Inspirados pela arte do interior de Minas Gerais, pelos tambores dos congos, danças e crenças dos que em diáspora atravessaram o continente africano e chegaram às Minas, pelos cânticos que ecoam a luta diária das lavadeiras do vale do Jequitinhonha, e ainda pelo mártir da independência Tiradentes, e as profundas reflexões traduzidas em palavras do poeta Guimarães Rosa, o Êxtase chega a Belo Horizonte para estreia de Arreda, espetáculo autoral da cia. Apresentações acontecem em BH, no Teatro Francisco Nunes, dias 23 e 24 de março (sexta e sábado).
Comemorando 10 anos de atividades profissionais, a Cia criada em Viçosa, traz a força, a beleza e a simplicidade da arte produzida no interior de Minas Gerais em um trabalho com coreografia de Cleison Lana e Wellington Júlio que também são bailarinos do Êxtase desde o início da sua profissionalização, e que para esta criação contaram com a colaboração de todo o elenco.
A busca pela valorização do trabalho artístico produzido no interior e por mais espaço e visibilidade para os artistas estão presentes no espetáculo a começar pelo nome. “Arreda” que é uma expressão bem regional, de origem mineira que significa: deslocar, empurrar, mover; e é usado pela Cia para dizer que sua arte tem continuidade, é viva, e sobrevive a todo preconceito e invisibilidade.
Patrícia Lima, diretora geral do Êxtase reforça que o espetáculo mostra que “apesar de todas as dificuldades a arte sobrevive com força, vigor, criatividade, energia e vontade de fazer. E é isso que nos move a todos”. Lidiane Jacinto, diretora artística da Cia, espera que o público reconheça no trabalho “nossa vontade, enquanto artistas de interior de Minas, de ter mais oportunidades. Nossa luta é pelo reconhecimento. Trabalhamos sempre para romper as barreiras das montanhas e chegar às capitais mostrando que temos qualidade e merecemos um lugar às vistas do público”.
A cultura do trabalho está presente também na trilha sonora que traz trechos do documentário “As benzedeiras de Minas”, dirigido por André Tonacci com roteiro de Márcio Sgreccia e produção de Daniel Tonacci. O filme de 2007 foi produzido com apoio do Iphan/CNFCP. Além de canções: Breu, de Xênia França; Água – Vidro –Uakti; Batuque nas Águas, de Naná Vasconcelos; e Moreno, de Renata Rosa.
O Grupo Êxtase conta com o incentivo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais e patrocínio da Haskell, Viação União e Metalsider e o apoio Cultural do Jornal Folha da Mata e da PMV. Numa realização do Núcleo de Produções Culturais, Instituto ASAS e Núcleo de Arte e Dança.
Sobre o Êxtase Cia de Dança
O Êxtase Cia de Dança nasceu há quase 30 anos no Núcleo de Arte e Dança, em Viçosa (MG). Ao longo dessa trajetória, foi construída uma história de sucesso, com montagens de espetáculos de grande repercussão, excursionando pelas principais capitais do Brasil, da América Latina e pelo interior mineiro. Reconhecido pela crítica e público como um talentoso grupo de dança contemporânea do interior de Minas, o Êxtase já foi agraciado três vezes com o Prêmio Cena Minas, concedido pela Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais, e selecionado na Mostra Cena Minas e Festival de Inverno de Ouro Preto. Em 2014, recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna totalizando mais de 80 prêmios nacionais e internacionais.
Desde que se tornou profissional, em 2006, montou turnês com os espetáculos “A Caravana da Ilusão”, “Alguém atrás e mim”; “Eu de repente o outro” e “Cachorro perdido”, de Mário Nascimento; “Um tom para todos nós” e “7 flores”, de Rosa Antunã, “Por partes” e “Robertos e Carlos”, de Alex Neoral, “Palhaços”, novamente com Rosa Antunã. Excursionou com Entre Acasos de Mário Nascimento, Fernando Martins e Paulo Chamone em 2014 apresentou e excursionou com o espetáculo “For Sale”, de Fernando Martins e em setembro de 2015 estreou “E SE?” com coreografia do próprio Grupo e direção coreográfica de Fernando Martins.
Com essas montagens, o Grupo já percorreu mais de 40 cidades da Zona da Mata mineira, além de capitais brasileiras como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, obtendo um recorde de público de mais de 120 mil pessoas. Em 2016 o Grupo realizou turnê com “E SE?” passando por 10 cidades do interior e capital mineiras. Em 2017, em comemoração aos 10 anos, a Cia estreou o seu primeiro trabalho totalmente autoral “Arreda”, que faz circulação por cidades do interior de Minas e Belo Horizonte em 2018.
Ficha técnica
DIREÇÃO GERAL: Patrícia Lima
DIREÇÃO ARTÍSTICA: Lidiane Jacinto
COREOGRAFIA: Cleison Lana e Wellington Júlio
COLABORAÇÃO DE CRIAÇÃO: Bailarinos Êxtase Cia de Dança
BAILARINOS: Lidiane Jacinto, Cleison Lana, Wellingtn Júlio, Rafael Tiko, João Petronílio, Paloma Atanes, Rayane Nobre, Thaís Webster, Alyx Dantas, Danúbia Dias, Louise King, Emerson Felipe Viana.
PROJETO DE ILUMINAÇÃO: Arlindo Batista e Patrícia Lima
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lílian Moura
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Renata Brandão e Lílian Moura
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E PROJETOS GRÁFICOS: Rita Márcia Costa
Crédito da foto: Divulgação
Serviço
Arreda
Êxtase Cia de Dança
Dias 23 e 24 de março de 2018
Sexta e sábado, às 20h
Local: Teatro Francisco Nunes
Avenida Afonso Pena, 1277 – Centro – Parque Municipal – Belo Horizonte/MG
Ingresso: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia)
Classificação: Livre