Crédito da foto: Nara Raboredo
Bailarinas: Gleyce Lima e Yara Batista
Na próxima sexta-feira (15 de janeiro), a professora dança e coreógrafa Ana Lúcia Silva realizará uma audição para selecionar cinco dançarinos para o espetáculo “Brasileirices”, da Cia Livre de Dança, que será apresentado em março no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro. A seleção, que acontecerá a partir das 18h na sede da Cia., na Rocinha, está aberta para dançarinos maiores de 18 anos que tenham base de jazz, dança afro e teatro musical. A Cia Livre de dança foi contemplada pela Lei Aldir Blanc.
Com coreografia de Ana Lúcia Silva, “Brasileirices” é um espetáculo de dança afro brasileira que reúne canto, dança, interpretação e percussão ao vivo para contar a história de um jovem que descobre de nasceu no dia em que a Lei do Ventre Livre foi promulgada, mas que passou a vida inteira como escravo.
“A audição será uma aula de dança afro brasileira, com percussão ao vivo; portanto descansem na véspera”, recomenda a professora e coreógrafa Ana Lúcia Silva. “É para levantar a poeira do chão!”, adianta.
Para a audição, os interessados devem comparecer à sede da Cia Livre de Dança (Via Ápia 44, sala 301 – Rocinha) às 18h desta sexta-feira. Devido a medidas de prevenção ao novo corona vírus, não será permitida a entrada com calçados da rua e todos dançarinos devem levar sua própria garrafa de água, além de máscara e de álcool gel.
Ana Lúcia e a Cia Livre de Dança
Nascida e criada na Rocinha, Ana Lúcia Silva está à frente da Cia Livre de Dança, escola e Ponto de Cultura que criou na comunidade em 1999. Ela desenvolve uma série de produtos sociais com o objetivo de lecionar danças para crianças e jovens da comunidade. Graduada em Licenciatura Plena em Dança pela Universidade Cândido Mendes e pós-graduada em Psicomotricidade Clínica e Relacional, ela acredita na dança como veículo transformador, e por isso a importância de sempre estudar. Valorizando sempre suas origens, Ana Lúcia Silva tem orgulho de ter representado a Rocinha em eventos nacionais e internacionais, como também ter sua biografia apresentada em uma exposição para mulheres negras nos Estados Unidos.
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