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9º FCD – Festival Contemporâneo de Dança faz sua edição de resistência

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Foto: Humberto Araujo/Divulgação

Centro Cultural Olido, Sesc Bom Retiro e CRD – Centro de Referência da Dança recebem o Festival entre 31 de outubro e 13 de novembro.

O 9º FCD – Festival Contemporâneo de Dança nasce como um símbolo de resistência ao momento atual da cultura brasileira. Planejado para manter o tamanho da programação das edições anteriores, o Festival só acontece em 2016 graças às parcerias com artistas, produtores, e alguns apoiadores que visionam um futuro melhor e para isso não abrem mão de realizar essa nona edição.

A intenção do FDC em 2016, é reunir artistas interessados em experimentar dança como reinvenção do espaço comum, movimentando modos de perceber e potencializar nossos campos relacionais. Que alternativas de convívio, conexão e partilha podemos tramar em tempos de crise? Como transformar um contexto tão adverso para a arte e a cultura? Que outras formas de afeto são possíveis e necessárias diante de um cenário cada vez mais tenso, violento e voltado aos encontros efêmeros, ao êxito individual e ao aniquilamento da arte como laboratório do comum?

No Centro Cultural Olido, na Sala Paissandu, espaço que acolhe o Festival desde sua primeira edição em 2008, serão apresentados quatro trabalhos: Sakinan, do coreógrafo francês Christian Rizzo, junto ao turco Kerem Gelebek – bailarino e performer que o acompanha desde 2008 em vários projetos – propõe um enfoque afetivo sobre a melancolia e exílio, que durante o processo deixou de ter o significado apenas de expatriação e território, e passou a significar exilar-se de si mesmo. Christian Rizzo é hoje um dos nomes mais importantes das artes performativas francesas. Em Janeiro de 2016, Rizzo foi nomeado diretor do Centro Coreográfico Nacional de Montepellier Languedoc-Rouillon.

Ainda no Centro Cultural Olido, o artista brasileiro residente em Paris, Wagner Schwartz, apresenta três espetáculos: La Bête, Piranha e Transobjeto. Seus trabalhos coreográficos são fortemente influenciados pela literatura e cada qual problematiza as experiências do estrangeiro entre línguas, culturas, cidades e instituições através de um procedimento definido como “dramaturgia da migração”. Schwartz trabalha com dança contemporânea e vale-se dos modos de composição de texto, som e imagem para fazer visível a fisicalidade de seus experimentos.

Em La Bête, Schwartz manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série Bichos (1960), de Lygia Clark. O objeto permite a articulação das diferentes partes do seu corpo através de suas dobradiças. Piranha é a metáfora de um corpo em reclusão. Ele se agita nevralgicamente, entre uma dinâmica voluntária e involuntária, sitiado por uma composição de ruídos digitais. O fluxo de movimento que se enreda sob um feixe de luz desdobra, em seu próprio corpo e no espaço, as variações sutis de uma rave, de uma guerra, de uma possessão, de um susto, de uma morte. Transobjeto traz, em sua proposta cênica e contextual, a complexidade do pensamento colonial brasileiro, tematiza questões políticas de migração, identidade, ideologia, exílio, questionando artisticamente seus efeitos e rastros na sociedade contemporânea.

No Sesc Bom Retiro, o espetáculo Satélites, da dupla portuguesa Sofia Dias e Vítor Roriz, indaga a noção do periférico, dando continuidade à pesquisa sobre a palavra como matéria maleável que caracteriza a obra dos artistas. Nessa obra, a maleabilidade traduzida no corpo oscilante entre sujeito e objeto; a cenografia enquanto elemento móvel; a voz e o canto como aquilo que “extravasa” dos corpos. Sobre o espetáculo, a dupla explica: “Satélites é uma imagem para o que é periférico, para o movimento da e na periferia. Um movimento em relação a um centro que nunca se nomeia e cujo lugar não se determina. Porém, não interessa mais o centro que a periferia, mas a possibilidade de se influenciarem reciprocamente. Pensamos, então, no movimento da periferia como uma narrativa sobre o centro. Um centro de contornos imprecisos, uma nebulosa a partir da qual a narrativa vai adivinhando e distorcendo formas.”

Em 2016, o Festival preparou uma programação especial para o CRD – Centro de Referência da Dança, espaço simbólico para a dança na cidade de São Paulo, voltado à convivência, ao diálogo, à pesquisa e à troca de informações em dança. O Terreyro Coreográfico, de Daniel Kairóz, abre o Festivalno dia 31 de outubro com Celebração, um ritual artístico com muita comida, dança e música para renovar a vitalidade da dança. As coreografias dessa ação se articulam sempre com acontecimentos sazonais, mudanças de estação, aniversários de vida e de morte, dias sagrados, datas comemorativas. Para a abertura do FCD, o foco são as festas mexicanas do Dia dos Mortos e as versões brasileiras do Dia das Bruxas e o Dia do Saci.

