Grupo Corpo abre a 15ª Temporada de Dança do Teatro Alfa com o premiado Gira (APCA) e 21
A 15ª Temporada de Dança do Teatro Alfa começa no dia 2 de agosto, quinta-feira, às 21 horas, com apresentações do Grupo Corpo, uma das maiores companhias brasileiras de dança que circula Brasil e o mundo com cerca de 70 apresentações anuais. No programa, Gira (2017), eleito o melhor espetáculo do ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), com trilha assinada pela banda paulistana Metá Metá; e 21 (1992), criação que inaugurou a parceria do coreógrafo Rodrigo Pederneiras com o compositor Marco Antônio Guimarães, do Grupo UAKTI, que assinou muitas outras trilhas essenciais para reforçar o vocabulário coreográfico da companhia. O Grupo Corpo anunciou recentemente que quem assina a trilha sonora do novo espetáculo previsto para 2019, ainda sem título, é o cantor e compositor baiano Gilberto Gil. Já estão disponíveis para venda assinaturas que dão direito a assistir todos os espetáculos da temporada pelo site do Teatro Alfa (www.teatroalfa.com.br/temporada2018).
Depois da companhia mineira, a temporada que comemora os 20 anos do Teatro Alfa e traz grupos que fizeram parte de sua história, a casa recebe os franceses da Cie. CDA – Philippe Decouflé, São Paulo Companhia de Dança, Companhia de Dança Deborah Colker, o sueco Mats Ek com a bailarina espanhola Ana Laguna e termina em grande estilo com a alemã Tantztheater Wuppertal, criada por Pina Bausch
Nesta edição, estão reunidos os grupos mais fundamentais da trajetória do Teatro Alfa: A mítica companhia da coreógrafa alemã Pina Bausch (1940 – 2009), que em vida sempre priorizou se apresentar no Alfa em suas vindas ao Brasil; o Grupo Corpo, que desde 1998 tem se apresentado anualmente no Alfa, elegendo-o como o teatro de todas as suas estreias; o coreógrafo sueco Mats Ek acompanhado da bailarina espanhola Ana Laguna, que dançam juntos pela primeira vez no Brasil; o francês Philippe Decouflé com espetáculo inédito que combina dança com música, circo, teatro, cinema e a influência das histórias em quadrinhos; a Cia. de Dança Deborah Colker com releitura do espetáculo Nó e a São Paulo Companhia de Dança com coreografias do repertório e criação inédita de Joëlle Bouvier, da geração da “nova dança francesa”, movimento renovador surgido entre as décadas de 1970 e 1980.
Mesmo estando sempre presente na programação do Teatro Alfa desde sua inauguração (1998) foi a partir de 2004 que a dança ganhou uma temporada própria e protagonismo na sala de espetáculos. As mais destacadas companhias de dança do Brasil e da cena internacional têm marcado presença ano após ano. Para os espectadores e artistas da dança, o Alfa virou referência e criou laços que se aprofundaram com o tempo.
Pina Bausch costumava expressar grande satisfação pela sala de espetáculos – assim como o Grupo Corpo, que de 1998 até hoje se apresenta anualmente no Teatro Alfa. Também foi no Teatro Alfa que a Tanztheater Wuppertal, de Pina Bausch, passou a se apresentar exclusivamente a partir de 2000, quando apresentou o espetáculo Masurca Fogo. Pina Bausch e sua companhia retornaram em 2001 para estrear Água, criação inspirada no Brasil. Em 2006 trouxeram Para as crianças de ontem, hoje e amanhã. Em 2009, as apresentações de Café Müller e Sagração da Primavera se fundiram à comoção causada pela morte súbita da coreógrafa, dois meses antes. O retorno da Tanztheater em 2011, com Ten Chi, mostrou que a obra de Pina continuava mais viva do que nunca.
“‘Dance, dance, senão estamos perdidos’. A célebre frase de Pina Bausch é fonte de evocação constante para todos os que conheceram e se apaixonaram pela obra desta extraordinária artista. Reencontrar o trabalho de Pina através da Tanztheater Wuppertal, a mítica companhia que continua mantendo vivo o legado da coreógrafa alemã, ganha significado especial nesta temporada que celebra os 20 anos do Teatro Alfa”, diz Elizabeth Machado, superintendente do Teatro Alfa. Em 2018, além da Tanztheater Wuppertal de Pina Bausch e do Grupo Corpo, a Temporada de Dança do Teatro Alfa traz mais quatro grandes atrações.
