Crédito da foto: Divulgação
Cena de Dance Portraits on Screen
A 13ª edição do Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas – chega ao final com uma programação de encerramento para lá de especial. A mostra de dança, que desde a sua criação, em 2006, pelos artistas Ederson Lopes e Mirtes Calheiros, da Cia Artesãos do Corpo, traz um diálogo entre o corpo e a cidade intermediado pela dança, se propôs a trazer o espírito da rua, agora em paisagens possíveis, com ações gravadas em vídeo ou apresentadas ao vivo e transmitidas onlline, durante 10 dias com muitos espetáculos, oficinas, palestras, videodanças e exposição.
No sábado (26/6), as ações começam às 14h30, com a performance-brincadeira “Nuvens”, dentro do Urbaninhas – a programação do festival com um olhar especial para o público infantil. A criação da Cia Artesãos do Corpo convida crianças de todas as idades a contemplarem o céu, seja através de uma janela, na laje, no quintal, na praia ou no meio do mato, e se inspirarem nas nuvens e nas paisagens criadas por elas. Depois da apresentação, que tem duração de 20 minutos, o professor de Astronomia Eder Canalle abre a conversa “Raios e Trovões”, explanando de forma lúdica e bem humorada os fenômenos da natureza que acontecem no céu. E o mais legal é que as crianças podem enviar suas perguntas e ele responde tudo.
Às 17h, a CiM Companhia de Dança apresenta ao vivo, diretamente de Lisboa, Portugal, a “Performance CiM”, que coleta gestos reconstruídos a partir das novas descobertas do corpo, geometricamente multiplicados no quadrado digital dos encontros que atualmente nos mantém conectados. Criada em 2007, pela Voarte – um coletivo de artistas e educadores -, com uma abordagem pioneira face à inclusão, por meio da dança e da imagem, a CiM procura a diversidade de caminhos, onde a multidisciplinaridade surge como impulso de novos métodos e respostas à produção e exploração artísticas.
A programação noturna, a partir das 20h, exibe “Janela 43”, do coletivo GRUA – Gentlemen de Rua. A partir do roteiro de Roberto Alencar e Willy Helm, interpretado por cinco bailarinos – Fernando Martins, Henrique Lima, Jerônimo Bittencourt, Jorge Garcia e Vinicius Francês -, com filmografia de Osmar Zampieri, o filme tem como interface as despudoradas janelas do Edifico Mirante do Vale, no coração de São Paulo, que nos convida a acompanhar uma jornada íntima e vertiginosa do seu reencontro presencial, após um ano de isolamento e interações virtuais.
Na sequência, entra a performance “Para Insistir em Brotar”, de Marcos Moreno, que contempla a passagem do tempo observando algo que teima em irromper nas frestas das calçadas, nos buracos do asfalto e por entre os fios de energia dos postes. O experimento cênico criado em vídeo especialmente para o 13º Visões Urbanas, parte de seu solo de 2016, “A Flor da Lua”, nome dado a uma espécie conhecida por nascer e durar uma única noite e que, no contexto do agora, aponta o desejo de dançar em todos os lugares muitas danças que ainda estão por vir.
O último dia do Festival (domingo, 27/6), começa às 10h, com a oficina “Videodança”, ministrada pelo cineasta português Pedro Senna Nunes. Às 16h, tem reprise da Mostra Internacional de Videodança, com audiodescrição, em parceria com o Festival InShadow, realizado anualmente em Lisboa-Portugal, trazendo a seleção de criações premiadas na edição de 2020.
Finalmente, às 20h, o Visões Urbanas se despede com “Dance Portraits on Screen”, dirigida pela artista americana Maida Withers. A criação, de 2021, reúne nove performers parceiros de Withers, da Universidade George Washington (Washington DC), sob o conceito de dança como retrato, em referência à complexidade do impacto da pandemia em nossas vidas. Steve Hilmy compôs uma partitura original para cada uma das danças de um minuto e Robin Bell criou o pano de fundo visual para os bailarinos, que usam uma tela própria, enquanto se apresentam simultaneamente de diferentes cidades dos EUA.
A 13ª edição do Festival Visões Urbanas foi contemplada pelo Proac, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
Serviço / Programação
Encerramento 13o Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas
Espetáculos, mostras de vídeodança, oficinas, palestras e exposição transmitidos online
Dias 26 e 27 de junho de 2021
Sábado e domingo, diversos horários
Local: Virtualmente
Ingresso: Grátis
(*sessão aberta sem necessidade de inscrição.
**Após os espetáculos, haverá bate-papo ao vivo com os artistas, também no Youtube)
Link de acesso para espetáculos, videos, documentários e exposição: https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
Link de acesso para oficina: https://linktr.ee/festivalvisoesurbanas
Encontro/palestra– enviar email: artesaosdocorpo@hotmail.com
(serão enviadas senhas para acesso à plataforma Zoom)
Programação
26/06 (domingo)
Urbaninhas
14h30 – Nuvens + Raios e Trovões (Performance e Encontro) (São Paulo-BR)
Nuvens – Cia. Artesãos do Corpo
Performance-brincadeira “Nuvens”, seguida pela conversa divertida “Raios e Trovões”, com o professor de Astronomia Eder R. Canalle, sobre os fenômenos que acontecem no céu.
