Em outubro, Ensaios de Fruição entra no universo da dança e acompanha o processo de criação da Cia Dançurbana

Crédito da foto: Reginaldo Borges

O Itaú Cultural realiza uma nova rodada do Ensaios de Fruição em outubro, desta vez voltado à criação em dança. Realizada aos sábados, a programação virtual apresenta nos dias 2, 9 e 16, sempre às 15h, a Cia Dançurbana, do Mato Grosso do Sul, que compartilha, ao vivo, o desenvolvimento do novo projeto do grupo. De Passagem – Outras Paisagens aborda a movimentação pela localidade onde se vive e a relação afetiva com ela, ambas impactadas pelo isolamento decorrente da pandemia de Covid 19. 

A proposta do Ensaios de Fruição é oferecer uma experiência a novos e antigos públicos das artes cênicas de acompanhar os processos de criação de espetáculos que ainda irão estrear. A programação é gratuita e realizada pela plataforma Zoom, contando sempre com interpretação em Libras. Os interessados devem reservar seus ingressos pela Sympla. Mais informações no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br. 

Os artistas que compõem a companhia estão habituados a abrir ao público as etapas de criação de seus novos projetos. Na programação do Itaú Cultural compartilham virtualmente as questões que os vêm mobilizando no processo de montagem do espetáculo, dirigido por Marcos Mattos. A coreografia faz um trajeto reflexivo e afetivo pelo lugar no qual se vive, se move, se desloca, se ocupa, se atravessa e onde se é atravessado, questionando o lugar de encontro em tempos de pandemia, as mobilidades que a dança oportuniza e como ser dançado ou dançada pela cidade. 

Nos encontros com o público, a equipe de artistas e pesquisadores da companhia compartilha a pesquisa feita, por meio de conversas e experimentações sobre procedimentos artísticos. A ideia é investigar a percepção dos participantes a respeito da criação a partir dos temas-tríade: cidade, mobilidade e pandemia. 

Sobre o grupo

A Cia Dançurbana foi criada em 2002, como ponto de encontro para jovens participantes de projetos sociais. O grupo se configurava como um espaço de preparação profissional, com foco nas vivências das danças urbanas. De lá pra cá, trilhou processos e estudos nas danças contemporâneas, para expandir práticas, discursos e leituras de mundo. Já estreou 17 obras de dança, sendo seis solos, e mais de 20 coreografias. Hoje, atua no cenário de Mato Grosso do Sul, articulando ações em rede e trabalhando de modo colaborativo com grupos, coletivos, instituições, artistas e trabalhadores da área, em busca da promoção e valorização da arte e cultura.

Sobre os integrantes da companhia

Adailson Dagher é bailarino, intérprete, criador, colaborador, envolvido com o movimento na dança e na sua graduação em Educação Física. Começou nas danças urbanas, mas sempre permeando a dança contemporânea e as técnicas de improviso como estudo e pesquisa corporal. Integra a Cia. Dançurbana desde 2008. 

Ariane Nogueira é intérprete-criadora, professora e pesquisadora, mulher preta que produz movências em Campo Grande. Se interessa pela dramaturgia do corpo através das matrizes corporais afro-brasileiras, onde iniciou seus estudos na graduação (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS) e pós graduação (Universidade Federal da Bahia – UFBA). Está embalada pelos coletivos Cia Dançurbana, Coletivos FEMME e Conectivo Corpomancia. 

Irineu Júnior é artista sul-mato-grossense, profissional de Educação Física e pós-graduado em Dança. Transita entre as danças urbanas, a dança contemporânea e o teatro. É intérprete-criador, coreógrafo, professor e diretor em grupos e cias independentes de Campo Grande.

Jackeline Mourão é artista da dança, professora, pesquisadora e se aventura em produções audiovisuais. Integra a Cia Dançurbana desde 2011. Também colabora com o Plataforme-se, projeto e plataforma virtual de produção em dança a partir dos diversos processos de relação entre corpo, câmera e cidade. É idealizadora do projeto Sala de Visita, onde recebe artistas de outras linguagens para visitar sua casa e criar/apresentar em tempo real. Atualmente ministra aulas online de Treinamento Físico + Dança.

Livia Lopes é artista da dança, professora de arte, produtora e gestora da CUFA – Central Única das Favelas do Mato Grosso do Sul. É graduada em Artes Cênicas e Dança na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS e Pós – Graduanda em Arte e Educação pela Uniasselvi de Ensino à Distância. Faz parte do corpo dançante da Cia Dançurbana há dez anos, além de coordenar o núcleo de comunicação da companhia. Integra o Coletivo FEMME e promove a cultura Twerk, com aulas de iniciação ao rebolado e empoderamento feminino em Campo Grande.

Maura Menezes é interprete-criadora, assistente de produção e integrante do Coletivo FEMME, em Campo Grande, graduada em Psicologia pela Centro Acadêmico do Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN. Transita entre a produção cultural e a cena, conhecendo a improvisação como modo de composição em dança e potencialização de ser e estar no mundo.

Ralfer Campagna é artista da dança, pesquisador e produtor cultural. Estuda criação e improvisação em dança e videodança. É especialista em estudos contemporâneos pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e graduado em educação física pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS. Integra a Cia Dançurbana e idealizou o projeto Plataformese, plataforma de fricção entre a dança e o audiovisual.

Reginaldo Borges integra a Cia Dançurbana. É profissional de Educação Física, artista da dança e do vídeo e pesquisador de movimento aliado a tecnologia. Atraído pelas possibilidades de manipulação do movimento, tempo/espaço através do software, propõe interações do corpo com a tela por meio do mapping, video e trilha sonora. 

Renata Leoni faz produção artística, dramaturgia e direção de espetáculos. Se interessa por improvisação em dança e pelo tema das redes, descoberto no fluxo interativo das amizades dançantes. É especialista em dança. Integra o Conectivo Corpomancia, a Cia Dançurbana e a associação de produtores Arado Cultural, em Campo Grande.

Roberta Siqueira se move como artista da dança e produtora cultural. É graduada em Administração e especialista em Dança. Está conectada à Cia Dançurbana, à Arado Cultural e ao Conectivo Corpomancia. Em sua trajetória tem se aprofundado na improvisação como modo de composição e nos estudos que atravessam o corpo. 

Rosely Mendonça é artista dançante, movedora, colaboradora, bailarina, intérprete criadora. Graduanda em Licenciatura em Dança pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, integra a Cia Dançurbana e o Coletivo Femme em Campo Grande.

Serviço

Ensaios de Fruição com Cia Dançurbana (MS)
Dias 2, 9 e 16 de outubro de 2021
Sábados, às 15h
Local: Virtualmente – plataforma Zoom
Ingresso: Gratuito – Reserva de ingressos via Sympla
Capacidade: 270 pessoas
Duração total: 120 minutos aproximadamente
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos (violência verbal)
Mais informações: www.itaucultural.org.br