Crédito da foto: Guilherme Santos
A Pandemia dividiu o mundo, mudou conceitos e costumes e nossa relação ao tempo das coisas, e, principalmente, ao que pensamos sobre a vida e a morte. A Diversidança, companhia de dança contemporânea que fomenta a pesquisa, a formação e a residência artística, faz uma releitura de um projeto criado em 2014, mas que dialoga perfeitamente com nosso “novo normal”. O espetáculo “Tempo de Reprodução”, com direção geral e artística de Rodrigo Cândido, traz ao palco virtual essa reflexão sobre o tempo, a vida, a morte, e nossa nova realidade com o apoio da 27ª Edição do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo. Após cada um dos espetáculos, que são totalmente gratuitos e online, a Cia. Diversidança realiza um bate papo com o público participante.
Como nos relacionamos com a vida e com a morte? Como isso se relaciona com o nosso dia a dia, conectando nossa jornada por meio do passado, o presente e as perspectivas para o futuro? O que as grandes metrópoles podem influenciar na nossa forma de ser, sentir e estar no mundo? Estes são alguns dos questionamentos que vêm à tona por intermédio da dança e dos movimentos dos intérpretes criadores da Cia. Diversidança.
Concepção do espetáculo
O processo de pesquisa iniciou-se com uma indagação que os próprios integrantes tinham com relação ao tempo que dedicávamos aos ensaios, com ênfase no processo criativo. “A importância e de ampliar o circuito cultural de produção periférica, oportunizando a apreciação com foco na comunidade que vive e atua nas periferias”, explica Rodrigo Cândido.
E a partir disso surge a proposta de dialogar sobre o tempo. Procuraram mais elementos principalmente dentro das mitologias e perceberam que o tempo está ligado diretamente com o fator vida e morte. Além disso, buscaram uma estética urbana, dialogando com a cidade de São Paulo e sua arquitetura e urbanismo. A partir disso, traçaram um ponto de partida do que queríamos esteticamente para esse espetáculo a partir das referências: Imagem, som e movimento.
Desses princípios, engajaram-se em trabalhar com outros elementos cênicos que enfatizavam a proposta visual, explorando cenografia e adereços cênicos, utilizando também de recursos audiovisuais para acelerar, dilatar ou retroceder imagens. E para nortear os procedimentos coreográficos utilizaram como referência os mitos de Chronos e Kairós e das Moiras, três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos e da dicotomia entre a vida e a morte.
Sobre as coreografias
As coreografias foram criadas a partir de estudos de mitologias que abordam o tempo e suas demandas formas e contextos. Pra esse espetáculo em formato de live o espectador terá acesso tanto a cenas ao vivo durante a exibição do espetáculo, tanto como algumas cenas de registro. Na tentativa de ser fiel com dramaturgia do espetáculo. As coreografias e vídeos sempre estão tentando trazer referências das personas dos mitos e dos objetos que trazem referência ao tempo. Além de tencionar questões sobre vida e morte.
Ficha Técnica
Direção geral e artística: Rodrigo Cândido Ensaiador e assistente de direção artística: Rivaldo Ferreira Preparação corporal: Rodrigo Cândido e Rivaldo Ferreira Produção artística e executiva: Simone Gonçalves Assistente de produção: Paloma Xavier Interpretes Criadores: Alessandro Saldanha, Marcelino Dutra, Rodrigo Cândido, Rosângela Alves e Vinícius Borges. Interpretes Pesquisadores: Alessandro Saldanha, Bárbara Santos, Felipe Santana, Jeniffer Mendes, Jonatan Vasconcelos, Lainx Dias e Rodrigo Cândido. Artistas Residentes: Alessandro Mesquita, Danilo Estevam, Duda Ryan, Gustavo Cabral e Luan Prado Assessoria de imprensa: Lau Francisco (7Fronteiras) Social mídia: Leticia Justino Designer gráfico: Willian Santana (Aggelos Finikas) Captação e Edição de Vídeo: Ana Guerra (Coletivo Olhares de Guiné) Edição de telas: Vitor Porphirio Trilha Sonora: Vitor Gonçalves Figurino: A Cia Cenografia: Rodrigo Cândido Fotografia e Registro Audiovisual: Henrique Sousa e Will Cavagnolli Edição de Vídeos: Vinicius Borges, Rodrigo Cândido e Vitor Porphirio.
Datas e links de transmissão
A temporada inicia com um bate papo abordando questões sobre como os artistas tem produzido dança no período de isolamento social e qual a importância que as políticas públicas culturais, tem apoiado a produção da classe artística. Vale ressaltar que as lives realizadas no canal do Youtube da Cia. Diversidança serão ao vivo e as demais serão reexibidas nas mídias sociais de espaços, ONGs e estúdios de dança parceiros que atuam na zona sul, região periférica da capital paulista, e ao final das exibições serão disponibilizados links de acesso para realização de bate papo com o público em geral.
Dia 16 de janeiro de 2021, sábado, às 20h – Cia. Diversidança
https://www.youtube.com/c/ciadiversidanca
Dia 19 de janeiro de 2021, terça-feira, às 16h – Escola de Dança Renatha Dornelas https://www.facebook.com/eddancarenathadornelas
Dia 23 de janeiro de 2021, sábado, às 20h – Cia. Diversidança
https://www.youtube.com/c/ciadiversidanca
Dia 26 de janeiro de 2021, terça-feira, às 16h – Estúdio de Dança Diane de Sousa https://www.facebook.com/studiodedancadianesousa
Dia 27 de janeiro de 2021, quarta-feira, às 10h – IMBRA – Instituto Muda Brasil https://www.youtube.com/channel/UCxi7IanAwLcQSF4LNjUERFA
Dia 28 de janeiro de 2021, quinta-feira, às 19h – Centro Cultural Monte Azul
https://www.facebook.com/CentroCulturalMonteAzul
Dia 30 de janeiro de 2021, sábado, às 20h – Cia. Diversidança
https://www.youtube.com/c/ciadiversidanca
Dia 02 de fevereiro de 2021, terça-feira, às 10h – Projeto Casulo
https://www.youtube.com/user/projetocasulosp
Dia 02 de fevereiro de 2021, terça-feira, às 14h – Liga Solidária
https://www.youtube.com/user/ongligasolidaria