O coreógrafo sueco Matk Ek e a bailarina espanhola Ana Laguna se apresentam juntos pela primeira vez em palcos brasileiros em uma celebração à dança da maturidade. Junto com Pina Baush, Mats Ek compõe o rol de criadores mais potentes dos séculos 20 e 21. Contemporâneos, criaram linguagens distintas e transformadoras, com alta carga teatral. Ana Laguna já havia se apresentado no Teatro Alfa em 2010, junto com Mikhail Baryshnikov.
Agora ela volta para dançar Memory, com Mats Ek, em um encontro raro nos palcos. O programa inclui mais uma obra do coreógrafo sueco inédita em palcos brasileiros: Axe, que será dançado por Ana Laguna e o bailarino Yvan Auzely. A carga poética do espetáculo se completa com a exibição do filme Old and Door, que mostra Birgit Cullbert, pioneira da dança moderna na Suécia, dançando coreografia que seu filho, Mats Ek, fez especialmente para ela em 1991. São cenas que nunca foram exibidas no Brasil.
Entre as várias gerações de criadores da arte da dança que têm marcado presença no Teatro Alfa destaca-se o francês Philippe Decouflé, cujos espetáculos oníricos, cheios de imaginação, encantamento e humor, chegaram ao Teatro Alfa em 2000, com Shazam!. Em 2018, Decouflé e seu grupo, o DCA, nos trazem novas delícias com Nouvelles Pièces Courtes, que apresenta o talento interdisciplinar do coreógrafo em combinações incomuns entre dança, música, circo, teatro, cinema – além de forte influência das histórias em quadrinhos.
A dança brasileira também se destaca na programação de 2018. Além do Grupo Corpo, apresentam-se a companhia de Deborah Colker e a São Paulo Companhia de Dança (SPCD), com seu repertório que reflete tanto os clássicos quanto a modernidade. Para a Temporada de 2018, Deborah Colker e seu elenco trazem uma releitura de Nó – espetáculo que marcou a estreia da companhia no Teatro Alfa, em 2005, e que inaugurou, na linguagem da coreógrafa, a busca de uma dramaturgia e de questões humanas universais.
Já a São Paulo Companhia de Dança, que se apresenta no Teatro Alfa desde sua fundação, em 2008, traz três coreografias neste ano. Além de Meu Único Dia, do brasileiro Henrique Rodovalho, e 14’20”, do tcheco Jirí Kylián, outro criador fundamental da dança mundial, a SPCD realiza em nosso palco a estreia de uma criação de Joëlle Bouvier, coreógrafa que pertence à geração da chamada “nova dança francesa”, movimento renovador surgido entre as décadas de 1970 e 1980.
Programação Temporada de Dança 2018
Grupo Corpo
– Gira (2017) e 21 (1992)
02 a 05 e 08 a 12 de agosto
Cie. DCA – Philippe Decouflé
– Nouvelles Pièces Courtes (2017)
31 de agosto a 2 de setembro
São Paulo Companhia de Dança
– Melhor Único Dia (2017), 14’20” (2002) e estreia de Joëlle Bouvier
15 e 16 de setembro
Cia. de Dança Deborah Colker
– Nó (2005 – releitura)
21 a 23 de setembro e 25 a 30 de setembro
Mats Ek e Ana Laguna
– Memory (2004), Axe (2015) e Old and Door (1991)
20 e 21 de outubro
Tanztheater Wuppertal/Pina Bausch
– Néfes (2003)
29 de novembro a 2 de dezembro
Assinatura de todos os espetáculos
Plateia – Normal: R$ 922,25; Especial: R$ 759,50
Plateia Superior – Normal: R$ 382,50; Especial R$ 315,00
Assinatura Normal: 15% de desconto nos ingressos da Temporada Alfa 2018.
Assinatura Especial: 30% de desconto para pessoas da terceira idade e estudantes.
Crédito da foto: Jose Luiz Pederneiras | Cena de 21
Serviço
Temporada de Dança do Teatro Alfa
Gira | 21
Grupo Corpo
De 02 a 05 e 08 a 12 de agosto de 2018
Quarta e quinta, às 21h, Sextas, às 21h30; Sábados, às 20h; Domingos, às 18h.
Local: Teatro Alfa
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro, São Paulo – SP
Ingressos: Platéia (R$ 180,00 inteira e R$ 90,00 meia) e Plateia Superior (R$ 75,00 inteira e R$ 37,50 meia).
Informações: (11) 5693-4000
Classificação: 14 anos