Dentro da 9ª edição do Festival Contemporâneo de Dança, durante duas semanas (de 1 a 12 de novembro), acontece a 6ª Plataforma Exercícios Compartilhados. A Plataforma, coordenada pela coreógrafa Adriana Grechi, com a participação de dois provocadores convidados, reúne anualmente durante seis meses 20 artistas/intérpretes de diversas formações, para uma residência artística, onde os integrantes fazem uma imersão em seus processos de trabalho. Ao final desse período, os residentes apresentam seus trabalhos em uma Mostra Aberta ao público, ainda em fase processual, resultado das provocações artísticas que foram sendo somadas ao longo do projeto. Em 2016 pela primeira vez a Mostra Exercícios Compartilhados passa a fazer parte da programação regular do FCD, como uma das principais ações de Formação Artística do Festival.

Oficinas e bate-papo

Os artistas Sofia Dias e Vítor Roriz, Wagner Schwartz e Christian Rizzo, realizam durante o festival três oficinas de criação voltada à formação e à qualificação artística, onde procuram compartilhar com estudantes, professores e pesquisadores de artes cênicas seus processos de criação.

Além das oficinas, o festival promove um bate-papo com Christian Rizzo que fala sobre sua proposta artística e experiência como diretor do centro coreográfico de Montpellier.

PROGRAMAÇÃO 9º Festival Contemporâneo de dança

CELEBRAÇÃO
Terreyro Coreográfico – Daniel Kairoz
31 de outubro, segunda, às 17h
CRD – Centro de Referência da Dança

Terreyro Coreográfico realizará uma celebração de abertura dos trabalhos do FCD e de encerramento do projeto Cerco Coreográfico~Coisa, dando início à primeira edição do Disseminário Coreográfico. Devorando as tradicionais festas mexicanas do Dia dos Mortos e as versões brasileiras do Dia das Bruxas e o Dia do Saci, criaremos um rito coreográfico para celebrarmos e agradecermos nossos mortos e ancestrais com muita comida, dança e música. Um encontro COROPOLÍTICO!

Terreyro Coreográfico promove experiências alternativas para perceber, pensar e trabalhar a cidade a partir de uma perspectiva coreográfica, transmutando o terreno em Terreyro, a fim de produzir outros modos de habitar e cultivar o espaço público.

MOSTRA 6ª PLATAFORMA EXERCÍCIOS COMPARTILHADOS
De 1 a 12 de novembro, segunda a sábado, às 19h
CRD – Centro de Referência da Dança

A Mostra da 6ª edição da Plataforma Exercícios Compartilhados reúne 20 artistas da dança com formações e propostas diversas que ocuparão durante duas semanas o CRD partilhando com o público seus respectivos processos artísticos. Durante os seis meses de duração da Plataforma, os integrantes friccionam seus processos criativos com os demais, dividindo interesses, proposições e práticas artísticas e experimentam questões relacionadas à necessidade de cada dança estar no mundo. Desenvolvendo a escuta, a empatia e a reflexão, testam procedimentos e ferramentas criativas, focos investigativos, corporeidades, presenças e dramaturgias.

Plataforma Exercícios Compartilhados – No intuito de fomentar diálogos artísticos que repensassem os contextos de criação na dança e a invenção de formas alternativas de convívio, a Plataforma se originou há dez anos no projeto Bazar Utopias, idealizado por Adriana Grechi. Atualizando seu formato nas edições seguintes, a iniciativa se firmou como um contexto de encontro, criação e reflexão que já beneficiou mais de oitenta artistas – selecionados entre quatrocentos inscritos – com a orientação de sua fundadora e a provocação dos artistas e dramaturgistas convidados Marcelo Gabriel, Taoufiq Izzediou, Rosa Hercoles, Robert Steijn e Marcelo Evelin.

6ª Plataforma Exercícios Compartilhados | Artistas integrantes: Aline Brasil, Carolina Canteli, Carolina Sudati, Djalma Moura, Felipe Teixeira, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Ilana Elkis, Lais Taufic, Layla Bucaretchi, Leandro de Souza, Lívia Seixas, Luiz Claudio Faria, Marina Dubia, Patrícia Bergantin, Pedro Galiza, T. Angel, Talita Vinagre, Thais de Menezes, Thaís Di Marco, Simone Martins | Coordenação e orientação: Adriana Grechi | Participarão como provocadores desta edição a dramaturgista de dança Rosa Hercoles e o coreógrafo Alejandro Ahmed.

