“Anjos Tortos”, criação do grupo Azougue – Laboratório de Experimentação Cênica, inspirada no artigo ‘Novos Anjos: Iluminações Profanas e Teatro em Caminhões’, do professor de antropologia social da Universidade de São Paulo (USP), John C. Dawsey; “A Flor da Lua”, solo de Marcus Moreno que fala sobre a passagem do tempo usando como metáfora a flor de um cacto, que desabrocha e dura apenas uma noite; e o Master Crews, o maior Festival de Breaking da América Latina, compõem a programação do Cartografia do Possível, do Centro de Referência da Dança (CRDSP), desta semana, respectivamente nos dias 7, 8 e 9/12 (quinta, sexta e sábado). A entrada é gratuita.
Em “Anjos Tortos”, trabalho dirigido por Alicio Amaral e Juliana Pardo, os artistas criadores André Simões, Carolina Moya, Cibele Mateus, Filipe Edmo e Piéra Varin, percorrem um dia na vida de cinco trabalhadores rurais – seus delírios e rituais, o sagrado, a brincadeira, a exaustão -, a partir das corporeidades e sonoridades do cavalo marinho e do maracatu. Com direção musical e desenho de luz também de Alício Amaral, “Anjos Tortos” conta com a colaboração artística de John Dawsey e Fábio Soares da Silva, dramaturgia de Solange Dias, Juliana Pardo e Alício Amaral, e figurino e adereços assinados por Eliseu Weide.
Para sua “A Flor da Lua”, Marcus Moreno busca inspiração na obra da artista e ilustradora botânica Margaret Mee, que em sua última expedição à Amazônia, aos 79 anos, finalmente pode acompanhar e registrar a Flor da Lua explodir para a vida em sua efêmera existência. Tal como a flor da lua nasce e perdura por uma única noite, a dança, em capítulos breves, vai se constituindo a partir do instante presente e se expande a caminho do encerro. Criado dentro do Programa de Residência Artística da Casa das Caldeiras, o trabalho conta com a colaboração cênica de Key Sawao, luz de Calu Zabel e trilha original do músico Manuel Pessôa de Lima.
De caráter expositivo e competitivo, o Master Crews foi criado por José Bispo de Assis, o “Bispo SB”, e Fernando Moratore “Mr-Fe”, em 2002. O evento, em sua última edição, teve a presença de mais de quatro mil pessoas que circularam pelas dependências do CRDSP em três dias de realização. Este ano, o Festival acontece o dia todo, com batalhas/shows individuais de dança, Encontro Nacional de representantes das Danças ligadas à Cultura Hip-Hop e Cyphers/Círculos de interação. Aberto à participação de todos, as inscrições começam às 10h e o evento se estende até às 19h.
Crédito da foto: Ricardo Avelllar
Serviço
Cartografia do Possível
De 07 a 09 de dezembro de 2017
Quinta a sábado, às 19h
Local: Centro de Referência da Dança de São Paulo – CRDSP
Baixos do Viaduto do Chá, s/n – República – São Paulo/SP
(acesso pela Rua Formosa, próximo a estação Anhangabaú do Metro).
Ingresso: Grátis
Informações: (11) 3214-3249 | 95301-3769
Programação
7/12, às 19h
“Anjos Tortos”, de Azougue – Laboratório de Experimentação Cênicai
Sala Ivonice Satie
Duração: 60 Minutos
Lotação: 60 lugares
Classificação indicativa: livre
8/12, às 19h
“A Flor da Lua”, de Marcus Moreno
Sala Ivonice Satie
Duração: 40 Minutos
Lotação: 60 lugares
Classificação indicativa: Livre
9/12, das 10h às 19h
“Master Crews”, Festrival de Breaking, de“Bispo SB” e “Mr-Fe”
Todas as dependências do CRDSP
Classificação indicativa: livre
Duração: 9 horas