Biz Cia de Dança leva para o palco reflexões sobre machismo na sociedade contemporânea
Homem não chora! Homem é forte! Homem não tem medo de nada! Homem pode tudo! Essas frases eram comuns (e ainda o são) na criação e educação dos meninos. Além de estabelecerem regras que nada têm a ver com a realidade humana, são altamente cruéis e castradoras. Não permitem ao homem expressar sentimentos e, em última instância, perpetuam o machismo na sociedade contemporânea.
O espetáculo de dança Como (des)construir um macho?, da Biz Cia de Dança, inspirado no manifesto “Homens, Libertem-se!” (do movimento Men Get Free, do Coletivo Mo[vi]mento MG/RJ, em parceria com o grupo de teatro The Living Theatre, de Nova York) traz uma discussão pertinente aos dias atuais, sobre como o machismo masculino está longe de ser uma questão superada no Brasil e no mundo.
A narrativa propõe ao espectador que reflita o quanto se tem de construção social em ser homem; ou ainda, se é possível desempenhar o papel de colaborador junto à mulher, quando não se recebeu educação para tal função! Também traz questionamentos sobre o medo de se deixar dominar pelas emoções, aproximando-se, assim, de características tidas como do sexo feminino e, desta forma, o quanto o homem sofre e se limita em expressar sua subjetividade e afetividade!
“Ao buscar se libertar do cárcere da opressão e repressão, faz com que o homem mergulhe dentro de si e manifeste seu lado mais sensível, mais frágil, mais obscuro, mais incerto, mais humano e talvez o mais belo”, avalia André Bizerra, idealizador e diretor do espetáculo.
Oficinas
O espetáculo Como (des)construir um macho?, da Biz Cia de Dança convida os participantes a experimentarem várias dinâmicas e exercícios presentes no processo de criação da obra. Entre elas estão dinâmicas, jogos de improvisos e sequências coreográficas, além de criações de partituras pela leitura do manifesto “Homens Libertem-se”.
O exercício é todo orientado pelos intérpretes da Biz Cia de Dança, sendo que a oficina tem sempre, no máximo, 20 vagas, sendo selecionados participantes por ordem de inscrição.
São ministradas por 2 integrantes da companhia, que, por meio de exibição de vídeos, dinâmicas e exercícios de sensibilização e criação buscarão aproximar o público do processo de Como (des)construir um macho? e da discussão sobre machismo.
Encontros Reflexivos
O Encontro Reflexivo tem como objetivo fomentar a discussão sobre o machismo, mediado pelos professores doutores Odilon Roble, filósofo, Mestre e Doutor em Educação pela UNICAMP e Docente do Departamento de EFI e Humanidades da Unicamp; e Adriana Taets, antropóloga, Cientista Social pela Universidade de São Paulo (2006) é Mestre e Doutora em Antropologia Social pela Universidade São Paulo. É pesquisadora do Coletivo ASA: Artes, Saberes e Antropologia, grupo de pesquisa do CNPQ/USP e professora no ensino superior na Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá /FEPI.
Ficha Técnica
Como (des)construir um macho?
Coreografia e direção: André Bizerra
Elenco: André Bizerra, Guilherme Akio, Leo Oliveira, Binho Signorelli, Taiane Klein
Técnico (iluminação e sonoplastia): Marcia Mayumi Ninomiya
Trilha: colagem musical
Fotografia: Leonardo Pavini
Produção: Taiane Klein
Filósofo convidado: Odilon Roble
Antropóloga convidada: Adriana Taets
Sobre a Biz Cia de Dança
Em 2009, o bailarino André Bizerra criou um grupo de dança sediado na cidade de Santo André, região do ABC Paulista, com intuito de realizar suas pesquisas em Dança Contemporânea. Assim, a Biz Cia de Dança tem por objetivo criar espetáculos autorais, buscando criar um código próprio de movimento que resulte numa estética pautada no suprassensível da arte, abordando diferentes técnicas de trabalho.Atualmente, a Biz Cia de Dança conta com a direção de André Bizerra e os intérpretes: Binho Signorelli, Guilherme Akio, Léo Oliveira e Taiane Klein e ensaia na Escola Livre de Dança de Santo André, de acordo com edital Okupa da Prefeitura Municipal de Santo André.
Prêmios
O grupo Biz Cia de Dança foi contemplado em 2018 no edital de cultura do estado de São Paulo (PROAC), na categoria circulação de espetáculo, em 2015 e 2017 no festival de dança ABCDANÇA, contemplado edital de ocupação do Centro de Referência da Dança na cidade de São Paulo e participou do festival Satyrianas – DançaMIX. Em 2014 participou da Mostra de Dança Contemporânea de Santo André e apresentação no SESC de São José dos Campos. No ano de 2013 contemplado no edital de cultura do estado de São Paulo (PROAC), na categoria primeiras obras com o trabalho “Nu.CIO”, circulando nas cidades: São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André e Diadema, e, em 2009 o grupo levava o nome de Grupo Etymus que também foi contemplado no Edital de cultura da cidade de Santo André – ENCASA (Encontro Nacional de Cultura das Artes Cênicas de Santo André) com o trabalho “FARDO”.
Crédito da foto: Leonardo Pavini
Serviço/Agenda
Como (des)construir um macho?
Biz Cia de Dança
Dia 16 de maio de 2019
Quinta, às 19h
Local: Mediotec da Fundação das Artes de São Caetano do Sul – Estação Jovem
Rua Serafim Constantino, São Caetano do Sul – SP
Ingresso: (evento fechado para a instituição)
Dia 22 de maio de 2019
Quarta, às 20h
Local: Teatro Municipal de Mauá
R. Gabriel Marques, 353 – Vila Noemia – Mauá – SP
Ingresso: Grátis
Dia 25 de maio de 2019
Sábado, worksho – 14h, espetáculo – 17h
Local: Escola Livre de Dança ELD
Rua Eduardo Monteiro, 401 – Bela Vista – Santo André – SP
Ingresso: (evento fechado para a instituição)
Dia 30 de maio de 2019
Quinta, Workshop às 16h, Apresentação às 21h
Local: ETEC das Artes – Prédio II
Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana, São Paulo – SP
Ingresso: (evento fechado para a instituição)
Dia 01 de junho de 2019
Sábado, às 19h
Local: Teatro Municipal Santo André
Praça IV Centenário, 04 – Centro, Santo André – SP
Ingresso: Grátis
Dia 22 de junho de 2019
Sábado, às 20h
Local: Coletivo 302 de Cubatão, Galpão Cultural
Novo Parque Anilinas (33,07 km) – Cubatão – SP
Ingresso: Grátis
Dia 13 de julho de 2019
Sábado, às 20h
Local: Teatro Galpão
R. Luiza Marcondes de Oliveira, 2750 – Parque das Nações, Pindamonhangaba – SP
Ingresso: Grátis