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Espetáculo AJEUM evoca a força de Iansã num compartilhamento de danças e potências

Com estreia na próxima segunda-feira (03/06) e apresentações de 4 a 8 de junho, o Núcleo Djalma Moura de Danças traz ao público seu mais novo espetáculo, AJEUM, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. De 03 a 07 de junho, as apresentações serão às 20h; no sábado (08/06), será às 18h. Os ingressos são gratuitos.

A palavra ajeum (ajeun) é a contração das palavras awa (nós) e jeun ou jé (comer), transformada poeticamente em “comer juntos”, uma refeição grupal, comunal. O momento, considerado solene no candomblé, é a reunião da comunidade em torno de um alimento comum. AJEUM é partilha, acalento e vibração energética.

A proposta da obra coreográfica AJEUM, partiu da necessidade do diretor e intérprete-criador Djalma Moura de compartilhar com outros pesquisadores em dança o andamento de suas investigações em dança e movimento até o presente.

Esta proposta se soma aos projetos anteriores “Depoimentos para fissurar a pele” e “Boi da Cara Preta”, ambos de concepção, direção e dança de Djalma Moura, no qual o intérprete se desdobrou na criação de uma dança solo guiada pelas qualidades das danças e fisicalidades encontradas na Orisà Oya – Iansã e seus processos de transmutações: Vento, Búfalo e Borboleta.

AJEUM convida outros dançarinos a experimentar coletivamente o que foi experimentado no solo “Depoimentos para fissurar a pele”. Djalma propõem a partilha dos procedimentos para a criação desta nova obra que tem uma estrutura triádica:

A Chegada – nesse primeiro momento, as impressões e compreensões de um corpo vento, um corpo que leva e traz, que possa gerar transformação no espaço e nas danças de cada um em relação dialética. Como ser vento? Como o corpo reage ao ser atingido pelo vento? Como provocar vento?

A Presença – está relacionada ao estar firme, contundente e presente na cena, no espaço, na relação e no mundo. Como um búfalo, é ter consciência de onde se vive e o como operar no ambiente.

A Comunhão – onde a corporeidade assume a transformação de borboleta que flutua e se faz presente, levando para a cena uma proposta de persistência no voar, fissurar e criar diálogos com o mundo. Essa última dança chega como uma tempestade na cena: Oya e suas transmutações, de maneira poética, são evocadas para o desdobramento de cada corpo / dança.

Para além da partilha, “AJEUM” é criar redes em tempo, espaço, tecnologias e fisicalidades. É colocar à mesa um alimento que vem sendo plantado e cultivado, não sozinho, mas em parcerias que atravessam fissuras, perfuram peles, alcançando a cosmogonia poética de cada um, o princípio meio e fim do corpo, todos arrebatados por uma tempestade de ambiguidades e provações, Oya – Iansã. Pousa como uma borboleta e rasga como um búfalo. E eis que a brisa vem.

Ficha Técnica

Concepção, Direção e Coreografia: Djalma Moura
Direção Musical: Leandro Perez
Interpretes – criadores: Aysha Nascimento, Erico Santos, Marina Souza, Victor Almeida, Sabrina Dias e Djalma Moura.
Provocadoras: Deise de Brito, Yaskara Manzini e Kanzelumuka
Preparação Corporal: Everton Ferreira
Criação de Luz: Fernando Melo e Dida Genofre
Figurino: Abmael Henrique | Figurinos Artesanais
Máscaras: Cleydson Catarina e Ubere Guelé
Orientação Cósmica: Baba Flávio Iyemonjá Ase Olokun
Fotografia de Divulgação: Raoni Reis
Arte Gráfica: Felipe Pardini
Assessoria de Imprensa: Marcelo Dalla Pria
Produção executiva: Sol Almeida
Direção de Produção: Djalma Moura e Erico Santos
Agradecimentos: Centro de Referência da Dança, Fábrica de Cultura Jardim São Luís.
Com amor: Carol Zanola – Iranti

Crédito da foto: Raoni Reis

Serviço

AJEUM
Núcleo Djalma Moura de Danças
De 03 a 08 de junho de 2019
Segunda a sexta, às 20h, sábado, às 18h
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP
Ingresso: Grátis
Informações: (11) 3222-2662
Duração: 45 minutos
Classificação etária: livre

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