três espetáculos de dança e/ou teatro nas duas primeiras noites e quatro no domingo. A ação faz parte das atividades que marcam 10 anos do Espaço. A manutenção da Cia. Corpos Nômades conta com o XX Programa Municipal de Fomento à Dança de São Paulo. O Boticário na Dança, através do Proac-ICMS, é parceiro para a realização desta segunda edição da mostra.

O Espaço Cênico O Lugar, sede da Cia. Corpos Nômades, recebe diversas atividades desde 2007 com o objetivo de proporcionar a artistas e criadores um espaço para difundirem trabalhos e pesquisas nas áreas de dança, teatro, performance e música.

Idealizada por João Andreazzi, diretor da Cia. Corpos Nômades, a Mostra também propõe um encontro entre todos os intérpretes no sábado, 16 de setembro, às 16h, denominado Tea-Time – Lugar em Reflexão. A ideia é que os artistas e público interessado conversem sobre seus processos de criação e sobre o momento artístico de hoje.

Os artistas convidados para a Mostra são Adriana Fortes, Andreia Nhur, Kátia Rozato, Letícia Rodrigues, Luciana Hoppe, Marilyn Nunes e Thiago Sancho. Os intérpretes Gervásio Braz, João Andreazzi e Korina Kordova, da Cia. Corpos Nômades, mostrarão seus solos afim de trocar experiências com os convidados.

Programação Completa

Dia 15 de setembro, sexta-feira, 21h

Adriana Fortes – A Curandeira. 50 minutos. Sala Norte.

Uma curandeira oferece poções para o corpo e sabedorias para a alma. Com ajuda de histórias e poemas, a atriz percorre um caminho de recordações num jogo de vivências e sua relação com o mundo compartilhadas com o público. Trata-se de um espetáculo onírico, repleto de delicadeza. Um recordar do sentido da vida, um desabrochar do “ser humano”.

A Confraria das 3 Águas, nasceu em 2001 com um processo de investigação da presença do ator em cena, para dar vida ao espetáculo Fiz Água para Lavar teu Rosto, de Eduardo Ruiz. A Curandeira, de Adriana Fortes, é o segundo espetáculo da Cia e vem circulando por varias cidades de São Paulo, assim como outros estados do Brasil.

Ficha Técnica

Autoria e atuação: Adriana Fortes Direção: Melani Halpern. Assessoria para Dramaturgia: Reinaldo Maia (in memorian) Cenografia, Figurinos e adereços: Bum Design Trilha sonora original: Gustavo Finkler Iluminação: Miló Martins Tratamento e adereços de figurino: Mônica Nassif Criação da peruca: Maria Sem Vergonha (Ligia e Karla Passos) Consultoria em máscara e gestual: Ésio Magalhães Receitas aromáticas: Juliana Fortes Pesquisa de histórias tradicionais: Giliane Ingratta Estudos simbólicos: Leo Lama Fotografias: Alexandre Diniz Gravação em DVD: Bianca Halpern Idealização, realização e produção: Confraria das Três Águas.

Gervásio Braz – Vomain/Mamvoin. 20 minutos. Sala Sul.

Percurso entre os mundos do mais belo ao mais tenebroso da vida de uma mulher que no inicio é mãe e envelhece pela falta de sua cria que foi perdida no mundo. Solo de dança-teatro, conta a história de uma grande mulher no desespero da vida em busca de sua constante maternidade dilacerada. O cru é posto para fora em um corpo masculino que carrega dentro de si esta memória feminina, busca que está contida em figuras maternas como Bisavó, Avó e Mãe. É um possível encontro com suas ancestrais femininas e outras que estão presentes num imaginário coletivo de seres.

Gervásio Braz é bailarino. Participou de diversos espetáculos, como Eu sinto a terra mover-se…, direção e coreografia de Raimundo Branco, (2007); Desencaminhado, com coreografia de Ivaldo Mendonça (2007); Igual sem Igual, com coreografia de Ivaldo Mendonça (2008/2009); Participou como bailarino do espetáculo Sobre um Paroquiano, com concepção e direção de Raimundo Branco (2009); BE – um experimento coreográfico para quatro corpos quânticos, com concepção e direção de Giordani Gorki (Kiran) (2010), O Especulador de Olhos Invisíveis de Carne, direção e coreodramaturgrafia de João Andreazzi (2015/2016) e Hotel Lautreamont – os bruscos buracos do silêncio, com direção e coreodramaturgrafia de João Andreazzi (2017).