SAKINAN
Christian Rizzo (França)
De 4 a 6 de novembro, sexta e sábado, às 20h e domingo, às 19h
Centro Cultural Olido
Duração: 55 min | Classificação: livre

Em Sakinan, o coreógrafo francês Christian Rizzo se propôs a indagar a noção de melancolia – experimentada como a acolhida do luto na busca por um sentido vital – e a questão do exílio para além da sua significação territorial. Junto ao bailarino turco Kerem Gelebek, parceiro artístico de Rizzo desde 2008, o trabalho se desdobra em uma série de imagens ou unidades de experimentação que se organizam provisoriamente em um dispositivo simples à maneira de haicais ou rascunhos de um diário íntimo, formando uma coletânea de axiomas gerados através do movimento.

Christian Rizzo inicia sua trajetória artística em Toulouse montando uma banda de rock e uma grife de roupas. Se forma em artes plásticas em Nice e na década de noventa colabora com os coreógrafos Mathilde Monnier, Hervé Robbe, Mark Tompkins, Georges Appaix, Vera Mantero, Catherine Contour, Emmanuelle Huynh e Rachid Ouramdane, criando trilhas sonoras e/ou figurinos. Em 1996 funda a Association Fragile e, desde então, desenvolve mais de trinta performances e atividades pedagógicas em distintas instituições europeias e amplia sua ação profissional nas áreas de moda e artes plásticas. Em 2015 assume a direção do Institut Chorégraphique International, cujo programa propõe uma abordagem transversal da criação e a educação artísticas.

Concepção, coreografia e cenografia: Christian Rizzo | performance: Kerem Gelebek | desenho de luz: Caty Olive | operação de luz: Érik Houllier ou Jean-Michel Hugo | produção executiva: l’association fragile

WAGNER SCHWARTZ (França/Brasil)
LA BÊTE (O BICHO)
11 de novembro, sexta, às 20h
Centro Cultural Olido
Duração (aproximada): 50 min | Classificação: 16 anos

Em La Bête, Schwartz manipula uma réplica de plástico de uma das esculturas da série Bichos (1960), de Lygia Clark. O objeto permite a articulação das diferentes partes do seu corpo através de suas dobradiças. O público será convidado a participar.

Wagner Schwartz Coreógrafo, performer, escritor, baseado em Paris e São Paulo, foi selecionado pelo Rumos Itaú Cultural Dança em 2000/2001, 2003/2004, 2009/2010 e 2014. Seus projetos têm sido estudados em publicações dentro e fora do Brasil, como no livro de Jussara Sobreira Setenta, O fazer-dizer do corpo: dança e performatividade, ou em Am Rand der Körper: Inventuren des Unabgeschlossenen im zeitgenössischen Tanz (À borda do corpo: inventários da dança contemporânea inacabada), de Susanne Foellmer. É criador do espetáculo solo e do livro Piranha, ganhador do prêmio APCA de Melhor Projeto Artístico de 2012 e indicado aos 10 melhores do ano pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Concepção e performance: Wagner Schwartz | direção técnica, iluminação: (2005) Alexandre Molina (2015) Diego Gonçalves | objeto: réplica da estrutura Bicho, de Lygia Clark | acompanhamento final de projeto (2005): Maíra Spanghero | realizado com o apoio do Fórum Internacional de Dança (FID) / Território Minas

WAGNER SCHWARTZ (França/Brasil)
PIRANHA
12 de novembro, sábado, às 20h
Centro Cultural Olido
Duração: 45 min | Classificação: livre

Piranha é a metáfora de um corpo em reclusão. Ele se agita nevralgicamente, entre uma dinâmica voluntária e involuntária, sitiado por uma composição de ruídos digitais. O fluxo de movimento que se enreda sob um feixe de luz desdobra, em seu próprio corpo e no espaço, as variações sutis de uma rave, de uma guerra, de uma possessão, de um susto, de uma morte.

Concepção, texto e performance: Wagner Schwartz | direção técnica, iluminação: Diego Gonçalves | produção: Gabriela Gonçalves/Núcleo Corpo Rastreado | realizado com subsídio do Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010 | prêmio APCA de Melhor Projeto Artístico em 2012.

