O espetáculo “Ásia: uma odisseia milenar” aborda os aspectos culturais e históricos deste continente milenar.
Para abordar o tema, foram escolhidos 7 países com características emblemáticas: Rússia, Coreia, China, Japão, Turquia e Israel.
Buscando de forma coerente tratar destas nações, as coreografias foram baseadas, em grande maioria, em um princípio grupal privilegiando entradas e saídas constantes e formações geométricas bem definidas no espaço. O uso de adereços alusivos a países específicos será frequente.
A abertura do espetáculo traz uma proposta coreográfica de evolução, formações em fila, em “x”, com aspecto militar pelas marchas e pelo uso de bandeiras.
A coreografia seguinte traz um grupo grande que reúne as concepções de formação do mundo segundo as visões das principais religiões dos países tratados. São três teorias em intensa simbiose: o Yin Yang, dos opostos complementares; o Criacionismo; e por fim os deuses hinduístas. É o caos seguido da integração; o Deus onipotente que cria o Homem e a Mulher; e os deuses de múltiplos membros.
Ensejando a última concepção de criação abordada, é a vez da Índia desfilar sua vastidão cultural representada por dois símbolos absolutos da natureza e da forte crença desse povo: a flor de lótus, trazida por um corpo de baile inteiramente infantil e rio Ganges, evocado pela dança popular indiana feliz e colorida em um quinteto de garotas intermediárias que trazem o objeto de oferenda – barquinhos – situado no representante máximo das águas da bacia dentro da apresentação: um tecido azul que atravessa o palco de uma extremidade a outra de sua largura e finaliza esta abordagem para iniciar a de um outro país: a Rússia.
Começamos a tratar da terra do ballet clássico referindo-se à sua origem viking, simbolizada pela referência aos ágeis langskips, embarcações usadas pelos conhecidos povos “bárbaros” com uma coreografia de roupagem moderna. Já introduzido o caráter histórico, o grupo seguinte coreografado em um ballet de repertório, a Valsa das Flores, exalta a enorme importância e fundamental papel do ballet clássico na Rússia, sede das maiores companhias de ballet do mundo como o Bolshoi.
Após, voltando-se ao aspecto de hábitos e costumes do povo russo, traremos um dueto infantil a representar as pequeninas matrioskas – bonecas russas, que darão passagem à volta do grupo Langskips agora com a folclórica dança a caráter, a partir da qual finalizamos a abordagem da Rússia para iniciar o tratado mais contemporâneo de um novo país: a Coreia, com seu animado e moderno K-pop, apresentação única da cultura coreana neste 1º ato.
O país sucessor a Coreia é Israel, visto pelo seu caráter mais forte: a crença religiosa compilou o Judaísmo e baseou o Cristianismo, na qual fé e história se misturam. Apresentamos o povo israelita por meio do fluxo histórico que começa com o cativeiro no Egito, aqui dançado por um grupo intermediário em uma coreografia de embasamento moderno, do qual sai um solista que personifica Moisés, passando pela abertura do Mar Vermelho, sequenciando a libertação desse povo com um solo feminino de um Anjo celebrada pelo mesmo grupo de cativos agora livres na dança circular Hadaká, rememorando os tempos gloriosos de Israel e o encerramos.
Fortemente representada pelo Belly Dance e pela dança moderna de movimentos fluidos, a Turquia vem representando sua cultura e natureza árabes dos desertos, dos mercados e do universo lendário dos tapetes voadores, dos sultões e das mil e uma noites envolvidas em um clima misto de mistério e mágica. As coreografias são grupais nos três primeiros aspectos e seguidas de solos e grand pas de deux para sultão e a Sherazzade.
Finalizada a Turquia, é o momento de surgir as milenares sociedades da China e do Japão. A segunda surge em primeiro lugar com a sua mais significativa associação: terra do Sol nascente. Centralizada nessa figuração, a coreografia começa com o solo feminino que se integra, logo após, a um quarteto: os catadores de arroz com movimentos de deslocamento e interação superando os de complexidade técnica. Seguindo a ordem coreográfica, vemos um solo que codifica em dança a figura plácida dos monges que dá espaço depois de concluído a um grande grupo infantil de Pequenas Artistas vestido caracteristicamente.
Encerramos a proposta coreográfica japonesa com um quarteto de nível técnico mais avançado que retratará a arte dos origamis.
Concluindo o 1º ato, está a China, introduzida pela sua imponente muralha, um grupo que se deslocará pelo palco evocando a imagem da milenar construção simultaneamente à movimentação do emblemático dragão chinês, por um outro grupo. Somados, ambos ocuparão o palco conseguintemente dançando o Tai Chi Chuan.
Simbolizando fortes elementos da cultura chinesa seguem-se dois solos: o primeiro utilizando-se o leque e o segundo com os abanos tradicionais.
Adentrando o imaginário mítico chinês, desembrenhamos a lenda do Qixi que rege o dia dos namorados na China e os costumes a ele ligados. Assim, vemos acontecer uma coreografia de grupo com uso de lanternas de papel, que introduz e se integra a um dueto que sinaliza o final do 1º ato.
A conclusão do espetáculo acontece no 2º ato com um grande flash mob unindo todos os bailarinos sob a dança pop coreana, o k-pop.
Com este retrato contemporâneo de sociedades tão antigas, o nosso Festival conclui o trabalho desenvolvido em nossas classes no ano de 2015.
SERVIÇO
Ásia: uma odisseia milenar
Academia Arte de Dançar
Dias 21 e 22 de dezembro de 2015
Segunda e terça, às 20h
Local: Teatro Margarida Ribeiro
Rua José Pereira Mascarenhas, nº 409 – Capuchinhos – Feira de Santana/BA
Informações: (75) 99981.5071 (Whatsapp) e (75) 98320.9302
Ingressos: Grátis. Atenção: Os interessados devem enviar email para dancacad.adm@gmail.com com o seu nome e de acompanhantes se for o caso, especificando a data em que comparecerá: dia 21 ou 22/12. Terão até as 23h59 do dia 20/12 para enviar seus nomes que comporão uma lista que ficará na portaria do Teatro disponível para identificação.