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Black Hole de Shamel Pitts é encenada no Itaú Cultural

Crédito da foto: Anna Kazanova

Nos dias 11 e 12 (sexta-feira e sábado), às 21h, e no domingo, 13, às 20h, o coreógrafo norte-americano Shamel Pitts apresenta o espetáculo Black Hole – Thrilogy and Thriatlon, última performance de uma trilogia iniciada em 2015. Construída a partir da linguagem de movimento Gaga – técnica baseada na compreensão e pesquisa de movimento, por meio da conexão entre o corpo e a mente – desenvolvida pelo coreógrafo israelense Ohad Naharin, a apresentação mescla a ação com luz e artes visuais para engajar o público em uma jornada colorida e hipnótica.

Trata-se de uma performance em que três dançarinos negros, com origens na diáspora africana, se unem para criar uma experiência inspirada no vigor, afeto e afro-futurismo. A movimentação coreográfica é influenciada pelo treinamento de Pitss na linguagem Gaga. Umas das principais qualidades de sua pesquisa é a escuta da gravidade e outras forças para experimentar movimentos, contribuindo para a leveza e coloração no corpo e no espaço.

Pitss aplica, na apresentação, o conceito de buraco negro e do ambiente em transformação para criar uma atmosfera de mistério. Os bailarinos exploram o espaço dentro de seus corpos, assim como o espaço entre seus corpos, interagindo com o ambiente cenográfico criado pelo designer de luz Lucca Del Carlo.

Para a apresentação no instituto os bailarinos irão se revezar da seguinte forma: na sexta-feira e no sábado, sobem ao palco da Sala Itaú Cultural: Mirelle Martins, o próprio Pitts e Tushrik Fredericks. No domingo, 13, a mesma formação traz Ricardo Januário no lugar de Fredericks.

Sobre Black Series

A trilogia Black Series, criada e coreografada por Shamel Pitts, foi iniciada em 2015 com Black Box – Little Black Book of RED, um solo dançado e coreografado pelo próprio artista com video-mapping do brasileiro Lucca Del Carlo. Em 2016, Pitssl uniu-se à performer brasileira Mirelle Martins e, novamente, a Carlo, para criar Black Velvet – Arquitetures and Arquetypes. Em 2018, ele concluiu a trilogia com a criação de Black Hole – Thrilogy and Triathlon, somando à equipe, que conta novamente com Carlo e Mirelle, os performers afrodescendentes Tushrik Fredericks, da África do Sul, Ricardo Januário, do Brasil, e Joy-Marie Thompson, americano.

No Brasil, a Trilogia Black Series passou pelo Itaú Cultural e SESC Palladium (Belo Horizonte) em 2015, com Black Box – Little Black Book of RED. Mais tarde, em 2018, Black Velvet – Arquitetures and Arquetypes foi apresentado no Sesc 24 de maio e novamente no Sesc Palladium. Esse ano retorna ao Itaú Cultural com Black Hole – Thrilogy and Triathlon, que também foi apresentado no Festival Cena Brasil Contemporâneo, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro.

Mirelle Martins é natural de Goiânia, Goiás, se formou em Comunicação Social na Universidade de Brasília (UnB) em 2006. Atua como artista, produtora, tradutora e performer. Aos 28 anos, em 2013, começou seus estudos de dança em um curso intensivo da linguagem de movimento Gaga.dancers, em Nova Iorque. Nesta ocasião conheceu Shamel Pitts, artista, dançarino e professor da linguagem. Deste encontro surgiu uma parceria artística para a promoção de aulas de Gaga no Brasil, projeto realizado anualmente desde 2015 com produção de Carolina Amares e onde Mirelle também atua na tradução simultânea das aulas, português-inglês. Em 2016, ela estreou nos palcos com Black Velvet, dueto criado em São Paulo com coreografia de Pitts. Em 2018 participou da criação da performance Black Hole, também com coreografia dele, projeto onde participou, ainda, da criação dos figurinos. Ela seguiu em turnê internacional com os dois trabalhos, com os quais fez apresentações e workshops em diversos festivais, teatros e instituições culturais em cidades como Nova York, Berlim, Telavive, Jerusalém, Atlanta, Singapura, Estocolmo, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Atualmente, está atuando como assistente de Pitts na criação de uma nova coreografia para os bailarinos da São Paulo Companhia de Dança, trabalho com estreia em Outubro 2019.