WAGNER SCHWARTZ (França/Brasil)
TRANSOBJETO
13 de novembro, domingo, às 19h
Centro Cultural Olido
Duração: 35 min | Classificação: livre

A proposição de transobjeto, do artista brasileiro Hélio Oiticica, fundamenta-se na apropriação da estrutura implícita de um objeto nomeado. Ao concretizá-la como representação física de uma ideia sensível, o Transobjeto enuncia a possibilidade de uma nova experiência. A afinidade que aquele elemento mantém com o lugar que primeiramente ocupava não é qualitativa ou funcional para sua problematização. Independente de identidades plurissignificativas, multicodificadas, poderia o Transobjeto ser observado ubiquamente ou como fragmento constituinte de uma ocupação da realidade? As interferências culturais brasileiras apresentadas nas quatro instâncias do espetáculo articulam-se dentro de uma concepção artístico-metodológica do Modernismo no Brasil, da Antropofagia, do Concretismo, Neoconcretismo, da Tropicália e de suas conexões com as expectativas estéticas oriundas do “novo”. Título em 2004: Wagner Ribot Pina Miranda Xavier Le Schwartz Transobjeto

Concepção e performance: Wagner Schwartz | direção técnica, iluminação: (2004) Alexandre Molina, (2014) Diego Gonçalves | objetos: Caroliny Pereira, Fauster Martins, Ciro Schu, Remontagem (2014): Ana Teixeira, Cláudia Müller | produção: Gabriela Gonçalves/Núcleo Corpo Rastreado | A remontagem de Transobjeto foi feita em 2014 em uma residência na unidade SESC Santo Amaro, idealizada pelo programador e curador Marcos Villas Boas. Em 2013, Transobjeto 10 anos recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna para circulação.

SATÉLITES
Sofia Dias e Vítor Roriz (Portugal)
12 e 13 de novembro, sábado, às 21h e domingo, às 19h
SESC Bom Retiro
Duração: 60 min | Classificação: livre

Satélites é um espetáculo de dança para quatro intérpretes. Neste projeto, Sofia Dias e Vítor Roriz continuam investigando a palavra como matéria maleável, o corpo na sua oscilação entre sujeito e objeto da cena, a cenografia enquanto elemento móvel e o canto e a voz como aquilo que extravasa os corpos. Repetição, transformação e simultaneidade são as ferramentas utilizadas pela dupla no desenvolvimento de seu material coreográfico que se destaca pela precisão, a obsessão e o desvio das lógicas habituais de composição e interpretação.

Sofia Dias e Vítor Roriz são artistas independentes. Desde 2006 se dedicam à pesquisa e à concepção de performances, apresentadas em mais de quatorze países. Ministram aulas no Fórum Dança/PEPCC (PT) e na ESAD-Caldas da Raínha (PT) e promovem oficinas, residências e encontros de intercâmbio e reflexão entre artistas, entre os que se destaca o Aware, realizado no contexto do Festival Alkantara em 2014. São artistas associados a Materiais Diversos e O Espaço do Tempo.

Direção artística: Sofia Dias & Vítor Roriz | interpretação: Clément Garcia, Raúl Maia, Sofia Dias, Vítor Roriz | cenografia e figurinos: Catarina Dias | desenho de luz: Nuno Meira | som: Sofia Dias | colaboração artística: Filipe Pereira | direção técnica: Nuno Borda de Água | operação de som: Miguel Lima (PontoZurca) ou Sérgio Milhano | produção executiva: Carla Nobre Sousa | produção: Materiais Diversos

BATE-PAPO
Com Christian Rizzo
3 de novembro, quinta, às 19h
CRD – Centro de Referência da Dança

OFICINA
Com Christian Rizzo
5 de novembro, sábado, das 14h às 17h
CRD – Centro de Referência da Dança

OFICINA
Com Sofia Dias e Vítor Roriz
14 de novembro, segunda, das 14h30 às 19h
CRD – Centro de Referência da Dança

OFICINA
Com Wagner Schwartz
De 15 a 19 de novembro, terça a sábado, das 14h30 às 19h
CRD – Centro de Referência da Dança

ESPAÇOS

Centro Cultural Olido
Av. São João, 473 – Centro, São Paulo – SP

SESC Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 – Bom Retiro, São Paulo – SP

CRD – Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo
Baixos do Viaduto do Chá s.n. (antiga escola de bailado) – Centro, São Paulo – SP

ORGANIZADORES

Direção Artística: Adriana Grechi / Direção Geral: Amaury Cacciacarro Filho / Direção de Produção: Gabi Gonçalves / Assistência de Direção: Erika Fortunato / Coordenação Técnica: André Boll / Produção: Alba Roque, Danusa Carvalho, Rodrigo Fidelis, Thaís Vennit, Viviana Gelpi / Técnica: Diego Gonçalves e Ciro Schu / Graphic Design: Fernando Bergamini / Web designer: Patrícia Cividanes / Imagens: Edu Marin / Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques / Edição de textos: Lucía Yáñez / Fotografia: Jônia Guimarães / Apoio: Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, SESC, Itaú Cultural, FUNARTE, France Danse Brasil – Institut Français, Instituto Gulbenkian – Portugal / Realização: SESC, Centro Cultural Olido e Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo / Produção: Fractal Produção Cultural e Associação Cultural Corporastreado

Programação completa do 9º FCD no site www.fcdsp.com.br.

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