Exibição: Canal do Youtube da Cia. Artesãos do Corpo
https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
Para a palestra: enviar e-mail para artesaosdocorpo@hotmail.com
17h – Performance CiM – CiM Companhia de Dança – ao vivo (Lisboa-PT)
A performance traz recordações construídas a partir das novas descobertas do corpo, num quadrado digital dos tempos que atualmente vivemos, mas ajudam a nos manter ligados.
Direção artística: Ana Rita Barata | Coreografia: Ana Rita Barata e Mara Pacheco | Intérpretes – CiM – Companhia de Dança e Alunos PEPA (Projeto Educativo para Artes)
Duração: 20 minutos
https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
20h – Janela 43 – GRUA – Gentleman de Rua (São Paulo-BR)
Tendo como interface as despudoradas janelas do Edifico Mirante do Vale – andar43, no coração de São Paulo, o filme nos convida a acompanhar uma jornada íntima e vertiginosa do seu reencontro presencial, após um ano de isolamento e interações virtuais.
Grua direção geral: Jorge Garcia, Osmar Zampieri e Willy Helm | Roteiro: Roberto Alencar e Willy Helm | Performers: Fernando Martins, Henrique Lima, Jerônimo Bittencourt, Jorge Garcia e Vinicius Francês | Cinematografia e finalização: Osmar Zampieri | Trilha sonora orginal: Fernando Martins | Desenho de luz: Henrique Lima | Figurino: João Pimenta | Cenografia: todos | Imagens aéreas: Ricardo Yamamoto | Registros de memórias virtuais e Radio-guerrilha : Emiliano Manso | Produção: Corpo Rastreado
Duração: 34 minutos.
https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
20h40 – Para insistir em brotar – Marcus Moreno (São Paulo-BR)
Nas frestas das calçadas, nos buracos do asfalto, por entre fios de energia dos postes, há sempre algo que parece insistir em brotar. Perceber a passagem do tempo. Dar tempo. Contemplar os ciclos. Este é um experimento que parte do solo A Flor da Lua (2016), nome dado à uma espécie conhecida por nascer e durar uma única noite e que, no contexto do agora, aponta o desejo de dançar em todos os lugares muitas danças que ainda estão por vir.
Concepção e dança: Marcus Moreno | Registro audiovisual: Thais Franco | Produção: Cristiane Klein (Dionísio Produção)
Classificação: Livre
Duração: 15 minutos
Exibição: Canal do Youtube da Cia. Artesãos do Corpo
https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
27/06 (domingo)
10h às 13h – Oficina Videodança – Pedro Senna Nunes (Lisboa-PT)
16h – Mostra Internacional de Videodança – Premiados Inshadow (Lisboa-PT)
(*com audiodescrição)
Em parceria com o Festival InShadow, realizado anualmente em Lisboa -Portugal, com exibição de nove criações em videodança premiadas na edição de 2020.
– Canning Town – Dir: Will Dickie, Fabiola Santana (Inglaterra) – Duração: 11 min
– Silent Fragments – Dir: Andrea Hackl (Áustria) – Duração: 5 min
– Cold – Dir: João Afonso Vaz (Portugal) – Duração: 10 min
– Come Rain or Shine – Dir: Justine Li (China) – Duração: 12 min
– Annex – Dir: Yana Suslovets (Portugal) – Duração: 6 min
– Navigation – Dir: Marlene Millar (Canadá) – Duração: 14 min
– Pas de Quoi – Dir: Paulo Monteiro (Portugal) – Duração: 11 min
– Divided We Scroll – Dir: Klaas Diersman (Inglaterra) – Duração: 5 min
– Raw – Dir: Hares Pascoal (Portugal) – Duração: 5 min
Duração total: 80 minutos
https://www.youtube.com/artesaosdocorpo
20h – Dance Portraits on Screen – Maida Withers (EUA)
Criação de 2021, ”Dance Portraits on Screen” reúne nove artistas parceiros de Maida Withers, na Universidade George Washington (Washington DC) – Erica Rebollar e Anthony Gongora, Cate Alvaro, Alejandro Arango, Grace Eberts, Aaron Mancus, Lisa Roberts, Paige Valego, Zoe Warren -, sob o conceito de dança como retrato, em referência à complexidade do impacto do COVID-19 em nossas vidas. Steve Hilmy compôs uma partitura original para cada uma das danças de um minuto e Robin Bell criou o pano de fundo visual, com cada bailarino usando uma tela enquanto se apresentavam de diferentes cidades dos EUA.
Duração: 13 minutos
Exibição: Canal do Youtube da Cia. Artesãos do Corpo