Tushrik Fredericks é natural de Johanesburgo, África do Sul. Tem experiência principalmente na dança Hip Hop e se atraiu pelo estilo Krump, inicialmente como Clown Dancing ou Clowning (a dança do palhaço). Formou-se no Programa de Certificação Peridance Capezio Center, em Nova York, em 2015, onde recebeu a maior parte de seu treinamento formal. Foi um artista da Sidra Bell Dance New York, de julho de 2015 a junho de 2018, e como professor assistente de Sidra Bell na Universidade das Artes da Filadélfia para estudantes do segundo ano (2016-2018). Dançou pela Ate9 Dance Company, com Danielle Agami, Diretora Artística.

Ricardo Januário é bailarino desde 2006. Iniciou seus estudos em dança em Passos (Minas Gerais) na área de Hip-Hop Freestyle. Em São Paulo, entre 2010 e 2013, estudou Ballet Clássico e Dança contemporânea no Pavilhão D Centro de Artes de Ricardo Scheir. Concluiu, em 2015, o Curso de Formação em Dança pelo Projeto Núcleo Luz – Fábricas de Culturas, sob direção de Chris Belluomini. Entre as companhias de dança contemporânea que trabalhou, estão o Núcleo Omstrab de Fernando Lee, Cia Artista do Corpo, de Dinah Perry e Grupo Batakerê, de Pedro Peu.  Em 2016 integrou o espetáculo Antonia, de Morena Nascimento, e recebeu o prêmio Denilto Gomes de Dança, na Categoria Revelação em Dança. Atualmente, atua como artista independente realizando projetos pessoais, é performer no espetáculo Black Hole, de Shamel Pitts, e instrutor de dança do Instituto Olga Kos.

Shamel Pitts é coreógrafo, performer, bailarino e professor. Em 2018, foi contemplado pelo prêmio Princess Grace, por seu trabalho coreográfico. Nascido no Brooklyn, Nova York, ele começou seu treinamento de dança na La Guardia High School de Música e Arte e Artes Cênicas e, simultaneamente, na The Ailey School. Na sequência de seus estudos, integrou o elenco da companhia Hell's Kitchen Dance de Mikhail Baryshnikov e o BJM_Danse Montreal. Pitts dançou com a Batsheva Dance Company por sete anos, sob direção artística de Ohad Naharin e é professor certificado da linguagem de movimento Gaga, de Ohad Naharin. Criou um tríptico de obras de arte performáticas multidisciplinares intitulado: Black Box: Black Book of Red, destaque no The New York Times, Black Velvet: Arquiteturas e Arquétipos, que recebeu o prêmio Escolha do Público no Festival Fringe de Estocolmo, e Black Hole: Trilogy And Triathlon que recebeu o prêmio CROSS Award Residency IV Edition, na Itália. Foi membro adjunto do corpo docente da Juilliard School e é artista residente na Universidade de Harvard.

Ficha Técnica

Coreografia e concepção: Shamel Pitts (EUA)
Performers: Shamel Pitts (EUA), Mirelle Martins (Brasil) e Tushrik Fredericks (África do Sul),
Ricardo Januário (Brasil)
Desenho de luz e video mapping: Lucca Del Carlo
Figurino: Naomi Maaravi (Israel) e Mirelle Martins (Brazil)
Compositor/ Trilha original: Sivan Jacobovitz (Israel)
Fotografia: Anna Kazanova (Ucrânia/Alemanha)
Vídeo: Ido Cohen (Israel)
Produção Brasil: Carolina Amares e Lia Levin

Serviço

Black Hole – Thrilogy and Triathlon
De 11 a 13 de outubro de 2019
Sexta-feira e sábado, às 21h, domingo, às 20h
Local: Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Bela Vista, São Paulo – SP
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (seios desnudos)
Capacidade: 224 lugares
Ingresso: Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: uma hora antes do evento, com direito a um acompanhante
Público não preferencial: uma hora antes do evento, um ingresso por pessoa
Informações: (11) 2168-1777

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