Ficha Técnica

Concepção, criação e dramaturgia: Gervásio Braz Orientação: Raimundo Branco e Patrícia Costa Sonoplastia: Korina Kordova.

Andreia Nhur – Mulher Sem Fim. 45 minutos. Sala Sul.

Mulher sem fim é uma experiência solo de Andréia Nhur & Katharsis Teatro que transita entre teatro, dança, música, performance e multilinguismo. No trabalho, o gênero-mulher é apresentado a partir de um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias da cultura, que vão desde Madame Bovary, Lady Macbeth, Carmen Miranda até Dadá, a cangaceira. Um corpo se transforma em outro, que se transforma em outro que se transforma em outro: mulheres em encadeamento sem fim.

Andréia Nhur é bailarina, atriz (finalista ao Prêmio APCA de melhor atriz em 2015) e pesquisadora. Atua na interface da dança, do teatro e da música, em parceria com seus pais, Janice Vieira (coreógrafa e musicista) e Roberto Gill Camargo (diretor, dramaturgo e iluminador), junto aos coletivos Pró-Posição Dança e Katharsis Teatro. Tem doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e é professora do Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, no campo de estudos do corpo e da voz.

Ficha Técnica

Texto, criação e performance: Andréia Nhur Colaboradores: Janice Vieira, Paola Bertolini e Roberto Gill Camargo Iluminação: Roberto Gill Camargo Produção, fotos e operação de luz: Paola Bertolini Arte Gráfica: André Bertolini.

Dia 16 de setembro, sábado, 21h

Kátia Rozato – A Leveza de Um Homem Só. 15 minutos. Sala Sul.

Simplicidade, precisão, tensão, intenção, leveza, peso, neutralidade, delicadeza; um corpo com várias possibilidades se formando em imagens únicas e desinformando à todo momento. Sem tempo prévio de cada cena (começo) todo o trabalho é voltado para início e recomeço, algumas coisas se repetem outras tomam outros caminhos; mais o eterno retorno é inevitável.

Kátia Rozato, natural de São Paulo (1978), formada em Artes Plásticas pela Academia Brasileira de Artes, pela Associação Internacional de Instrutores de Yoga Ananda Marga e diretora da CAHLO núcleo de dança; iniciou sua carreira como bailarina desde 1998 trabalhando com importantes coreógrafos do cenário da dança contemporânea como os coreógrafos: Sandro Borelli na FAR 15 e Borelli Cia; Maurício de Oliveira na Cia Siameses; João Andreazzi na Cia Corpos Nômades; com os artistas Mirella Brandi e Muep Etmo com o trabalho FFOBIA.

Ficha Técnica

Direção e intérprete criadora: Kátia Rozato (CAHLO núcleo de dança) Produção: David Mariano
Foto/assistente de produção: Ligiane Braga.

Marilyn Nunes – Estrelas. 55 minutos. Sala Sul

O espetáculo é inspirado na obra A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Detrás do som de máquina de escrever surge uma escritora com um pandeiro. À beira da morte, ela trabalha em sua última novela, compondo os personagens enquanto os apresenta ao público. Macabéa, uma moça do subúrbio que conhece seu primeiro namorado, Olímpico. Glória, a colega de trabalho que rouba seu namorado, e Madame Carlota, uma cartomante com quem se consulta.

Marilyn Clara Nunes é atriz, professora e pesquisadora de teatro. Fundadora do grupo Oposto Teatro Laboratório e colaboradora do Nordisk Teaterlaboratorium, desenvolve desde 2009 um trabalho de investigação no campo da atuação. É mestre em Artes na linha Estética e Poéticas Cênicas, pelo Instituto de Artes da UNESP. Já se apresentou em diversos festivais do Brasil e em outros países, como México, Dinamarca, Colômbia e Índia. Atualmente, é atriz-criadora dos espetáculos Estrelas e O Pesadelo da Borboleta, e da demonstração de trabalho O oposto, dirigidos por Julia Varley (Odin Teatret).

Ficha Técnica

Diretora: Julia Varley (Odin Teatret)
Atriz: Marilyn Nunes
Texto: Entrevistas e novela de Clarice Lispector Adaptação do texto, cenário e figurino: Julia Varley e Marilyn Nunes
Desenho de luz: Marco Adda
Pesquisa sonora: Marilyn Nunes
Montagem sonora: Jan Ferslev (Odin Teatret) Fotografias: Tommy Bay e Fernando Martinez.

Thiago Sancho – Melodia Onde o Tempo Não Existe. 45 minutos. Sala Sul

Melodia onde o tempo não existe, surge da observação e contemplação do transeunte. Suas formas e proporções, seus gestos e variações de cores, elementos que revelam tão diversas melodias e dão pistas para possíveis desdobramentos. O trabalho propõe uma reflexão sobre o corpo e a construção dele. Um corpo que ocupa praças e ruas com seus ritmos muito próprios, que parte ao enfrentamento do dia-a-dia, sujeito a atravessamentos inesperados, rotas de fugas e colisões inevitáveis, produzindo uma dança de contratempos, necessidades e suspense.

Thiago Sancho, ator, bailarino e coreógrafo, iniciou-se como profissional em 2004 integrando a Cia Muito Franca de Teatro – RJ, dirigida por Bruno Bacelar. Desde então trabalhou com importantes nomes das artes cênicas no Brasil e Europa, como Deborah Colker, Renato Vieira, João Saldanha, Alex Neural, Nicolas Mourel, Henrique Rodovalho e Claudia Palma. Vem se interessando na discussão e percepção do corpo sensível, sempre atuando na interface da dança com outras linguagens que atravessam, potencializam e ampliam os processos de criação de suas obras. À partir das experiências que teve ao longo de sua carreira, vem desenvolvendo uma metodologia de workshops que integra esse momento de investigação cênica e que compõe um campo fértil de criações, performances e ações educativas que envolvem seu projeto artístico.

Ficha Técnica

Criação e Atuação: Thiago Sancho Trilha Sonora: Joaquim Tomé Fotografia: Renato Mangolin e Thiago Lima Preparação Física: Cristiane Dias Figurino: Josines Carvalho Produção: Formas de Voar Produção Cultural.

Dia 17 de setembro, domingo, 20h

João Andreazzi – O Especulador de Olhos Invisíveis de Carne (solo). 15 minutos. Sala Sul

O Especulador de Olhos Invisíveis de Carne (solo) resgata o princípio da ideia do “corpo nômade”, inquietação artística de Andreazzi, dando sequência a uma pesquisa iniciada há 16 anos, cujo lugar/foco foi a extinta Favela do Gato – hoje conjunto habitacional do Parque do Gato – e a cultura Guarani, nas aldeias Krukutu e do Jaraguá. O texto O Despovoador, de Samuel Beckett – escrito no final da década de 60 – serve como importante inspiração e provocação para a criação, além de se alinhavar a outras fontes inspiratórias fundamentais, como o retorno aos locais visitados, em 1999, pela Cia. Corpos Nômades – e revisitados em 2014 e 2015, com o intuito de se observar as modificações ocorridas. O criador também utiliza textos de Samuel Beckett como condutores para escolhas de elementos cênicos e elaboração da “coreodramaturgrafia”.

O paulistano João Andreazzi iniciou seu trabalho como ator, performer, bailarino e coreógrafo na década de 80. Em 1990, passou a pesquisar o corpo e a dedicar-se ao ensino da Dança. No período de 1996 a 1998, o coreógrafo viveu na Holanda, como bolsista do Ministério da Educação na School for New Dance and Development em Amsterdã, onde criou três coreografias, sendo uma delas selecionada para o Nederlandse DansDag de 1998. Após retornar, em 1999, desenvolveu o projeto Things – m@loc@/F@vel@ – as Coisas, envolvendo a cultura do Hip-Hop, do samba e dos índios guaranis. Esse contato inicial resultou o projeto “corpos nômades”. Ao término do processo surgiu a Cia. Corpos Nômades com o espetáculo OOZE/EZOO (2000). Seu currículo funde-se ao currículo da Cia. Corpos Nômades, assinando todas as coreografias desde esse período. Como coreógrafo e bailarino, João Andreazzi ganhou diversos prêmios (APCAs, indicação Mambembe, Flávio Rangel, Bolsa da CAPES, Bolsa Vitae para o American Dance Festival, etc.). Como professor de dança contemporânea (criação, improvisação e técnica) vem ensinando desde 1990 em diversos locais.

Ficha Técnica

Concepção e interpretação: João Andreazzi Trilha Sonora: Felipe Julian Iluminação: Décio Filho Figurino: David Schumaker Cenário e Vídeo: Cia. Corpos Nômades e David Schumaker Designer Gráfico: Juliana Basile Agradecimentos: Marcos Tupã (Aldeia Krukutu), Francisca Guarani (Aldeia Krukutu), Tupãzinho (Aldeia Krukutu) Sr. Sassa (Favela do Gato), Dona Maria (Favela do Gato), Leticia Mantovani, Davi Martins (Aldeia Jaraguá), Jacira Minelli Andreazzi, Marcela Costa, Talita Bertanha e Claudio Willer.

Luciana Hope – Bestiário. 35 minutos. Sala Sul

Vibração, respiração pelas células, esponja e fluxo interno, pulsação através da água, estrela-do-mar, coluna leve, peixes, anfíbios, lagartos, mamíferos, uma profusão de animais como desdobramento da evolução das espécies contida na evolução humana. O que nos aproxima dos animais? O que nos aproxima do humano? Somos desdobramento da mesma matéria? Partindo da ideia de que somos uma coleção de animais, os bestiários da Idade Média entram para borrar o limite entre o homem e o bicho provocando uma visceralidade ao movimento.

Luciana Hoppe é artista e pesquisadora da dança em todas as suas formas. Mestra em Artes da Cena pela Unicamp. Iniciou seu caminho artístico aos 6 anos de idade pelo Ballet Clássico e, mais tarde, migrou ao circo enquanto cursava Psicologia. No ano seguinte, em 2005, iniciou a Graduação em Dança pela UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do sul) e desde então atua profissionalmente como artista dançando com diversos coreógrafos nacionais e internacionais, assim como criando suas próprias obras.

Ficha Técnica

Coreografia e Direção: Luciana Hoppe Assistência Coreográfica: Silvia Geraldi Trilha Sonora: Haroldo Paraguassú de Souza Iluminação: Juliana Morimoto Figurino: Felipe Longo Fotografia: Natalia Albuquerque Produção executiva: Vanessa Moraes Assistência de produção: Moacir Júnior Romanini.

Leticia Rodriges – (De)Composições. 30 minutos. Sala Sul.

Imagina se, você espectador, pudesse alterar, a qualquer momento, a ação vigente? (De)Composições propõe uma ação cênica onde o espectador é provocador ativo da cena: ele provoca, propõe e sugere o ritmo, níveis, tempos e fluências da ação conforme suas necessidades estéticas e pessoais. Em cena, uma bailarina-criadora e um músico terão, além do diálogo entre si, o imprevisto, o efêmero, o acaso e o caos como recursos para a criação artística.

Letícia Rodrigues é artista da dança e pesquisadora do movimento, bacharel e licenciada em Dança (UNICAMP), mestra em Educação (UNICAMP). Tem interesse nas poéticas do corpo, improvisação e na criação através da relação entre dança e música ao vivo.

Ficha Técnica

Dança: Letícia Rodrigues Música ao vivo: Gustavo Infante. Provocações: espectadores Fotos: Wrzaratini.

Crédito da foto: Thiago Sancho em Melodia Onde o Tempo Não Existe | Foto de Renato Mangolin

Serviço

II Mostra Só Solos
Dia 15  a 17 de setembro de 2017
Sexta e sábado, às 21h, domingo, às 20h
Local: Espaço Cênico O Lugar
Rua Augusta, 325 – Consolação – São Paulo/SP.
Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia). Pagamento em dinheiro e cartão de débito/crédito.
Classificação etária: 14 anos.
Capacidade (Sala Sul): 64 lugares.
Capacidade (Sala Norte): 64 lugares.
Reservas: Telefone – 3237-3224 ou e-mail – ciacorposnomades@gmail.com
Mais detalhes: www.ciacorposnomades.art.br
Assessoria de Imprensa: Ensaio Comunicação.

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